Por Patryk Wasilewski e Gareth Jones
VARSÓVIA (Reuters) - A Polônia rejeitou nesta sexta-feira uma oferta dos Estados Unidos para aumentar suas defesas aéreas em troca da utilização de seu território para a instalação de um "escudo de mísseis". O governo polonês classificou a proposta como insuficiente, mas disse que ainda continua aberto para negociações com Washington.
A decisão da Polônia, aliada dos Estados Unidos na Otan, é um revés para os planos do governo Bush para a defesa antímísseis, que tem a intenção de contra-atacar possíveis ameaças de Estados classificados por Washington como "nocivos", entre eles o Irã.
"Não chegamos a um resultado satisfatório na questão do aumento de segurança da Polônia", disse o primeiro-ministro Donald Tusk em uma entrevista coletiva depois de ter estudado a proposta norte-americana.
"O foco das negociações, no meu ponto de vista, é intensificar a segurança do nosso país. Ainda concordamos que é fundamental nos mantermos alinhados aos Estados Unidos, que tem sido, é e continuará sendo nosso aliado estratégico."
Em Washington, um porta-voz da Casa Branca disse que os Estados Unidos continuariam as negociações com a Polônia.
"As discussões irão continuar", disse Gordon Johndroe à Reuters em uma mensagem enviada por email.
Os detalhes da oferta dos Estados Unidos não foram publicados, embora Tusk tenha dito que havia uma proposta para instalar mísseis "Patriot" que podem ser lançados do chão em solo Polonês pelo período de um ano.
Durante as negociações, o governo de centro-direita de Tusk procurou conseguir bilhões de dólares em investimentos dos Estados Unidos para atualizar e melhorar a defesa aérea polonesa, em troca de sediar 10 interceptadores de mísseis.
"Estamos prontos para aceitar propostas e correções do lado americano, que incluiriam uma proposta para melhorar nossa segurança. Podemos fazer isto em um dia, uma semana, um mês", disse Tusk.
A República Tcheca concordou em receber um radar de rastreamento no projeto. O parlamento ainda irá ratificar o acordo.
A Rússia condenou o plano de defesa como uma ameaça para a sua segurança.
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