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Acidente do vôo 1907 completa dois anos

Tragédia evidenciou problemas no controle de tráfego aéreo do país.
Jato Legacy e Boeing se chocaram em pleno vôo e 154 pessoas morreram.

Do G1, em São Paulo

Trem de pouso do Boeing da Gol, que caiu na mata (Foto: Divulgação/Bombeiros de Sinop)

Em 29 de setembro de 2006, um Boeing da Gol, que fazia o vôo 1907, de Manaus para Brasília, se chocou em pleno ar com um jato Legacy que seguia de São Paulo rumo aos Estados Unidos. O acidente completa dois anos nesta segunda-feira.

O Boeing caiu em uma região de mata fechada no Norte de Mato Grosso. O acidente deixou 154 mortos - incluindo passageiros e tripulantes da aeronave. O Legacy conseguiu pousar em uma base aérea no Sul do Pará. Os sete ocupantes do jato sobreviveram.

A operação de resgate dos corpos das vítimas durou 49 dias. Foi o estopim para uma crise aérea.

Os pilotos do Legacy e quatro controladores de vôo do Cindacta-1 (Brasília) foram responsabilizados pelo acidente. Os seis são acusados de atentado contra a segurança de transporte aéreo, com agravante pelas mortes, conforme denúncia do Ministério Público aceita pela Justiça. Nos próximos meses, o juiz federal Murilo Mendes deve recomeçar a ouvir depoimentos do caso.

Foi o segundo maior desastre aéreo do país em número de vítimas. Em julho do ano passado, mais um acidente chocou o Brasil. Durante pouso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um avião da TAM não conseguiu frear e bateu no prédio da TAM Express, causando a morte de 199 pessoas.

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O comando da Aeronáutica informou que houve um choque entre duas aeronaves na tarde desta sexta-feira (29). Uma delas era um Boeing da Gol, que fazia o vôo 1907. A aeronave saiu de Manaus e devia chegar ao aeroporto de Brasília às 18h12. A Força Aérea Brasileira deslocou aeronaves para uma operação de buscas na região da Serra do Cachimbo, no Sul do Pará. A aeronave menor, que participou do choque, fez um pouso de emergência na base aérea de Cachimbo

A mata fechada dificultou a aproximação das equipes de resgate. Os primeiros homens a chegar aos destroços relataram um cenário de horror. O tráfego aéreo está fechado em um raio de 75 quilômetros do local do acidente. A base de apoio para o resgate foi montada na fazenda Jarinã, a 230 quilômetros de Peixoto de Azevedo, Norte de Mato Grosso, e a 40 quilômetros do local do acidente

Foram reveladas as primeiras informações das caixas-pretas do Boeing da Gol e do jato Legacy. Os dados confirmam que um dos equipamentos do jatinho executivo não estava funcionando no momento do acidente. O ministro da Defesa, Waldir Pires, disse que não há confirmação, ainda, se o equipamento estava desligado ou se estava com agum defeito

A Aeronáutica divulgou um relatório preliminar sobre a queda do avião da Gol. O documento não afirma se há um ou mais responsáveis pela tragédia, mas descarta algumas suspeitas, que foram consideradas anteriormente. A Aeronáutica afirma que o jatinho não fez manobras bruscas no momento do acidente, que os controladores não estavam sobrecarregados e que não havia zona de sombra no radar em relação à área do acidente

Quatro controladores de vôo, que estavam de serviço no momento da tragédia com o vôo 1907, da Gol, prestaram depoimento à Polícia Federal, em Brasília. Documentos reservados da Aeronáutica mostram que acidentes semelhantes só não ocorreram este ano por muito pouco

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