Fonte: CECOMSAER - FAB
Enfim, os primeiros vôos da FAB na Operação Red Flag 2008. Antes de iniciarem os vôos operacionais, os pilotos devem se ambientar, por exemplo, com a área de treinamento, procedimentos de chegada e saída do aeródromo de Nellis, com as condições de pistas de taxi e pátio de manobras ou qualquer outra atividade que contribua para seu melhor desempenho na fase de combate propriamente dita.
São os chamados vôos de familiarização, que são importantes para os pilotos americanos de outras bases que vêem operar na Red Flag. E fundamentais para os pilotos de outros países, como os da FAB, Suécia e Turquia, que jamais sequer estiveram nesta base norte americana.
Funciona como uma missão “quebra gelo” para cada piloto, onde ele tem a chance de reduzir a ansiedade do primeiro vôo na operação. Para o Ten Pimentel do 1º/14º GAV, já pronto na cabine do F5EM para a primeira decolagem, esse sentimento está presente, já que o desejo de todos os pilotos é alçar os ares logo, mas tudo tem que ter seu tempo e deve sair conforme planejado.
Para os pilotos do Pampa, essa ansiedade é controlada pelo profissionalismo e exaustivo preparo realizado no Brasil. Foram quase nove meses de trabalho e estudos para estar nesse momento, prestes a decolar na Red Flag.
Para quem não está a bordo desses aviões é também motivo de orgulho ver um jovem piloto levantando vôo em caça da Força Aérea Brasileira nesta importante operação aérea. Ao receber os votos de bom vôo, o tenente deu uma resposta que resumiu em uma só palavra o motivo maior de estarmos todos aqui: “BRASIL”.
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Uma das primeiras providências a serem tomadas neste início de atividade na Red Flag é a arrumação das instalações destinadas à Força Aérea Brasileira.
Ao todo foram alocadas quatro salas e dois depósitos para guarda de material e para os trabalhos de planejamento do estado-maior e das unidades aéreas engajadas na operação.
Empurrar, carregar, conectar, puxar, pendurar, empilhar, abrir... São as ações mais vistas nesse primeiro momento. O esforço inicial é muito grande, considerando-se que, no menor espaço de tempo possível os ambientes de trabalho e o apoio logístico devem estar prontos antes do início das operações aéreas. Não há horário para trabalhar, há sim uma missão a cumprir. O descarregamento do C130 Hércules de apoio logístico só foi finalizado às 3h da manhã e todos estavam prontos, na manhã seguinte, como se nada tivesse ocorrido.
Mas os obstáculos são muitos. Língua diferente...equipamentos diferentes ...lugar diferente... e um calor combinado com uma secura típica de deserto. Hoje chegamos a 45 graus à sombra e 10% de umidade relativa. Não é fácil, especialmente para quem trabalha na pista, ou seja, aos militares da manutenção que trabalham junto aos aviões.
as parece que nada disso está afetando aos especialistas brasileiros, profissionais da guerra, acostumados com as temperaturas negativas do sul Brasil. Há uma força especial em ação: é o espírito de corpo, é o trabalho em equipe.
O 2S BEI R. Machado, do 1º/14º GAV, deixou bem claro que, apesar do cansaço, a equipe toda está unida e empolgada com a oportunidade de fazer parte da história da FAB, de fazer parte da Red Flag. “’É uma equipe mesmo. É uma família. O catorze é uma família” reforça ele deixando externar a emoção de pertencer a esse grupo.
Quanto ao calor, o Sgt R. Machado disse que, entre um serviço e outro, eles entram em uma sala com ar condicionado, recuperam as energias, e voltam ao trabalho com empolgação. Aqui na operação Red Flag temos a certeza de que esses bravos militares, honram a Canção do Especialista da Aeronáutica quando ela diz que:
“Com os pilotos e asas,
Seremos um conjunto de todo eficaz
Por mais forte o inimigo
Não vemos que possamos temê-lo jamais”
Videos (não ofiiciais) da FAB no RED FLAG 2008:
FAB F-5 Launch during Red Flag 2008
FAB KC-137 Launch during Red Flag 2008
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