Jobim vai ao RED FLAG
Jornal de brasilia - 25/07/2008 - caderno 1138
Jobim nos States
Gilberto Amaral
Vai durar sete dias a viagem do ministro da Defesa Nelson Jobim aos Estados Unidos, acompanhado do comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto, do Comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, Sérgio Etchegoyen, e do embaixador dos Estados Unidos, Clifford Sobel. Lá nos States o comandante da Aeronáutica Juniti Saito, se juntará à comitiva.
Em Las Vegas
A primeira parada de Jobim será em Las Vegas a fim de visitar a Base Aérea de Nellis e acompanhará a atuação da FAB na Operação Red Flag. Essa operação é um exercício de emprego do poder aéreo, realizado pela Força Aérea Americana com países amigos. Antes de partir para Miami no sábado, é claro, e é de lei, tentar um dolarzinho na virada da roleta.
Fonte: CECOMSAER - FAB
As Forças Aéreas do Brasil, Suécia, Turquia, e grande parte da USAF, a Força Aérea dos Estados Unidos, estão juntas em uma coalizão de países. Fazem o papel de "amigos".
Outros, no entanto, fazem o papel de oponentes. São os esquadrões americanos especialmente treinados para combater o que foi planejado pela coalizão. São os “Agressors” ou Agressores.
E quando os dois lados se encontram nos céus, o combate é cerrado. E é preciso avaliar o desempenho de cada aeronave e sua tripulação nesse treinamento de guerra. Mas, como ver tudo da terra? Como saber quem "derrubou" e quem foi "derrubado"?
Quem cumpre essa função é o POD NACTS, um equipamento sensor instalado em todas as aeronaves da Red Flag, criado para atender ao Sistema de Treinamento de Combate Aéreo da USAF.É uma poderosa ferramenta que mostra para a coordenação do exercício, em tempo real, a velocidade, altura, posição geográfica e muito outros dados do desempenho de cada aeronave na arena de combate.
Além disso, explica, o equipamento dá condições de avaliar em reunião após a missão, cada lançamento de míssil efetuado pelos pilotos durante o treinamento e, de acordo com a situação, o disparo será validado ou não.
Fonte: CECOMSAER - FAB
Os equipamentos e o planejamento em ordem e a vontade de voar também.
Os Pampas vão para os vôos de combate ar-ar, avião contra avião, com a utilização simulada de mísseis de longo alcance, os BVR. Já os Corsários treinam o reabastecimento dos nossos caças em vôo, para que eles tenham aquela energia necessária para permanecer mais tempo em combate. Serão duas semanas de intensos vôos, com um nível crescente de dificuldades para todos.
E são muitos os que integram a Red Flag. Sessenta aeronaves, mais de 1300 pessoas, 14 unidades aéreas entre os Estados Unidos da América, Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Brasil, Suécia e Turquia. Sem contar os observadores militares do México, Peru, Colômbia, Argentina, Bahrein, Colômbia, Indonésia, Jordânia e África do Sul.
Muitas línguas são ouvidas aqui. Mas o som que realmente interessa é o som dos motores a jato. É como uma sinfonia tocada por várias aeronaves de sons parecidos, mas de características muito diferentes. Em conjunto, voam o E3, avião-radar que vê tudo; os KC135 e 137, postos de combustível voadores; os EA6B, enganadores de radares inimigos, os B52H, bombardeiros mais famosos do mundo e ao lado dos Grippens, F15 e F16, nossos F5EM como caçadores, juntos dividindo a árdua tarefa de defender todos os demais.
Então, chegou o momento do primeiro vôo de combate aéreo da FAB na Operação Red Flag 2008. Chegou o momento dos “Cavaleiros do século do aço” partirem para a briga.
Saiba mais em www.redflag.aer.mil.br
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