Fonte: JB
138 horas após partirem de Nova Iorque a bordo do aeróstato Double Eagle II, os americanos Ben Abruzzo, 48 anos, Maxie Anderson, 44 anos, e Barry Newman, 31 anos completaram a primeira travessia do Atlântico em um balão, repetindo o percurso EUA-Europa traçado por Charles Lindbergh meio século antes, em seu solitário avião.
A aventura, monitorada por transmissões de rádio com bases terrestres, alternou momentos de tranqüilidade e tensão, principalmente na etapa final. Nas proximidades da costa irlandesa, o balão atravessou um forte temporal. Ao sobrevoar a Inglaterra, os tripulantes precisaram alijar carga para ganhar altitude. E por último, uma ventania prejudicou os planos da tripulação, impedindo que o balão descesse no Aeroporto Le Bourget, local em o aviador finalizou sua façanha em 21 de maio de 1927. Dessa vez a aterrissagem foi num campo de trigo, perto da Aldeia de Miserey, a 100 quilômetros a oeste de Paris. Milhares de curiosos acompanharam a chegada, aglomerando-se nas proximidades do balão e formando congestionamento no trânsito da região.
Ao completarem o feito inédito, superando um século de tentativas fracassadas, os americanos conquistaram uma tríplice coroa, batendo todos os recordes de duração, distância em linha reta e a própria travessia em um balão.
O pioneirismo de Charles Lindbergh
Com palmas, gritos e muito papel picado, os nova-iorquinos fizeram uma festa inesquecível para Charles Lindbergh, o americano que, aos 25 anos, pilotando sozinho um monomotor, cruzou, sem escalas, o Oceano Atlântico. A bordo do Spirit of Saint Louis, o piloto saiu de Nova Iorque em rumo da proeza jamais conquistada pelo homem. O vôo foi uma verdadeira epopéia de cansaço sob diversas condições climáticas. Inesgotável, após 33 horas e 29 minutos atravessando neblinas, ventos fortes e muito frio, Lindbergh alcançava em Paris o triunfo de sua ousada aventura.
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