Fonte: CECOMSAER - FAB
Depois de 17 dias da missão na Red Flag, é chegada a hora de voltar para o Brasil. Dez mil e quinhentos quilômetros separam a base do exercício do destino final, passando por cinco escalas intermediárias.
Tudo em nome da segurança de vôo, já que é mais fácil passar horas dentro de um espaçoso avião, como o KC-137 do Esquadrão Corsário, uma aeronave originalmente construída como transporte de passageiros, do que dentro da compacta cabine de um F-5EM.
Os militares partiram de Nellis ao amanhecer e deixaram para trás: a Base Aérea, os combates, o calor, os amigos que fizemos e a boa impressão da Força Aérea e do Brasil.
Essa imagem positiva passa pela dedicação dos pilotos e mecânicos do Esquadrão Pampa, segundo o seu Comandante, Tenente-Coronel Fleury, na medida em que horas de manutenção na pista e no hangar, bem como os inúmeros planejamentos para os vôos operacionais, foram conduzidos pelos seus homens sem que houvesse dúvida da competência e da busca pela perfeição. Essa dedicação não têm preço, acredita.
Já para o Comandante do Esquadrão Corsário, Tenente-Coronel Cravo, o desempenho da sua equipe foi perfeito, visto que, diariamente, o KC137 realiza dois vôos operacionais e suas equipes de mecânicos e pilotos tinham que mantê-lo sempre em ordem e com os planejamentos para os vôos ajustados para o suporte aos caças.
A viagem de regresso foi em direção a Mérida no México. Essa foi a primeira parada para descanso nessa longa distância a cumprir e para agradecimentos a efetuar, como à Força Aérea Mexicana que prestou um apoio fraternal à delegação brasileira tanto na ida quanto na volta.
Após uma noite de recuperação das energias, o grupo voltou a decolar, deixando a América do Norte, o México, no rumo da América do Sul, a Colômbia. Como uma equipe, andamos juntos o tempo inteiro, caças e transporte, sempre com apoio mútuo.
Para o pouso, é necessário separar as aeronaves. Quem tem menos autonomia desce na frente e pousa na frente. Também em nome da segurança de vôo.
Após duas horas e meia de vôo, os militares chegaram a Barranquilla, na Colômbia, a última escala fora do Brasil, sendo novamente recebidos com muito carinho.
O grupo agradeceu e foi descansar novamente para, no dia seguinte, realizar uma das etapas mais esperadas, a chegada ao Brasil.
Saiba tudo sobre a Red Flag em www.redflag.aer.mil.br
RED FLAG
Base aérea de Canoas recepciona
os “veteranos” da Red Flag
Kaiser Konrad - DEFESANET
O efetivo da Base Aérea de Canoas estava todo em formação em frente ao hangar do 1°/14º, no frio entardecer de terça-feira. Segundo seu comandante, Cel Luiz Alberto Bianchi, o expediente não terminaria enquanto seus filhos ilustres não chegassem. A ansiedade era tamanha que o capitão Fábio Cuzziol, oficial de comunicação e piloto do Esquadrão Pampa só pensava nas histórias que iria ouvir de seus colegas. Recém chegado da Amazônia, o novo Pampa ostentava o orgulho de pertencer a um dos melhores esquadrões de caça da América Latina.
Militares de toda a base; soldados, sargentos e oficiais. Na noite gelada do inverno gaúcho, todos aguardavam a chegada do 1º/14º Gav a Canoas. Os sete F-5EM do Pampa fizeram dois rasantes sobre a base que há quase setenta anos os acolhe.
Símbolo dos pilotos brasileiros na operação, o tenente-aviador José Pimentel trazia consigo a Bandeira do Brasil. A bordo do KC -137 do 2º/2° GT, os Corsários, os demais membros da delegação, pilotos e mecânicos chegavam em ritmo de festa.
O desempenho dos brasileiros superou a própria expectativa e pegou os americanos de surpresa, principalmente quando se tratava de combates em ambiente BVR.Vários pilotos derrubaram caças F-15 e F-16 Agressors. No início a manobra era simples, os agressors “facilitavam” o trabalho do “Blue Team”. “Era importante pra eles saber em que freqüência nosso radar funcionava e qual seu alcance” disse um dos pilotos.
A complexidade dos exercícios foi aumentando dia a dia. Segundo um piloto exigia um trabalho intenso pois cada vôo requeria dois dias de preparação, briefings, etc. Durante o debriefing onde os participantes tinham a oportunidade de ver então o panorama geral daquele dia.
A satisfação de ter participado e “feito bonito” no mais importante exercício aeronáutico do mundo, que simula missões de combate muito próximas à realidade, era estampada no rosto de cada um. A possibilidade do estudo posterior da ação tática de cada esquadrilha, os erros e acertos em cada missão, foi de grande importância para os aviadores. A integração dos mecânicos e controladores com seus colegas de outros países mostraram que a FAB está pronta para realizar missões de guerra dentro de coalizões internacionais.
A motivação dos militares vinha com as notícias publicadas em Defesanet e através das mensagens enviadas para o Blog. “Diariamente líamos as mensagens enviadas ao blog, isso nos deixava feliz e ajudava a suportar o estresse provocado pela intensidade e complexidade do exercício. Esse contato com a população foi muito importante para cada um de nós”, conta um piloto. Para o comandante da III FAE, Brigadeiro Machado o trabalho realizado por Defesanet “foi um ponto marcante para todos, pois nos fez sentir que a sociedade se engajou na manobra e estava conosco no Red Flag. Muito obrigado a vocês todos”. (Veja o vídeo com uma análise da manobra e o agradecimento do Brigadeiro Machado em nome da delegação brasileira.)
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