Evangelho (Lucas 11,47-54)

Quinta-Feira, 16 de Outubro de 2008
28ª Semana Comum

Naquele tempo, disse o Senhor: 47"Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. 48Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos.
49É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, 50a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, 51desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração. 52Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar".
53Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. 54Armaram ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca.


Santas Edwiges e Margarida Alacoque

Santas Edwiges e Margarida Alacoque
Santa Edwiges

A Idade Média foi muito rica em santos e santas, e, hoje, juntamente com Santa Margarida, a Liturgia apresenta Santa Edwiges que nasceu na Alemanha em 1174 e tornou-se modelo dos três estados de vida femininos: esposa, celibatária e viúva.

Muito jovem, Edwiges casou-se com o príncipe da Silésia, Henrique I, e teve com ele seis filhos, os quais educou com muito amor. Com o passar dos anos, convenceu o marido a fazer voto de continência conjugal. Como esposa, ela soube ser exemplo e com dedicação conseguiu conciliar os seus deveres com um profundo espírito de oração, penitência e, sobretudo, caridade para com os pobres e doentes.

Contam os historiadores, que Santa Edwiges guardava para si parte mínima de suas rendas, e todo o restante aplicava para socorrer aos pobres, a quem ajudava com as próprias mãos.

Falecido o esposo, retirou-se ao convento onde sua filha Gertrudes era abadessa, e neste mesmo lugar deu largos passos rumo à santificação de si e dos demais. Faleceu consumida pela penitência, fé e amor no dia 15 de outubro de 1243.


Santa Margarida Maria Alacoque

Deus suscitou este luzeiro, ou seja, portadora da luz, que é Cristo, num período em que na Igreja penetrava as trevas do jansenismo: doutrina que pregava um rigorismo que esfriava o amor de muitos e afastava o povo dos Sacramentos. O nome de Santa Margarida Maria Alacoque está intimamente ligado à fervorosa devoção do Sagrado Coração de Jesus. Nasceu na França em 1647, teve infância e adolescência provadas, sofridas. Órfã de pai e educada por irmãs Clarissas, muito nova pegou uma estranha doença que só a deixou depois de fazer o voto a Santíssima Virgem.

Com a intercessão da Virgem Maria, foi curada e pôde ser formada na cultura e religião. Até que provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do altar, e diante do Coração Eucarístico começou a ter "revelações divinas".

"Eis aqui o coração que tanto amou os homens, até se esgotar e consumir para testemunhar-lhe seu amor e, em troca, não recebe da maior parte senão ingratidões, friezas e desprezos". As muitas mensagens insistiram num maior amor à Santíssima Eucaristia, à Comunhão reparadora nas primeiras sextas-feiras do mês e à hora Santa em reparação da humanidade.

Incompreendida por vários, Margarida teve o apoio de um sacerdote, recebeu o reconhecimento do povo que podia agora deixar o medo e mergulhar no amor de Deus. Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e o Papa Pio XIII recomendou esta devoção que nos leva ao encontro do Coração Eucarístico de Jesus. Santa Margarida Maria Alacoque morreu em 1690.