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A charge diz tudo: Rubens levando o carro nas costas (o honda é MUITO inferior aos outros...) e o Felipe (rodou 5x e saiu da pista 4x) "andando" pra trás...

No molhado, Hamilton faz corrida sensacional

e vence em Silverstone

Rubens Barrichello dá show com a Honda e sobe ao pódio

Fonte: Globo.com

Agência
AP
Hamilton se redime e vence o molhado GP da Inglaterra

Após receber muitas críticas pelo seu desempenho nesta temporada, Lewis Hamilton se redimiu no GP da Inglaterra. O inglês da McLaren venceu a corrida, que foi disputada em condições completamente adversas, com chuva e pista muito molhada. Ele dominou a prova desde o início e deixou Nick Heidfeld, da BMW Sauber, na segunda posição, mais de um minuto atrás.

Rubens Barrichello fez uma corrida sensacional na chuva de Silverstone. Largando em 16º, o brasileiro ganhou dez posições na primeira volta. Depois, quando a chuva apertou, fez a escolha correta, colocando pneus para chuva forte. No fim, o piloto da Honda garantiu um pódio heróico, com a terceira posição.

Com o resultado, Lewis Hamilton empatou em pontos com Felipe Massa, que chegou em 13º após errar muito durante toda a corrida, e com Kimi Raikkonen, o quarto colocado. No entanto, o inglês lidera a tabela, por ter um abandono a menos que o brasileiro da Ferrari. O finlandês tem uma vitória a menos.

Kimi Raikkonen, após uma corrida complicada, ultrapassou Heikki Kovalainen e Fernando Alonso nas voltas finais e chegou em quarto lugar. O finlandês da McLaren conseguiu terminar em quinto, apesar de algumas escapadas, enquanto o espanhol da Renault foi o sexto colocado. Jarno Trulli, da Toyota, fez uma boa prova e marcou dois pontos, com a sétima posição. Kazuki Nakajima, da Williams, foi o oitavo.

Nelsinho Piquet fazia uma excelente prova e andou na quinta posição durante boa parte da prova. Mas a chuva forte que caiu no último terço da corrida surpreendeu o brasileiro da Renault antes de seu pit stop e ele abandonou após rodar e atolar na brita por causa de uma aquaplanagem. Felipe Massa saiu da pista várias vezes e chegou na última posição, a duas voltas de Lewis Hamilton. O brasileiro da Ferrari não se deu bem na pista molhada.

Chuva deixa corrida animada em Silverstone

Agência
Reuters
Hamilton assumiu a segunda posição já na largada do GP

A chuva que caía desde a madrugada em Silverstone deixou a prova bastante imprevisível. Na largada, Heikki Kovalainen manteve a ponta, mas Lewis Hamilton, que saía em quarto, tracionou bem e subiu para segundo. Ele chegou a ameaçar a primeira posição do companheiro de McLaren, mas esperou e o ultrapassou na quinta volta.

Antes disso, na primeira volta, vários incidentes aconteceram. Primeiro, Mark Webber, da RBR, que largava em segundo, rodou na entrada da Reta do Hangar. Logo após, Felipe Massa rodou na saída da curva Farm e caiu para último. Em seguida, David Coulthard e Sebastian Vettel saíram da pista da mesma forma na Priory e abandonaram prematuramente a prova.

Na décima volta, Heikki Kovalainen cometeu um erro na curva Abbey e foi ultrapassado por Kimi Raikkonen. O finlandês da Ferrari, então, começou a reduzir a diferença para Lewis Hamilton, que tinha cinco segundos de frente. Mas ambos pararam na 21ª volta e o inglês, que trocou os pneus, permaneceu à frente do atual campeão do mundo.

Com isso e o retorno da chuva, Hamilton começou a abrir vantagem, enquanto Raikkonen andava muito devagar. O finlandês chegou a perder oito segundos por volta. Neste momento, a BMW Sauber começava a aparecer na prova e Nick Heidfeld avançava pelo pelotão. Ele ultrapassou Timo Glock, Heikki Kovalainen e o campeão de 2007 rapidamente e assumiu a segunda posição.

Agência
AFP
Barrichello acertou na estratégia e conseguiu um pódio

Após a metade da corrida, a chuva aumentou ainda mais. E quem se deu bem foi a Honda, que tinha seus dois pilotos parados para um pit stop neste exato momento. Rubens Barrichello pediu e colocou os pneus "extreme", para pista muito molhada. Jenson Button seguiu a estratégia. E deu certo. O brasileiro voltou à pista voando e chegou a ser 17 segundos mais rápido que os concorrentes em cada volta. Mas o inglês, mesmo assim, rodou e abandonou a prova.

Só que Barrichello teve problemas nesta parada, quando o combustível não entrou no tanque. O brasileiro, que já estava em segundo, teve de fazer uma parada extra, quando a chuva diminuía de novo. Na 46ª volta, ele parou e voltou com os pneus intermediários, na terceira posição, atrás de Nick Heidfeld. O companheiro do alemão, Robert Kubica, que estava bem, abandonou após uma rodada na curva Abbey.

Na frente, Hamilton continuava a aumentar sua vantagem e completou a prova quase um minuto á frente de Heidfeld e Barrichello, únicos a terminar a corrida na mesma volta do líder.

Agência/AFP

Barrichello comemora no pódio da Inglaterra

Rubens Barrichello encerra jejum

de três anos sem pódios na Fórmula 1

Piloto não chegava entre os três primeiros desde o GP dos EUA de 2005

Rafael Lopes Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro

O terceiro lugar de Rubens Barrichello no GP da Inglaterra deste domingo encerrou um incômodo jejum para o brasileiro. Desde a corrida nos Estados Unidos em 2005, quando apenas seis carros largaram, o brasileiro não terminava entre os três primeiros em uma prova de Fórmula 1. Desde então, passaram-se três anos e 52 GPs.

O brasileiro também já conseguiu 11 pontos nesta temporada, mesmo com o péssimo carro da Honda. Barrichello passou todo o ano de 2007 sem pontuar e encerrou a seqüência negativa no GP de Mônaco deste ano. Desde então, foram quatro corridas e três resultados na zona de pontuação (Além de Monte Carlo, Canadá e Inglaterra).

Barrichello começou sua carreira em 1993 e já tem 16 temporadas na Fórmula 1. Ele bateu, neste ano, o recorde de largadas de Riccardo Patrese e tem 258 GPs começados em seu currículo. O brasileiro foi vice-campeão nas temporadas de 2002 e 2004, quando corria pela Ferrari e Michael Schumacher levou os títulos.

Ao todo, ele venceu nove corridas, subiu 62 vezes ao pódio, marcou 13 pole positions e 15 voltas mais rápidas. Barrichello tem 530 pontos e é o quinto colocado no ranking histórico da F-1, atrás de Schumi, Alain Prost, Ayrton Senna e David Coulthard,

Confira os números de Rubens Barrichello na Fórmula 1:

Temporadas na Fórmula 1: 16 (1993 a 2008)

Melhor resultado: 2 vice-campeonatos (2002 e 2004)

Entradas em GPs: 262

Largadas: 258

Pontos: 530

Vitórias: 9

Pódios: 62

Primeiras filas: 30

Melhores voltas: 15

Superperformance de Rubinho
elevou ainda mais a dúvida da direção da Honda
sobre seu futuro

por Livio Oricchio, Estadão

Nos 261 GPs que Rubens Barrichello já participou, não foram poucas as vezes que seu desempenho encantou, como sua primeira vitória, sob chuva, em Hockenheim, em 2000. Choveu e permaneceu com os pneus de pista seca. O trabalho realizado ontem com o carro da Honda, em Silverstone, certamente vai estar na lista de suas mais fantásticas corridas.

Alguns números iniciais dizem por si sós: largou em 16º e chegou em 3º, numa prova em que 13 receberam a bandeirada. “Meu filho Eduardo me sentiu triste no telefone, ontem (sábado) por causa da difícil classificação para o grid, e disse que rezaria para chover e eu chegar no pódio. Isso é mágico. Dedico a ele esse resultado”, contou Rubinho. Foi o primeiro pódio dele na Honda e o primeiro desde o GP dos EUA de 2005, pela Ferrari, ainda.

Como Lewis Hamilton, Rubinho acertou em cheio a escolha dos pneus nas três paradas, uma a mais que a maioria, fator que em grande parte justifica seu ritmo sempre veloz e o pódio. 35ª volta de um total de 60: “Eu tinha ainda umas 8 voltas de gasolina. Usava os intermediários, mas na saída da curva Club, o carro saiu de traseira e passei bem perto do muro”, contou.

“Acionei o rádio e disse que entraria nos boxes.” A chuva tornara-se mais intensa. “Eles começaram me perguntar que pneu, que pneu? Respondi: chuva forte!”

Ross Brawn lhe disse que teria de parar novamente depois porque, provavelmente, a chuva iria parar. Teria de voltar para os pneus intermediários. Mas enquanto estivesse na pista poderia ser até 10 segundos por volta mais rápido que todos. “Não sei o que ocorreu no box, perdi uns 20 segundos, daria para ser segundo.”

Ross Brawn explicou o ocorrido: “Tivemos um problema com a máquina de reabastecimento. Perdemos muito tempo.” Falou de Rubinho: “Foi como nos velhos tempos, Rubens pilotou muito hoje. Seu ritmo no meio da prova impressionou.”

Como Rubinho, afirmou que se não fosse a dificuldade na parada a Honda teria sido segunda. O último pódio dos japoneses foi o terceiro lugar de Jenson Button no GP do Brasil de 2006.

“Eu passava por dentro, por fora, na reta, em aceleração, freada, de toda maneira”, contou Rubinho, rindo. Um exemplo do que fazia com pneus de chuva intensa depois da parada: Nick Heidfeld, da BMW, que estava à sua frente, virou a 37ª volta em 1min55s942, enquanto Rubinho, 1min41s245, ou seja, cerca de impressionantes 14 segundos mais rápido.

Claro que Rubinho o ultrapassou na 43ª volta e assumiu o segundo lugar. Mas, a essa altura, a melhor indicação voltou a ser o pneu intermediário, pois a chuva parou. Rubinho fez o terceiro pit stop na 46ª volta e perdeu o segundo lugar para Heidfeld.

“Amo a chuva, amo este lugar, penso que minha maior corrida foi aqui, em 2003, quando venci, embora não chovesse”, comentou Rubinho.

O pódio não poderia vir em melhor hora. “Não tenho contrato com ninguém, mas quero continuar na Fórmula 1. Só vou parar o dia em que achar que estou mais lento que na corrida de Kyalami, em 1993 (sua estréia na competição).”

Falou mais sobre o futuro incerto, depois de 16 anos de Fórmula 1. “Quero ficar na Honda, sei que eles estão conversando com outros pilotos, mas me sinto mais rápido que no passado e nunca me dediquei tanto.”

Ao ver o repórter com uma caneta, faz uma brincadeira: “Empresta essa caneta, quem sabe aparece um contrato para mim agora e eu assino já.” Nick Fry, diretor da Honda, ainda não lhe comunicou quais são suas intenções para 2009.

Sabe-se que conversou com Fernando Alonso. Mas há um impasse: o espanhol quer um ano apenas de contrato, pois visa ir para a Ferrari se Kimi Raikkonen abandonar as pistas no fim de 2009, como já afirmou ser possível. A Honda não aceita. Quer três anos de contrato. Alonso deve ficar onde está, na Renault.