Fonte: Diário do Nordeste - Blog do Egídio Serpa
Uma pane na rede da Telefônica provocou um apagão da internet e de sistemas de transmissão de dados no Estado de São Paulo. A operadora é a principal provedora de acesso, com 68% dos assinantes, informa a Folha de S. Paulo. O presidente da companhia, Antonio Carlos Valente, pediu desculpas pelos transtornos causados. Segundo a empresa, 80% do serviço haviam sido restabelecidos por volta das 21h30. Os problemas técnicos começaram há dois dias, quando o Speedy, ferramenta de acesso à internet rápida da Telefônica, parou de funcionar. Além de deixar os usuários residenciais sem o serviço, a falha também isolou órgãos públicos municipais, estaduais e federais e afetou negócios de empresas de todos os portes. Bancos e financeiras começaram o dia de ontem desconectados, com exceção daqueles que mantêm planos de prestação de serviço continuada, que trocaram de operadora após horas sem sistema. Pelo menos três grandes instituições financeiras acionaram a Justiça para comunicar o descumprimento dos contratos pela Telefônica, medida cautelar adotada antes de um processo judicial por perdas e danos. A Caixa Econômica Federal não conseguiu realizar pagamentos nem apostas pelas casas lotéricas, pois a maior parte desses estabelecimentos concentra todos os serviços de comunicação na Telefônica. Ao longo da quinta-feira, conseguiram restabelecer o contato com a Telefônica, mas o sistema ficou instável. A Prodam (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo) informa que a prefeitura também foi atingida. De 40% a 70% de suas unidades ficaram sem comunicação, entre elas as Secretarias de Educação, Finanças, Saúde e Esporte. O acesso ao Portal da Prefeitura Municipal de São Paulo e aos serviços on-line, como o Atendimento ao Cidadão, além de 10% das 31 subprefeituras, também foi afetado. A Secretaria de Segurança Pública ficou boa parte do dia com os cerca de 1.300 distritos policiais isolados. Em algumas delegacias, muitos detidos tiveram de esperar horas até que o sistema voltasse à ativa para que os Boletins de Ocorrência pudessem ser realizados. “O Estado de São Paulo foi muito prejudicado”, disse Leão Carvalho, presidente da Prodesp, que é a companhia estadual de processamento de dados. Segundo ele, ainda é cedo para estimar prejuízos, algo que será feito assim que o problema for resolvido. “Só depois vamos pedir o pagamento das multas previstas em contrato, que são pesadas”, disse. Carvalho afirmou ainda que uma equipe de técnicos da Prodesp trabalharia durante a noite toda para tentar encontrar uma solução alternativa, prevendo que a Telefônica não sanaria o problema completamente. “É a primeira vez na história que acontece uma falha dessa dimensão”, diz. - Causas - Desde a manhã de ontem, técnicos da Cisco, líder do mercado no fornecimento de equipamentos que fazem a interconexão das redes e os sistemas de acesso à internet, foram colocados à disposição da Telefônica e trabalhavam para o restabelecimento das conexões. Estima-se que 85% dos “backbones” da operadora, onde ocorreu o problema, operem com equipamentos da Cisco. Os “backbones” são grandes centrais que fazem a conexão de dados entre a central da operadora e seus diversos clientes. Cada serviço da operadora, como telefonia e acesso à internet, é prestado por meio de um “backbone”. O problema começou há dois dias, quando o “backbone” do Speedy, que oferece acesso rápido à internet, parou de funcionar. Uma das hipóteses é que a pane se deva a uma sobrecarga. No final do ano passado, o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) testou os serviços do Speedy, em parceria com o Comitê Gestor da Internet, e verificou que o sistema da Telefônica já apresentava instabilidade -o assinante só conseguia utilizá-lo em 60% do tempo. No restante, a conexão caía. O Idec e o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) afirmam que a Telefônica terá que descontar da fatura mensal o valor proporcional ao tempo em que a internet ficou indisponível para o cliente. Outros consumidores que se sentiram lesados também podem pedir reparação. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) abriu uma investigação para apurar as causas do problema, e a Telefônica, juntamente com os fabricantes dos equipamentos, poderá ser multada.
Uma pane na rede da Telefônica provocou um apagão da internet e de sistemas de transmissão de dados no Estado de São Paulo. A operadora é a principal provedora de acesso, com 68% dos assinantes, informa a Folha de S. Paulo. O presidente da companhia, Antonio Carlos Valente, pediu desculpas pelos transtornos causados. Segundo a empresa, 80% do serviço haviam sido restabelecidos por volta das 21h30. Os problemas técnicos começaram há dois dias, quando o Speedy, ferramenta de acesso à internet rápida da Telefônica, parou de funcionar. Além de deixar os usuários residenciais sem o serviço, a falha também isolou órgãos públicos municipais, estaduais e federais e afetou negócios de empresas de todos os portes. Bancos e financeiras começaram o dia de ontem desconectados, com exceção daqueles que mantêm planos de prestação de serviço continuada, que trocaram de operadora após horas sem sistema. Pelo menos três grandes instituições financeiras acionaram a Justiça para comunicar o descumprimento dos contratos pela Telefônica, medida cautelar adotada antes de um processo judicial por perdas e danos. A Caixa Econômica Federal não conseguiu realizar pagamentos nem apostas pelas casas lotéricas, pois a maior parte desses estabelecimentos concentra todos os serviços de comunicação na Telefônica. Ao longo da quinta-feira, conseguiram restabelecer o contato com a Telefônica, mas o sistema ficou instável. A Prodam (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo) informa que a prefeitura também foi atingida. De 40% a 70% de suas unidades ficaram sem comunicação, entre elas as Secretarias de Educação, Finanças, Saúde e Esporte. O acesso ao Portal da Prefeitura Municipal de São Paulo e aos serviços on-line, como o Atendimento ao Cidadão, além de 10% das 31 subprefeituras, também foi afetado. A Secretaria de Segurança Pública ficou boa parte do dia com os cerca de 1.300 distritos policiais isolados. Em algumas delegacias, muitos detidos tiveram de esperar horas até que o sistema voltasse à ativa para que os Boletins de Ocorrência pudessem ser realizados. “O Estado de São Paulo foi muito prejudicado”, disse Leão Carvalho, presidente da Prodesp, que é a companhia estadual de processamento de dados. Segundo ele, ainda é cedo para estimar prejuízos, algo que será feito assim que o problema for resolvido. “Só depois vamos pedir o pagamento das multas previstas em contrato, que são pesadas”, disse. Carvalho afirmou ainda que uma equipe de técnicos da Prodesp trabalharia durante a noite toda para tentar encontrar uma solução alternativa, prevendo que a Telefônica não sanaria o problema completamente. “É a primeira vez na história que acontece uma falha dessa dimensão”, diz. - Causas - Desde a manhã de ontem, técnicos da Cisco, líder do mercado no fornecimento de equipamentos que fazem a interconexão das redes e os sistemas de acesso à internet, foram colocados à disposição da Telefônica e trabalhavam para o restabelecimento das conexões. Estima-se que 85% dos “backbones” da operadora, onde ocorreu o problema, operem com equipamentos da Cisco. Os “backbones” são grandes centrais que fazem a conexão de dados entre a central da operadora e seus diversos clientes. Cada serviço da operadora, como telefonia e acesso à internet, é prestado por meio de um “backbone”. O problema começou há dois dias, quando o “backbone” do Speedy, que oferece acesso rápido à internet, parou de funcionar. Uma das hipóteses é que a pane se deva a uma sobrecarga. No final do ano passado, o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) testou os serviços do Speedy, em parceria com o Comitê Gestor da Internet, e verificou que o sistema da Telefônica já apresentava instabilidade -o assinante só conseguia utilizá-lo em 60% do tempo. No restante, a conexão caía. O Idec e o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) afirmam que a Telefônica terá que descontar da fatura mensal o valor proporcional ao tempo em que a internet ficou indisponível para o cliente. Outros consumidores que se sentiram lesados também podem pedir reparação. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) abriu uma investigação para apurar as causas do problema, e a Telefônica, juntamente com os fabricantes dos equipamentos, poderá ser multada.
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