EADS-CASA entrega a Portugal el primero de los doce aviones
C295 contratados por la Fuerza Aérea lusa
FONTE: Europapress
El presidente de la División de Aviones de Transporte Militar del consorcio aeroespacial EADS, Carlos Suárez, entregó hoy en su factoría de Getafe (Madrid) al presidente de la empresa estatal para compras de material de defensa de Portugal DEFAERLOC, Jorge Rolo, el primero de los doce aviones de transporte medio C295 contratados por la Fuerza Aérea lusa en febrero de 2006, según informó en un comunicado la compañía.
El acto de entrega de la primera aeronave esta mañana en la localidad madrileña estuvo presidido por los ministros de Defensa de España y Portugal, Carme Chacón y Nuno Severiano, y sólo se permitió la entrada de reporteros gráficos para la cobertura informativa.
Siete de los doce aviones encargados por Portugal tendrán configuración de transporte militar y cinco estarán equipados para misiones de vigilancia marítima (versión VIMAR). Estas últimas aeronaves estarán dotadas del sistema de misión FITS, desarrollado íntegramente por la filial española del grupo aeroespacial europea EADS, EADS-CASA.
La compañía aeroespacial informó de que los aviones de vigilancia marítima "podrán ser rápidamente adaptados a la configuración de transporte". Los doce aviones contratados por Portugal sustituirán a la flota de aviones Aviocar C-212 suministrados también por la antigua CASA y que han estado operando satisfactoriamente desde los años 70.
EADS-CASA señaló que el ritmo de entrega de aeronaves C295 será de un aparato cada mes y medio aproximadamente, hasta completar el total de doce unidades. Inicialmente se suministrarán los aviones de transporte y, a continuación, los de vigilancia marítima.
La División de Aviones de Transporte Militar también proporcionará apoyo logístico 'Full In-Service Support' a estos aviones por un periodo mínimo de cinco años. Además de la compra de aviones, en febrero de 2006 la división española de EADS firmó un contrato de cooperación industrial con la Comisión Permanente de Contrapartidas lusa, por el que apoyará el desarrollo industrial aeronáutico de Portugal.
A primeira de doze aeronaves C-295M do fabricante europeu EADS adquiridas pela Força Aérea Portuguesa foram entregues em cerimónia ocorrida nesta Terça-feira, na qual estive presente o Ministro da Defesa de Portugal.
Os restantes onze aviões construídos pelo consórcio europeu deverão ser entregues ao ritmo de uma unidade a cada 45 dias.
Os C-295M são pelo menos parcialmente os substitutos directos dos pequenos C-212 «Aviocar» construídos em Espanha pela empresa CASA [1] e que estavam inicialmente destinados à operação no cenário de guerra em África durante os anos 70, onde a sua capacidade para operar a partir de pistas de terra batida ou mesmo de troços de estrada, permitiria uma considerável flexibilidade às forças portuguesas especialmente nos cenários de Angola e de Moçambique.
Como aconteceu com outros equipamentos adquiridos por Portugal, os C-212 só ficaram disponíveis depois do fim do conflito, e por isso foram aproveitados para funções para as quais não eram adequados.
A sua incapacidade para voar entre o continente português e as ilhas atlânticas sempre foi um problema e essa ligação acabou por ficar dependente da frota de C-130.
Os C-295M são muito maiores que os «Aviocar» e dispõem de maior autonomia e capacidade de carga. Em muitos casos eles podem substituir mesmo as aeronaves C-130H. Ao contrário dos C-212 os novos C-295M podem servir como apoio a forças destacadas, como por exemplo na antiga Jugoslávia.
Trata-se de uma aeronave derivada de um modelo concebido para operação de linhas aéreas regionais, desenvolvido entre a empresa espanhola CASA e o regime indonésio do ex-presidente Suharto, que ficou conhecida como C-235.
Se o C-235 foi um fracasso comercial, já o C-295, que é uma versão «aumentada» do C-235, mostrou ter características adequadas para transporte militar, possuindo uma porta traseira para facilitar o acesso de militares e carga e um espaço interno igualmente apropriado para utilização militar.
Das doze unidades adquiridas pela Força Aérea Portuguesa, cinco delas estarão especialmente equipadas para missões de vigilância marítima, onde também deverão substituir uma das versões do C-212 em serviço.
[1] A empresa CASA depois de problemas financeiros que estiveram relacionados com o fracasso comercial da aeronave C-235 abriu falência e foi salva após ter sido negociada a sua incorporação no consórcio EADS, controlado essencialmente pela França e pela Alemanha.
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