A Geórgia fica na região do Cáucaso

Estadao - A Geórgia fica na região do Cáucaso

Presidente georgiano propõe fim imediato das hostilidades

Comandante das tropas russas na Ossétia do Sul disse que a Geórgia ainda bombardeia a capital, Tskhinvali

Agências Internacionais - Estadão


The image “http://midiacon.com.br/imgNoticias/2008/Ago/08/internacional080803_gd.jpg” cannot be displayed, because it contains errors.

Presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili

O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, propôs neste sábado, 8, o fim imediato das hostilidades na Ossétia do Sul e o início do processo de desmilitarização dessa região separatista georgiana. "Propomos o cessar-fogo imediato e o início da retirada de tropas", disse Saakashvili, em entrevista coletiva.

Tropas e tanques russos entraram nesta sexta-feira, 8, na região separatista de Ossétia do Sul, na Geórgia, em defesa da província. O primeiro-ministro russo Vladimir V. Putin declarou que "a guerra começou", enquanto o presidente georgiano Mikheil Saakashvili acusava Moscou de uma "invasão bem planejada", segundo o jornal The New York Times.

Invasão russa foi motivada pela grande operação militar contra a província separatista da Ossétia do Sul lançada pelo governo da Geórgia na madrugada de sexta-feira, 8, para retomar o controle da província de 70 mil habitantes que desde os anos 90 luta pela independência com apoio de Moscou.

Os separatistas estimam que 1,4 mil civis na Ossétia do Sul morreram. A Rússia diz que 12 de seus soldados pereceram nos combates, e o president Saakashvili disse que 30 georgianos foram mortos.

O comandante das tropas russas de paz na Ossétia do Sul, general Marat Kulakhmetov, disse desconhecer a iniciativa. "A parte georgiana está bombardeando Tskhinvali (capital da Ossétia do Sul) durante 40 minutos", disse, em relação à cidade que as tropas russas reconquistaram neste sábado, 9, para os separatistas. Também não param, disse, as "tentativas de ataque à cidade com o uso de carros de combate e transportes blindados".

De acordo com os dados oficiais mais recentes, em três dias de combates, as forças governamentais georgianas tiveram cerca de 50 baixas e aproximadamente entre 470 e 480 feridos.

Reuters - Caça russo ataca posições georgianas em Ossétia do Sul

Simultaneamente, um comunicado divulgado pela Chancelaria georgiana acusa a Rússia de lançar uma "agressão militar de grande escala contra um Estado soberano". "A aviação russa bombardeia alvos militares e civis em todo o território da Geórgia. Em águas da Abkházia (outra região separatista), entraram navios da Marinha russa", diz o documento.

Enquanto isso, unidades do Exército russo entraram na Ossétia do sul para implantar um "regime de ocupação militar", segundo a nota. "Hoje, a Geórgia está de fato em guerra com a Rússia", diz o documento, e assegura que "o Estado georgiano empreende todas as medidas para preservar a independência e garantir a segurança de seus cidadãos".


The image “http://d.yimg.com/br.yimg.com/pi/news/080809/ydownload_afp/i/ca-b41b68bcef97a66ebb69abbc0900ba50.jpeg?x=380&y=323&sig=D9yyiVSr.1O.n9.vYyQBVA--” cannot be displayed, because it contains errors.

Soldados da Geórgia observam prédio atingido por bombardeio em Gori, 9 de agosto de 2008. Presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, declarou 'estado de guerra' contra forças da Rússia.

Bombardeio teria matado 18

O ministério do Interior da Geórgia acusou a Rússia de bombardear instalações estratégicas nos arredores de Tblisi, a capital da ex-república soviética. De acordo com o porta-voz Shota Utiashvili, as bombas caíram no oleoduto que liga a capital às cidades de Ceyhan e Baku. O porto de Poti, no Mar Negro, também sofreu danos.

http://cache.daylife.com/imageserve/0eD0aMmdZ8d40/610x.jpg

O representante do governo georgiano ainda afirmou que há um número significativos de baixas e danos materiais no ataque. Segundo fontes georgianas, pelo menos seis pessoas morreram sob as bombas no porto de Poti. Outras 12 tombaram em Senaki, onde, além disso, ficaram feridos 14 militares e reservistas.

Tanque georgiano se dirige para proximidades da cidade de Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul, região separatista da Geórgia que tem o apoio da Rússia, cujas tropas também se aproximam da capital. Foto: Reuters
Tanque georgiano se dirige para proximidades da cidade de Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul, região separatista da Geórgia que tem o apoio da Rússia, cujas tropas também se aproximam da capital. Foto: Reuters

Aviação russa ataca Abkházia

A aviação russa atacou neste sábado, 8, vários povoados georgianos no desfiladeiro de Kodori, a única parte da separatista Abkházia que segue leal ao Governo da Geórgia, informou a televisão georgiana.


The image “http://d.yimg.com/br.yimg.com/pi/news/afp/j/080809/isgefxp08090808082548photo00.jpg?x=380&y=210&sig=km6Z55zIBWq7tsj8tc0eOw--” cannot be displayed, because it contains errors.

Os 2.000 soldados que a Geórgia mantém no Iraque deixarão o país em no máximo três dias, informou o comandante do Exército, o coronel Bondo Maisuradze. Foto:Vano Shlamov/AFP

Os bombardeios de Kodori poderiam provocar a explosão bélica na Abkházia, cujo regime separatista é aliado do similar na Ossétia do Sul, e poderia tentar aproveitar a difícil situação da Geórgia.

Desde o começo do conflito na Ossétia do Sul, a Abkházia concentrou suas tropas na fronteira com a Geórgia e enviou mil soldados em apoio à primeira região.

http://graphics8.nytimes.com/images/2008/07/07/world/07medvedev-600.jpg

Medvedev informa a Bush sobre as "selvagens" ações da Geórgia

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, informou hoje ao líder americano, George W. Bush, sobre as "selvagens" ações da Geórgia contra a população da Ossétia do Sul e as tropas de paz russas.


Durante uma conversa telefônica entre os dois líderes, Medvedev cifrou em "milhares os mortos e em dezenas de milhares os refugiados" por causa dos bombardeios indiscriminados da artilharia e da aviação georgianas na região separatista da Ossétia do Sul.

O presidente russo se referiu à "violação do direito de existir de todo um povo" por parte de Tbilisi, segundo um comunicado do Kremlin.

"Dadas as circunstâncias, a Rússia tem diante de si uma única tarefa: o fim imediato da violência, a defesa da população civil, da qual a maioria são cidadãos russos, e o breve restabelecimento da paz", disse.

Medvedev defendeu o papel das tropas russas de paz na Ossétia do Sul e afirmou que a única saída para o conflito está na retirada das forças georgianas da Ossétia do Sul, o retorno à mesa de negociações e a assinatura de um acordo de não agressão.

O chefe do Kremlin "expressou sua esperança de que os EUA e outros países interessados na estabilidade e segurança do Cáucaso atuem na mesma linha", acrescenta a nota.

Na conversa por telefone, realizada por iniciativa do líder americano, Bush expressou sua profunda inquietação com a situação na área, e pediu que as partes evitem uma escalada do conflito.

Além disso, ofereceu sua ajuda para que as partes envolvidas retornem à mesa de negociações.
http://www.yumodel.co.yu/yugoslav_air_force/mig29/v_mig29q.JPG

Tbilisi afirma ter derrubado dez aviões russos

Da EFE Via G1

Nos dois dias de ataques aéreos contra a Geórgia foram derrubados dez aviões russos, afirmou hoje Aleksander Lomaya, secretário do Conselho de Segurança Nacional da Geórgia.

"Temos pleno controle sobre Tskhinvali (a capital da Ossétia do Sul) e lançamos uma ofensiva contra as tropas russas ocupantes. Não há choques diretos, eles fogem", assegurou Lomaya à emissora de rádio georgiana "Imedi".

Na sexta-feira passada Temur Yakobashvili, ministro de Reintegração georgiano, disse que as forças georgianas tinham abatido quatro aparatos russos e dispunham de provas indubitáveis.


http://www.newprophecy.net/Syrian_MIG_shot_down.jpg

A parte russa em nenhum momento confirmou suas baixas aéreas nem o fato mesmo dos bombardeios.

"O senhor Yakobashvili se equivoca, se trata, pelo visto, de 400 aviões", comentou sarcástico o Ministério de Defesa russo, citado pela agência russa "Interfax".

Esta madrugada, segundo fontes georgianas, aviões russos voltaram a atacar o porto georgiano de Poti e a base militar na cidade georgiana de Senaki, situadas ambas a grande distância da região de conflito na Ossétia do Sul.

[su25_2.jpg]
Su-25

Rússia confirma perda

de dois aviões na Ossétia do Sul

Da France Presse Via G1

O ministério russo da Defesa confirmou neste sábado que dois de seus aviões militares foram derrubados nos combates com a Geórgia no território separatista georgiano da Ossétia do Sul.


http://military.sakura.ne.jp/aircraft/photo2/2_tu-26.jpg

Russia Confirmou a perda de um Tu-22M (Tu-26)

"Hoje, o lado russo perdeu dois aviões", disse apenas o porta-voz do ministério russo, Anatoli Nogovitsyn, em um discurso transmitido ao vivo pela televisão.


http://www.aeronautics.ru/img001/chechnya28.jpg
Parte da asa de um Su-25 abatido

Os aviões são um caça Su-25 e um bombardeiro Tu-22, segundo um representante do Estado-Maior das forças russas de manutenção da paz na Ossétia do Sul, citado pela agência Interfax. Já o vice-ministro da Defesa da Geórgia, Baru Kutelia, disse que o país derrubou sete aviões russos.

The image “http://www.routamc.org/midcom-serveattachmentguid-d53f954656a22ec371a89465a210578d/view_IMG_5302” cannot be displayed, because it contains errors.

Aviação russa destrói

porto georgiano de Poti

Da France Presse Via G1

A aviação russa destruiu completamente o porto georgiano de Poti, no Mar Negro, informou o ministério georgiano das Relações Exteriores em um comunicado.

"A Rússia destruiu completamente o porto de Poti no Mar Negro, que é um porto essencial para o transporte de recursos energéticos do Mar Cáspio e que fica próximo do oleoduto de Baku-Supsa e do terminal petroleiro de Supsa", afirma o texto.


http://www.centurychina.com/plaboard/uploads/tu-22m-2.jpg

O texto do ministério tem como título: "Rússia destrói o porto georgiano de Poti. A população civil está em perigo pela agressão russa".

Em Moscou, o presidente russo, Dimitri Medvedev, anunciou que as forças de seu país estão realizando uma operação na região georgiana separatista da Ossétia do Sul para "obrigar" a Geórgia a "fazer a paz", informaram as agências russas.

"Nossas forças de manutenção da paz e suas unidades subordinadas estão realizando uma operação para forças o lado georgiano a alcançar a paz", afirmou Medvedev em uma reunião no Kremlin com o ministro da Defesa e o comandante das Forças Armadas russas.

http://www.aerospaceweb.org/aircraft/bomber/su24/su24_03.jpg

Aviação russa bombardeia cidades na Geórgia

Da EFE Via G1

Aviões russos atacaram hoje alvos nas cidades georgianas de Kutaisi, Poti e Gori, causando vários mortos, informaram os meios de imprensa georgianos.

Em Kutaisi foi atacado o aeroporto de Kopitnari, onde morreram duas pessoas, comunicou a emissora "Imedi".Em Poti, cujo porto foi bombardeado pela terceira vez nestes dias, por enquanto ainda se desconhece se há vítimas, segundo a mesma fonte.


Em Gori, situado a cerca de 20 quilômetros da zona de conflito na separatista Ossétia do Sul, o alvo dos aviões russos foi uma antena de telecomunicações, comunicou o Ministério do Interior, que disse não dispor de informação sobre vítimas.

A parte russa continua sem confirmar nem desmentir as denúncias georgianas sobre os ataques aéreos. Enquanto isso, esta madrugada na capital georgiana, Tbilisi, começou a evacuação de instituições estratégicas, incluindo a Presidência e o Ministério da Defesa.Também começou a evacuação dos bairros adjacentes aos prédios estratégicos, cujos habitantes foram chamados a passar a noite no metrô, que serve de refúgio antiaéreo.
O povo, entre quem se vê cada vez mais reservistas uniformizados, comenta iradamente as últimas notícias e os jornais parecem ter multiplicado as vendas.Na imprensa, que considera o conflito como "uma guerra contra a Rússia", abundam os apelos para a "mobilização", "coragem" e "paciência e esperança".O jornal "Rezonans", enquanto isso, se pergunta "até que ponto as autoridades georgianas calcularam as conseqüências e tinham coordenado suas ações com seus parceiros estrangeiros"."Acreditamos que os Estados Unidos e a Europa não permitirão que a Rússia transforme a Geórgia em um polígono similar à Chechênia", conclui.