Poder Aéreo:
Uma lição a tirar do conflito
Rússia-Geórgia no Cáucaso
Blog Quintus por Clavis Prophetarum
À medida que a situação no Cáucaso vai normalizando chega o tempo de fazer alguns balanços… Entrevistas a militares georgianos feridos e internados em Tbilisi têm exposto como o domínio aéreo foi fundamental para a vitória russa: “Penso que se não fosse a força aérea russa, então sim, teríamos tido uma possibilidade“, afirmou a uma televisão o tenente Roman Abashidze, internado na capital georgiana e a sua opinião é generalizada entre os militares deste país do Cáucaso.
Su-24
Nestes ataques ao solo, a Rússia utilizou sobretudo aviões Su-25, e alguns Tu-22 e Su-24 e há relatos do uso de ”bombas de fragmentação” na Ossétia do Sul, contra forças georgianas.
O conflito saldou-se por uma derrota absoluta das forças georgianas e por uma quase total aniquilação do seu exército e esta resultou do domínio absoluto do ar exibido pela Rússia ao longo de todo o conflito sendo flagrante que a ausência de aviões interceptores georgianos assim como a limitação da sua defesa aérea a meios tácticos (armas anti-aéreas e mísseis terra-ar de curto alcance) foi completamente insuficiente. E o pior é que tal resulta de decisões estratégicas de aquisição de equipamento erradas e mesmo muito erradas que acabaram por custar à Geórgia esta derrota humilhante…
O fato de a aviação ter aqui desempenhado o papel principal e de esta ter sido o ramo menos favorecido no re-equipamento das forças armadas georgianas após 2000 teve agora as suas consequências e o erro que foi concentrar todos os investimentos em meios para o Exército demonstrou a sua inutilidade.
É que os 82 T-72A, T-72B/B1, T-72M e T-72 SIM-1 constituíam uma força blindada impressionante - especialmente para as pequenas dimensões do resto do exército georgiano - e a mobilidade oferecida pelos 80 BMP-1 e 52 BMP-2 assim como pelos 100 Otokar Cobra que tanto apareceram nas televisões nos primeiros dias do conflito de nada servem se não forem protegidos de ataques do ar por defesas aéreas de profundidade ou por aviões capazes de dissuadir ataques ao solo. Que se retire daqui esta lição…
O fato de a aviação ter aqui desempenhado o papel principal e de esta ter sido o ramo menos favorecido no re-equipamento das forças armadas georgianas após 2000 teve agora as suas consequências e o erro que foi concentrar todos os investimentos em meios para o Exército demonstrou a sua inutilidade.
T-72 destruído em combate
É que os 82 T-72A, T-72B/B1, T-72M e T-72 SIM-1 constituíam uma força blindada impressionante - especialmente para as pequenas dimensões do resto do exército georgiano - e a mobilidade oferecida pelos 80 BMP-1 e 52 BMP-2 assim como pelos 100 Otokar Cobra que tanto apareceram nas televisões nos primeiros dias do conflito de nada servem se não forem protegidos de ataques do ar por defesas aéreas de profundidade ou por aviões capazes de dissuadir ataques ao solo. Que se retire daqui esta lição…
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