Pentágono pede a Bush mais tropas para o Afeganistão
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, visitou hoje o Pentágono, onde escutou os pedidos, cada vez mais urgentes, dos comandantes no Afeganistão para o envio de mais tropas americanas ao país, invadido em 2001.
Bush se reuniu com o chefe do Pentágono, Robert Gates, e os membros do Estado-Maior Conjunto durante mais de 90 minutos no escritório de segurança máxima chamado "O Tanque", indicou o porta-voz ministerial Geoff Morrell. "Não é um segredo que os comandantes no Afeganistão deixaram bem claro aos comandantes aqui no Pentágono que precisam de mais tropas e que necessitam delas em breve", destacou o porta-voz. "Essa mensagem foi clara e forte".
Os EUA têm atualmente 40 mil soldados no Afeganistão e mais de 135 mil no Iraque. Os conflitos, que duram anos, diminuíram a capacidade das Forças Armadas americanas para manter as operações. "O Estado-Maior Conjunto procura determinar se podem atender às necessidades dos comandantes (no Afeganistão) em um curto prazo", disse Morrell.
Relatórios da imprensa americana disseram que os comandantes militares americanos no Afeganistão pediram o acréscimo de três brigadas de combate. As campanhas militares são parte importante do debate eleitoral este ano nos Estados Unidos, no qual o candidato presidencial democrata, Barack Obama, prometeu que retirará tropas do Iraque, e enfatizou que deveria aumentar a presença americana no Afeganistão. "Os comandantes querem outras três brigadas e acho que há apoio bipartidário para o envio de forças adicionais ao Afeganistão", disse Morrell.
O porta-voz indicou que se os comandantes no Afeganistão recebessem as três brigadas que desejam, "é provavelmente um assunto que ficará nas mãos da próxima Administração", que assumirá em janeiro de 2009. "A curto prazo, se trata de ver que podemos fazer antes, este ano", acrescentou. Em cumprimento da estratégia da Administração Bush, o Estado-Maior Conjunto declarou que "a Guerra do Iraque é uma missão que devemos cumprir, e Afeganistão é uma missão que cumprimos como podemos", disse Morrell.
"Isso não mudou, mas à medida que continue melhorando a situação no Iraque, poderíamos ter a flexibilidade, os recursos para mudar o paradigma de modo que possamos fazer muito mais que o que fazemos agora no Afeganistão", destacou. EFE
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