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Com tranquilidade, Hamilton vence o GP da China

Fonte: F-1 na Web - José Barone

O GP da China de Fórmula 1, disputado no circuito de Xangai, foi muito tranqüilo para o líder da temporada, Lewis Hamilton, da McLaren. Sem ser ameaçado nenhuma vez, o inglês confirmou a soberania da escuderia prateada e garantiu a vitória da penúltima etapa da temporada.

O principal concorrente de Hamilton, Felipe Massa, da Ferrari, se manteve na terceira posição até a última parte da prova, quando ultrapassou seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen, o terceiro colocado. Com a vitória do inglês e a segunda posição do brasileiro, a vantagem que Hamilton leva para o Brasil sobe de cinco para sete pontos.

O espanhol Fernando Alonso, da Renault, conseguiu seguir os carros da Ferrari, apenas, no início da prova. Depois disso, o bicampeão do mundo se manteve na quarta colocação, seguido de Nick Heidfeld e Robert Kubica, ambos da BMW-Sauber. Com a sexta posição, o polonês deixou de ter chances de disputar o título, na última etapa, em Interlagos.

Com, apenas, uma parada nos boxes, o alemão Timo Glock, da Toyota, faturou dois pontos, com a sétima posição. O brasileiro Nelsinho Piquet, da Renault, cruzou a linha de chegada na oitava posição. Rubens Barrichello, da Honda, foi o 11º.

Confira o resultado final do GP da China:

1. Hamilton (McLaren) 1h31.57.403
2. Massa (Ferrari) + 14.925
3. Raikkonen (Ferrari) + 16.445
4. Alonso (Renault) + 18.370
5. Heidfeld (BMW-Sauber) + 28.923
6. Kubica (BMW-Sauber) + 33.219
7. Glock (Toyota) + 41.722
8. Piquet (Renault) + 56.645
9. Vettel (Toro Rosso) + 1:04.339
10. Coulthard (Red Bull) + 1:14.842
11. Barrichello (Honda) + 1:25.061
12. Nakajima (Williams) + 1:30.847
13. Bourdais (Toro Rosso) + 1:31.457
14. Webber (Red Bull) + 1:32.422
15. Rosberg (Williams) + 1 volta
16. Button (Honda) + 1 volta
17. Fisichella (Force India) + 1 volta

Não completaram

18. Kovalainen (McLaren)
19. Sutil (Force India)
20. Trulli (Toyota)

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Federação Internacional quer ressuscitar antiga F-2

Tatiana Cunha - Da Folhapress - Em Xangai (China)

Enquanto a F-1 discute formas de cortar custos para se manter um esporte viável não só para as grandes marcas, uma "nova" categoria começa a sair do papel tendo como principal atrativo justamente o preço. Em Xangai, onde foi realizado o GP da China, foi anunciado que a partir de 2010 os motores deverão ser padronizados.

Uma medida que gerou críticas, mas cujo principal objetivo é diminuir os custos para as equipes, já que os motores são sua principal fonte de gastos.

Às voltas com a crise econômica mundial, categorias escola como GP2, F-3 e F-Renault européia ficaram caras, especialmente para pilotos de países em desenvolvimento.

Foi justamente por isso que a FIA resolveu resgatar, após 25 anos, a F-2 para 2009. Categoria que já foi escola para pilotos como Emerson Fittipaldi, James Hunt, Nigel Mansell e Keke Rosberg, entre outros, que depois vingariam na F-1, seu processo de seleção para a reestréia inclusive já foi aberto.

"Nosso principal objetivo é reduzir os custos para pilotos jovens que têm objetivo de chegar à F-1", disse Jonathan Palmer, campeão da F-2 em 1983, um ano antes de sua extinção, e agora responsável por ela.

Como comparação, a temporada completa na categoria -com 16 provas em oito finais de semana na Europa- custará cerca de 245 mil (R$ 720 mil). Na F-3, o valor sobe para 650 mil por ano. Na F-Renault européia, para 800 mil.

Já na GP2, que levou Lewis Hamilton, Nelsinho Piquet e Nico Rosberg, entre outros, à F-1, o custo é mais elevado. Estima-se que um ano num bom time custe 1,5 milhão.

Assim como ocorre nas categorias inferiores, os carros da F-2 serão todos feitos pela MotorSport Vision. Os motores serão turbo, de 1,8 litro e 20 válvulas, da Audi, com base nos usados na F-Palmer Audi. Mas, ao contrário da categoria, que usa peças de carros de passeio, os da F-2 serão produzidos exclusivamente para corrida.

A performance deve ficar entre as de um F-1 e de um F-3. Em termos de tempo de volta, deverão ficar próximos dos da F-Renault. Os chassis serão desenvolvidos pela Williams.

A equipe, inclusive, já pensa em usar os mesmos chassis que serão desenvolvidos para a categoria para pôr em prática um programa exclusivo de desenvolvimento de jovens talentos.

Os carros ficarão prontos em março de 2009 e a temporada começa em 31 de maio, em Valencia. Serão duas corridas por fim de semana, sendo que apenas a segunda terá pit stops. "Temos interesse em alguns brasileiros, mas ainda estamos em negociação", falou Palmer.

"Já temos mais de 110 interessados e não será fácil definirmos nosso grid. Teremos de fazer um equilíbrio entre talento e em quem se interessou antes pela F-2", completou o dirigente, que espera no mês que vem ter os pilotos escolhidos.

Outro atrativo da "nova" categoria é o fato de os três primeiros colocados ganharem automaticamente a superlicença, a permissão necessária para correr na F-1. Categorias como as F-3 européia, inglesa, italiana e japonesa, por exemplo, concedem a superlicença apenas para o campeão. Além disso, o vencedor da F-2 ainda ganhará um teste na Williams.