Guerra do Golfo

O QUE FOI?

Conflito militar ocorrido inicialmente entre o Kuweit e o Iraque de 2 de agosto de 1990 a 27 de fevereiro de 1991, que acaba por envolver outros países. A crise começa quando o Iraque, liderado pelo presidente Saddam Hussein (1937-), invade o Kuweit. Como pretexto, o líder iraquiano acusa o Kuweit de provocar a baixa no preço do petróleo ao vender mais que a cota estabelecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Hussein exige que o Kuweit perdoe a dívida de US$ 10 bilhões contraída pelo Iraque durante a guerra com o Irã (1980) e também cobra indenização de US$ 2,4 bilhões, alegando que os kuweitianos extraíram petróleo de campos iraquianos na região fronteiriça de Rumaila. Estão ainda em jogo antigas questões de limites, como o controle dos portos de Bubiyan e Uarba, que dariam ao Iraque novo acesso ao Golfo Pérsico.

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A invasão acontece apesar das tentativas de mediação da Arábia Saudita, do Egito e da Liga Árabe. As reações internacionais são imediatas. O Kuweit é grande produtor de petróleo e país estratégico para as economias industrializadas na região. Em 6 de agosto, a ONU impõe um boicote econômico ao Iraque. No dia 28, Hussein proclama a anexação do Kuweit como sua 19ª província. Aumenta a pressão norte-americana para a ONU autorizar o uso de força. Hussein tenta em vão unir os árabes em torno de sua causa ao vincular a retirada de tropas do Kuweit à criação de um Estado palestino. A Arábia Saudita torna-se base temporária para as forças dos EUA, do Reino Unido, da França, do Egito, da Síria e de países que formam a coalizão anti-Hussein. Fracassam as tentativas de solução diplomática, e, em 29 de novembro, a ONU autoriza o ataque contra o Iraque, caso seu Exército não se retire do Kuweit até 15 de janeiro de 1991.

Em 16 de janeiro, as forças coligadas de 28 países liderados pelos EUA dão início ao bombardeio aéreo de Bagdá, que se rende em 27 de fevereiro. Como parte do acordo de cessar-fogo, o Iraque permite a inspeção de suas instalações nucleares.

Conseqüências

O número estimado de mortos durante a guerra é de 100 mil soldados e 7 mil civis iraquianos, 30 mil kuweitianos e 510 homens da coalizão. Após a rendição, o Iraque enfrenta problemas internos, como a rebelião dos curdos ao norte, dos xiitas ao sul e de facções rivais do partido oficial na capital. O Kuweit perde US$ 8,5 bilhões com a queda da produção petrolífera. Os poços de petróleo incendiados pelas tropas iraquianas em retirada do Kuweit e o óleo jogado no golfo provocam um grande desastre ambiental.

Tecnologia na guerra

A Guerra do Golfo introduz recursos tecnológicos sofisticados, tanto no campo bélico como em seu acompanhamento pelo resto do planeta. A TV transmite o ataque a Bagdá ao vivo, e informações instantâneas sobre o desenrolar da guerra espalham-se por todo o mundo. A propaganda norte-americana anuncia o emprego de ataques cirúrgicos, que conseguiriam acertar o alvo militar sem causar danos a civis próximos. Tanques e outros veículos blindados têm visores que enxergam no escuro graças a detectores de radiação infravermelha ou a sensores capazes de ampliar a luz das estrelas. Mas o maior destaque é o avião norte-americano F-117, o caça invisível, projetado para minimizar sua detecção pelo radar inimigo.

Fonte: www.geocities.yahoo.com.br

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GUERRA DO GOLFO

1991

Em maio de 1990, Saddam Hussein, presidente do Iraque, iniciou uma campanha de pressão contra seu vizinho Kuwait. Em agosto, ordenou a invasão do país, mobilizou tropas na fronteira com a Arábia Saudita e anunciou a anexação do Kuwait. O mundo condenou a ação iraquiana e exigiu o recuo das tropas. Saddam desprezou o ultimato. O presidente dos EUA, George Bush, decidiu intervir.Saddam ambicionava ampliar seu território, obter acesso ao Golfo Pérsico, incorporar os poços de petróleo do Kuwait e ganhar poder na região. A intervenção dos americanos (que anunciaram que ajudariam a Arábia Saudita a se proteger) revoltou o ditador, que declarou uma "guerra santa" contra os EUA e Israel, seu aliado. A troca de ameaças durou de agosto de 1990 a janeiro de 1991.

Combate - Em 17 de janeiro, um ataque aéreo contra Bagdá deu início à Guerra do Golfo. Os Estados Unidos haviam articulado uma coalizão com 33 países. Mais de meio milhão de soldados das nações aliadas foram mobilizados na região. Com recursos militares modestos, Saddam retaliou destruindo poços de petróleo no Kuwait e despejando combustível no mar. Suas tropas, porém, não resistiram.Em 24 de fevereiro, os americanos iniciaram o combate em terra. Dois dias depois, Saddam anunciou a retirada das tropas do Kuwait. Os soldados iraquianos se rendem. Em 27 de fevereiro de 1991, a guerra termina - apenas 100 horas depois do começo da batalha terrestre e seis semanas depois do início da campanha.

No total, 293 americanos e cerca de 100.000 iraquianos morreram na guerra.

Saldo - O custo oficial da guerra foi de 61 bilhões de dólares, mas 53 bilhões foram levantados pelos países aliados - em especial as nações árabes (36 bilhões) e Alemanha e Japão (16 bilhões). Mais de 70.000 prisioneiros de guerra foram capturados e a maior parte do arsenal militar do Iraque foi destruído.

George Bush foi derrotado por Bill Clinton em 1992 e não se reelegeu.Mais de uma década depois do fim da guerra, Saddam Hussein continua no poder, ainda não enfrenta qualquer grupo de oposição expressivo e continua desafiando a comunidade internacional. O líder iraquiano comemorou o décimo aniversário do conflito, em janeiro de 2001, dizendo que seu país venceu a guerra. Neste período, as sanções impostas pela ONU agravaram a miséria da população.

Fonte: www.escolavesper.com.br

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GUERRA DO GOLFO

O litígio sobre a determinação de fronteiras é a causa mais remota para a invasão iraquiana do Kuweit em agosto de 1990. Embora tivesse renunciado, em 1963, a reivindicações dessa natureza, o Iraque continua reclamando os portos de Bubián e Uarba, que lhe dariam novos acessos ao golfo Pérsico. Além disso, exige que o Kuweit perdoe uma dívida de US$ 10 bilhões contraída durante a guerra com o Irã e lhe pague uma "compensação" de US$ 2,4 bilhões, alegando que, durante aquele conflito, os kuweitianos extraíram petróleo em seus campos fronteiriços de Rumalia. O estopim para a invasão é, em julho, a acusação de Saddam Hussein de que o Kuweit pratica uma política de superextração de petróleo, para fazer o preço do produto cair no mercado internacional e, conseqüentemente, prejudicar a economia iraquiana.

A invasão

As tentativas de mediação da Arábia Saudita, do Egito e da Liga Árabe não conseguem impedir que, em 2/8/1990, as forças de Bagdá entrem no Kuweit, de onde o emir Jaber al-Ahmed al-Sabah e o primeiro-ministro, príncipe Saad al-Sabah, fogem, refugiando-se na Arábia Saudita. Em 8 de agosto, desafiando a imposição de sanções pela ONU, o Governo Provisório do Kuweit Livre, empossado por Saddam, proclama a República e declara o Kuweit uma província iraquiana. Em resposta, os EUA deslocam para o território da Arábia Saudita o maior efetivo militar desde a Guerra do Vietnã. Até o final de 1990, multiplicam-se as tentativas sem sucesso de encontrar uma solução negociada. Em 29 de novembro, o Conselho de Segurança da ONU autoriza os EUA e seus aliados a atacarem o Iraque, caso ele não se retire do Kuweit até 15/1/1991.

O conflito

Em 16 de janeiro, vencido o prazo desse ultimato, as hostilidades começam; Saddam Hussein se rende incondicionalmente em 27 de fevereiro, após ordenar a retirada de suas tropas do país ocupado. O primeiro-ministro Saad al-Sabah retorna em 4 de março e dá início à tarefa de reconstrução. A opinião pública internacional critica a forma como a guerra foi conduzida, contestando a imagem dos "ataques de precisão cirúrgica", atingindo apenas alvos militares, que a coalizão aliada quer fazer passar; 400 civis morreram, por exemplo, no bombardeio, em 3 de fevereiro, de um abrigo antiáreo em Bagdá, sob o pretexto de se tratar de um centro de comunicações. No final da guerra, a estimativa do número de mortos é muito desigual: 100 mil soldados e 6 mil civis iraquianos; e 30 mil cidadãos kuweitianos, contra um número pequeno de baixas entre os homens da coalizão.

O pós-guerra

Os incêndios ateados pelos iraquianos nos poços de petróleo do Kuweit, antes da retirada, são extintos até 5 de novembro de 1991, graças ao trabalho articulado de 27 empresas internacionais. Os danos causados à ecologia são ainda difíceis de calcular. Nos meses seguintes ao fim da guerra Saddam ordena a repressão às rebeliões dos xiitas e curdos, que, aproveitando-se da desordem interna causada pela guerra tentam derrubá-lo. Na metade do ano, 500 mil curdos, fugindo à perseguição, ficam ao desabrigo na região montanhosa da fronteira com a Turquia, onde estão expostos aos bombardeios da aviação iraquiana. A resistência de Bagdá à exigência da ONU de que sejam desmantelados seus arsenais de armas de destruição maciça, e a permitir que missões da AIEA inspecionem suas instalações nucleares, cria novos atritos com o Ocidente, renovando-se, até o fim do ano, a ameaça norte-americana de uma nova intervenção caso as condições de rendição não sejam obedecidas.

Conseqüências

O Kuweit perde US$ 8,5 bilhões com a quebra na produção de petróleo, sem contar os danos estruturais e sociais causados por pilhagens, sabotagens e arbitrariedades contra a população. Além da dívida de US$ 22 bilhões gerada pela guerra, a reconstrução é estimada em US$ 30 bilhões; e o emir é também forçado pela população a fazer concessões no plano político.

OLP – Tendo apoiado o Iraque, a Organização para Libertação da Palestina também sai derrotada: os países do golfo cortam a ajuda aos membros da OLP que moram no Kuweit e, que são, também, duramente reprimidos pelo governo do emir.

Irã – Mantendo-se neutro, respeita o bloqueio da ONU e é duplamente beneficiado: o Iraque retira os últimos soldados que tinha em seu território, aceita o tratado de 1975 de partilha das águas do Chatt-el-Arab e liberta 37 mil prisioneiros de guerra iranianos: e o seu comércio com a Europa e o Japão aumenta em 50%. E, pela primeira vez desde 1987, os EUA permitem que companhias americanas comprem seu petróleo. A reação popular à política moderada de Rafsandjani é claramente expressa nas urnas, nas eleições legislativas de 10 de abril de 1992: o grupo Ruhaniyat (União Combatente), do presidente, que prega reformas graduais rumo à economia de mercado, derrota o Ruhaniyum (Sociedade Clerical Combatente), do presidente do Majilis (Parlamento), Mehdi Karrubi, favorável ao isolamento antiocidental e ao rígido controle estatal da economia. Apesar das "advertências" que Rafsandjani recebe, em agosto, do aiatolá Khamenei, quanto ao risco de se afastar dos "caminhos da revolução islâmica", isso não impede que alguns passos importantes sejam dados no sentido da abertura econômica para o exterior (assinatura de joint-ventures com empresários da Alemanha, Japão, França e Itália).

Síria – O presidente Hafez Assad, durante anos considerado um terrorista pelo Ocidente, transforma-se num aliado e, tendo colaborado para derrotar o rival que disputava com ele a liderança no Oriente Médio, consolida a hegemonia síria no Líbano; e torna-se um interlocutor obrigatório no processo de paz para a região.

Israel – A atitude de não responder aos ataques iraquianos permite a unidade da coalizão, pois os aliados árabes dos EUA não se vêem forçados a reagir a um eventual ataque judeu a um país irmão. Terminada a guerra, porém, o governo Shamir é pressionado pelos EUA para aceitar negociações sobre a crise do Oriente Médio. As conversações iniciadas em Madri, em 30 de setembro de 1991, não trazem nenhum resultado imediato, mas constituem a primeira conferência de paz desde o início do conflito árabe-israelense. O desenvolvimento dessas conversações é tortuoso e sujeito a idas e vindas, em função de problemas como a Intifada (a rebelião palestina nos territórios ocupados) ou os ataques israelenses no sul do Líbano – principalmente depois que, em 16/2/1992, o bombardeio a um comboio xiita mata o xeque Abbas Mussáui, líder do grupo extremista Hezbolá. Os conflitos, dentro do Likud, em torno dessas negociações são os responsáveis pela crise aberta, em janeiro de 1992, com a saída dos partidos ultranacionais Tehiya e Moledet da coalizão. As eleições são antecipadas e, em 23 de junho, o Partido Trabalhista é vitorioso, pondo fim a 15 anos de domínio do Likud. Yitzhak Rabin assume, em julho, o cargo de primeiro-ministro.

Curdistão – Desde o século XIV, esse povo de origem indo-européia – espalhado entre as fronteiras do Irã, Iraque e Turquia e oprimido pelos governos desses três países – vem lutando por sua independência, recusada pelo fato de estarem em uma região muita rica em petróleo. No final da Guerra do Golfo, Bagdá responde com violência a uma nova tentativa de emancipação, forçando 1,5 milhão de pessoas a fugirem, pelas montanhas, durante o inverno, para o lado turco e iraniano da fronteira. Só depois que 15 mil soldados ocidentais são enviados, no fim de 1991, para criar uma zona de segurança, é que elas podem retornar a seu local de origem. Garantidos pela presença dessas tropas, o Partido dos Trabalhadores Curdos, de Jalal Talebano, e o Partido Democrático do Curdistão, de Massud Barzani, decidem realizar, em 19/5/1992, em Irbil, eleições para um Parlamento curdo, que são veementemente condenadas por Bagdá, Ancara e Teerã. Saddam Hussein declara nulo esse pleito, mas recebe dos EUA a advertência de não interferir. Tendo tido resultados equivalentes, os dois líderes são obrigados a entrar em coalizão. Mas o novo Parlamento, inaugurado em 4 de junho, enfrenta de saída vários problemas: Talebani é favorável a negociar com o Iraque uma fórmula de autonomia regional; Barzani é um separatista radical; e ambos estão em choque com os xiitas, contrários à independência total.

Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br

GUERRA DO GOLFO

CRISE DO PETRÓLEO

A Guerra do Golfo começou em agosto de 1990 com a tentativa do Iraque de anexar seu vizinho Kuwait. Os Estados Unidos, que até então eram aliados do Iraque contra o Irã, decidiram intervir na região.

Com a guerra, o golfo pérsico foi fechado e os EUA perderam dois fornecedores de petróleo: Iraque e o Kuwait.

As especulações sobre o desenrolar da guerra levaram os preços do petróleo a subir ao patamar próximo aos US$ 40 atuais.

Um total de 467.539 militares foram mobilizados para a Operação Tempestade no Deserto. Houve 336 mortes entre as tropas norte-americanas e 467 soldados dos EUA ficaram feridos.

Cem navios, 1.800 aviões de combate e milhares de mísseis dos EUA também foram utilizados. Quatorze outros países também forneceram tropas de combate e 16 cederam aviões e navios.

Até 24 de fevereiro, os combates foram apenas aéreos. Naquela data, começaram as ações em terra, que duraram cem horas e acabaram com a rendição do Iraque.

As tropas dos EUA e seus aliados saíram da Arábia Saudita em direção ao Kuait, muitas delas via território iraquiano. Mas os EUA resolveram não avançar até Bagdá.

A Guerra do Golfo elevou a popularidade do então presidente George Bush, que alcançou os maiores índices de aprovação desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Com a rendição de Saddam Husseim, os preços do petróleo voltaram a cair.

Fonte: www1.folha.uol.com.br

GUERRA DO GOLFO

O Iraque provocou um conflito internacional ao invadir o Kuweit, em agosto de 1990. Saddam Hussein responsabiliza o país vizinho pela baixa no preço do petróleo ao vender mais do que a cota estipulada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A ONU condenou o ataque contra o Kuweit - aliado do Ocidente - e decretou embargo comercial ao Iraque. Saddam Hussein anexou o Kuweit como sua 19ª província. Fracassam as tentativas de solução diplomática e, em 16 de janeiro de 1991, forças coligadas de cerca de 30 nações, lideradas pelos EUA, iniciaram os bombardeios contra o Iraque, na Operação Tempestade no Deserto. Em 24 de fevereiro, a coalizão lançou um ataque por terra que destruiu boa parte do Exército iraquiano e pôs fim à ocupação do Kuweit. Em 28 de fevereiro foi assinado o cessar-fogo. O número estimado de mortos na guerra é de 100 mil soldados e 7 mil civis iraquianos, 30 mil kuweitianos e 510 homens da coalizão.

Fonte: www.tendarabe.hpg.ig.com.br

GUERRA DO GOLFO

Conflito militar ocorrido inicialmente entre o Kuwait e o Iraque de 2 de agosto de 1990 a 27 de fevereiro de 1991, que acaba por envolver outros países. A crise começa quando o Iraque, liderado pelo presidente Saddam Hussein (1937-), invade o Kuwait. Como pretexto, o líder iraquiano acusa o Kuwait de provocar a baixa no preço do petróleo ao vender mais que a cota estabelecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Hussein exige que o Kuwait perdoe a dívida de US$ 10 bilhões contraída pelo Iraque durante a guerra com o Irã (1980) e também cobra indenização de US$ 2,4 bilhões, alegando que os kuweitianos extraíram petróleo de campos iraquianos na região fronteiriça de Rumaila. Estão ainda em jogo antigas questões de limites, como o controle dos portos de Bubiyan e Uarba, que dariam ao Iraque novo acesso ao Golfo Pérsico.

A invasão acontece apesar das tentativas de mediação da Arábia Saudita, do Egito e da Liga Árabe. As reações internacionais são imediatas. O Kuwait é grande produtor de petróleo e país estratégico para as economias industrializadas na região. Em 6 de agosto, a ONU impõe um boicote econômico ao Iraque. No dia 28, Hussein proclama a anexação do Kuwait como sua 19ª província. Aumenta a pressão norte-americana para a ONU autorizar o uso de força. Hussein tenta em vão unir os árabes em torno de sua causa ao vincular a retirada de tropas do Kuwait à criação de um Estado palestino. A Arábia Saudita torna-se base temporária para as forças dos EUA, do Reino Unido, da França, do Egito, da Síria e de países que formam a coalizão anti-Hussein. Fracassam as tentativas de solução diplomática, e, em 29 de novembro, a ONU autoriza o ataque contra o Iraque, caso seu Exército não se retire do Kuwait até 15 de janeiro de 1991.

Em 16 de janeiro, as forças coligadas de 28 países liderados pelos EUA dão início ao bombardeio aéreo de Bagdá, que se rende em 27 de fevereiro. Como parte do acordo de cessar-fogo, o Iraque permite a inspeção de suas instalações nucleares.

Conseqüências – O número estimado de mortos durante a guerra é de 100 mil soldados e 7 mil civis iraquianos, 30 mil kuweitianos e 510 homens da coalizão. Após a rendição, o Iraque enfrenta problemas internos, como a rebelião dos curdos ao norte, dos xiitas ao sul e de facções rivais do partido oficial na capital. O Kuwait perde US$ 8,5 bilhões com a queda da produção petrolífera. Os poços de petróleo incendiados pelas tropas iraquianas em retirada do Kuwait e o óleo jogado no golfo provocam um grande desastre ambiental.

Tecnologia na guerra – A Guerra do Golfo introduz recursos tecnológicos sofisticados, tanto no campo bélico como em seu acompanhamento pelo resto do planeta. A TV transmite o ataque a Bagdá ao vivo, e informações instantâneas sobre o desenrolar da guerra espalham-se por todo o mundo. A propaganda norte-americana anuncia o emprego de ataques cirúrgicos, que conseguiriam acertar o alvo militar sem causar danos a civis próximos. Tanques e outros veículos blindados têm visores que enxergam no escuro graças a detectores de radiação infravermelha ou a sensores capazes de ampliar a luz das estrelas. Mas o maior destaque é o avião norte-americano F-117, o caça invisível, projetado para minimizar sua detecção pelo radar inimigo.

Fonte: www.guerras.brasilescola.com

GUERRA DO GOLFO

RAPOSA DO DESERTO

A ação militar que ficou conhecida como Operação Raposa do Deserto, começou no dia 17 de dezembro de 1998. Foram quatro dias de bombardeios aéreos dos EUA e do Reino Unido contra o Iraque, com o objetivo de debilitar a capacidade iraquiana de fazer e usar armas de destruição em massa após Bagdá ter sido acusada de interromper a cooperação com os inspetores de armas da ONU.

Em reação, os EUA e o Reino Unido lançam a maior ofensiva militar contra o Iraque desde a Guerra do Golfo, em dezembro de 1998, com o objetivo de "debilitar a capacidade iraquiana de produzir e usar armas de destruição em massa". Durante 70 horas, o país é alvo de bombardeios e mísseis que destroem instalações militares e civis. Setenta pessoas morrem, de acordo com o governo iraquiano

A ofensiva é seguida de embates no decorrer de 1999, nas zonas de exclusão aérea criadas após a Guerra do Golfo. O Iraque declara essas zonas ilegais e passa a atacar aviões ocidentais que patrulham a região.

A Força Aérea norte-americana e a britânica respondem com bombardeios contra alvos estratégicos. Em janeiro, uma ofensiva contra a cidade de Basra mata 11 civis, de acordo com o Iraque.

Em outubro de 1999, a ONU autoriza o Iraque a aumentar suas exportações de petróleo, de 5,3 para 8,3 bilhões de dólares ao ano, em troca de alimentos e medicamentos. Um terço da receita obtida fica com a ONU, para o pagamento de reparações referentes à Guerra do Golfo. Dois meses depois, a ONU cria um novo corpo de inspeção dos armamentos iraquianos, a Unmovic, e dá a Saddam Hussein prazo de 120 dias para autorizar o reinício das vistorias. O governante não aceita. Em junho de 2000, a ONU prolonga o programa "petróleo por comida" por mais seis meses. De acordo com o jornal científico britânico The Lancet, a mortalidade infantil no país mais do que dobrou desde o início do embargo.

Crescem os problemas internos de Saddam Hussein. O brigadeiro-general-do-ar Sami Ahmad al-Samarri'I e vários outros oficiais da Força Aérea são executados em outubro de 1999, sob acusação de planejar um golpe de Estado. Eleições parciais realizadas em março de 2000 - sem oposição - dão ao Baath 165 das 220 cadeiras em disputa no Legislativo. O filho de Saddam, Uday Hussein, é o candidato mais votado.

Aumentam também as tensões com o vizinho Irã. Várias pessoas ficam feridas, em maio, em um ataque com foguetes contra o palácio presidencial, em Bagdá, aparentemente realizado por grupos guerrilheiros pró-Irã.

Fonte: www.tendarabe.hpg.ig.com.br