Força aérea iraniana conclui exercício “Defensores de Velayat”
By Vinna
A Força Aérea e as unidades de defesa do Irã completaram com sucesso os exercícios de combate iniciados na última segunda que tinha por objetivo testar equipamentos e aumentar a preparação militar. As manobras denominadas “Defensores de Velayat” aconteceram em meio há uma intensa especulação sobre um possível ataque americano ou israelense às instalações nucleares iranianas suspeitas de produzir bombas nucleares.
Sistema russo TOR M1 foi utilizado no exercício
As agências de notícias Fars e Isna informaram que o exercício da Força Aérea aconteceu em metade das 30 províncias da República Islâmica. O comandante da defesa aérea iraniana, o brigadeiro-general Ahmed Mighani, disse que o objetivo do exercício foi completado com sucesso e alcançou os objetivos de praticar táticas, utilizar equipamentos modernos além de aumentar o preparo militar das forças iranianas.
Os EUA buscam uma solução diplomática para a questão nuclear iraniana, mas não descarta uma intervenção militar caso a diplomacia não consiga atender aos seus interesses. Segundo o RIA NOVOSTI a operação da OTAN na Geórgia seria uma “ponta de lança” para um ataque preventivo ao Irã.
A especulação sobre um possível ataque às instalações nucleares iranianas aumentou desde que a Força Aérea israelense fez exercícios em junho -segundo relatos, era uma simulação de ataque ao Irã. O governo iraniano diz que responderá a ações deste tipo, atacando interesses dos Estados Unidos e de Israel.
Para Irã, Israel está em posição frágil para realizar ataque
Da Reuters - Via G1
TEERÃ (Reuters) - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, minimizou a possibilidade de um ataque israelense à República Islâmica, afirmando que o Estado Judeu está numa posição frágil, disse a estatal Press TV na quinta-feira.
A emissora iraniana disse que Ahmadinejad disse em entrevista: "Israel está em situação frágil para atacar qualquer outro país".
Os comentários vieram em meio às persistentes especulações sobre um possível ataque de Israel ou dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, que o Ocidente teme ser um disfarce para a construção de armas nucleares, o que Irã nega.
Ahmadinejad disse que o Irã já deixou claro que defenderá sua integridade territorial caso atacado, também de acordo com a emissora.
Fornecimento de bombas GBU-39 pedido por IsraelBombas inteligentes, podem ser utilizadas para atacar o Irã.
Israel solicitou na passada semana a venda por parte da empresa norte-americana Boeing, de até 1000 unidades da bomba inteligente GBU-39.
Trata-se de uma bomba de 113kg, que ao contrario das mais conhecidas «JDAM» não é apenas uma bomba burra com um kit que permite direccionar o dispositivo, mas sim uma arma feita de raiz para ter a capacidade de atingir alvos pré-programados.
A solicitação do fornecimento deste armamento, que está entre os mais recentes do arsenal dos Estados Unidos, ocorre numa altura em que muitos analistas afirmam que existe uma possibilidade real de Israel efectuar um ataque preventivo contra o Irão, com o objectivo de destruir as instalações nucleares da República Islâmica.
Embora com um peso de apenas 113kg, as bombas GBU-39 têm uma capacidade equivalente a uma bomba de 900kg, quando se trata de capacidade para perfurar instalações especialmente protegidas, com concreto (cimento) mesmo quando reforçado com aço.
Dependendo da altura a que são lançadas, o alcance máximo das bombas GBU-39 que abre as suas asas após o lançamento e é pré-programada para se dirigir ao alvo utilizando o sistema GPS, pode ultrapassar 100km.
GBU-39 EM VÔO
Com um pequeno número de aeronaves é teoricamente possível lançar uma «chuva de bombas» deste tipo e um F-15 (de que Israel possui vários exemplares) e futuramente um F-16i «Soufa» poderá transportar até 8 bombas GBU-39. Um avião pode transportar oito bombas com um peso total inferior a 1000kg, mas com uma capacidade de destruição (contra alvos fixos e protegidos) quase oito vezes maior.
Com a GBU-39, uma aeronave ganha muito maior poder de fogo, transportando menos carga, o que aumenta o raio de acção operacional da aeronave atacante.
Israel tem afirmado várias vezes que não permitirá a existência de um Irão com capacidade nuclear. O presidente do país, tem ameaçado várias vezes o estado judeu, referindo-se ao país como «entidade» e afirmando que Israel deve ser riscado do mapa.
Em reunião havida recentemente, o vice-presidente norte americano acusou a Rússia de continuar a fornecer a República Islâmica com todo o tipo de armas, utilizando disfarces e terceiros países. Esta afirmação foi interpretada por vários observadores como uma admissão de que Israel não tem neste momento nada a perder, porque a Rússia vai mesmo fornecer ou já forneceu equipamentos militares ao Irão.
A redução do preço do petróleo nos últimos dias e as crises económicas nos Estados Unidos, permitem reduzir o impacto de um previsível aumento dos preços do petróleo.
Também é notório que Israel nunca teve grandes problemas em efectuar operações militares mesmo sem o conhecimento ou a aprovação dos Estados Unidos. A recente aceitação de instalação no deserto de Negev de um sofisticado radar norte-americano de longo alcance - que pode ser ligado ao sistema de defesa anti-míssil de Israel - foi vista como uma garantia de que Israel não efectuará nenhum ataque sem a aprovação dos Estados Unidos, mas também é verdade que num período eleitoral, em que os Estados Unidos estão entre um governo e o ouro e em que as decisões não podem ser tomadas com o mesmo vigor e determinação, uma acção de Israel não é absolutamente impossível.
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