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Desenho á escala |
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Dimensões e capacidades |
Motores: 2 Rolls Royce AE2100D2 (4640hp cada) Comprimento: 22.7 M Envergadura de asa: 28.7 M Comprimento da cabina: 11,43 M (sem rampa) Largura máxima da cabina: 3,2 M | Motores: 2 P&W PW127G Comprimento: 24.45M Envergadura de asa: 25.81 M Comprimento da cabina: 12.69 (sem rampa) Largura máxima da cabina: 2.7M |
Peso vazio: 17.000 Kg Peso máximo á descolagem: 30.505 Kg Capacidade do tanques: 12.000 litros Capacidade máxima de transporte: 10.200 Kg ou 44 M3 de carga (Já atingidos os 11.300Kg-não oficial) Volume da cabine: 58 M3 Numero de militares transportáveis: 66 (46 paraquedistas) | Peso vazio: 9.500 Kg Peso máximo á descolagem: 23.200 Kg Capacidade dos tanques: 7.000 litros Capacidade máxima de transporte: 9.250 Kg ou 37 M3 de carga. (Já atingidos os 9.500 Kg - não oficial) Volume da cabine: 57 M3 Numero de militares transportáveis: 75 (48 paraquedistas) |
Performance |
Velocidade máxima: 325 nós Alcance máximo: 5.900 Km (sem carga) Alcance com carga máxima(10.2 Ton) : 2.100 Km Alcance com 6.000Kg: 4.600 Km Descolagem STOL: +/- 600M | Velocidade máxima: 256 nós Alcance máximo: 5.278 Km (sem carga) Alcance com carga máxima(9.2 Ton): 1.450 Km Alcance com 4.000Kg: 4.900 Km Descolagem STOL: +/-600 M |
Outras características |
Preço estimado: USD 28 000 000 | Preço estimado: USD 29 000 000 |
Classificando as aeronaves, utilizando uma escala de 20 valores
Quesitos analisados | Classificação |
C-27J | C-295 |
Transporte de carga de Lisboa até ao aeroporto de Pristina na Bosnia. A carga carregada por um SPARTAN é superior | 15 | 13 |
O C-27J consegue viajar da Madeira até Cabo-Verde com carga máxima, o C-295 não o consegue fazer? | 20 | 15 |
Qualquer dos aviões consegue voar desde Lisboa até ao aeroporto de Porto Santo ou Funchal na Madeira. | 20 | 20 |
O C-27J consegue chegar "carregado" á BA-4 nas Lajes. O C-295 não o consegue fazer.. | 20 | 17 |
A ligação entre a Madeira e os Açores, é claramente possível com o C-27J, já com o C-295 será feita no limite e depende das condições atmosféricas (não pode ter ventos contrarios, dado neste caso ter que se reduzir a carga para garantir que o combustível chega) | 20 | 18 |
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Qualquer dos dois aviões pode transportar veículos do tipo Land Rover ou NISSAN, rebatendo antenas | 20 | 20 |
Veículos Panhard VBL do exército: Por razões que se prendem com a largura dos veículos, o C-295 não consegue transportar este tipo de veículo. O mesmo ocorre com os veículos IVECO Protector da GNR: | 20 | 0 |
O C-27J consegue transportar praticamente todo o tipo de veículos HUMVEE. O C-295 só pode transportar aqueles que tiverem capota amovivel, exigindo portanto preparação do veículo. | 19 | 17 |
Transporte de carga geral: A capacidade de carga do C-27J é marginalmente superior ao C-295, que é mais comprido, mas menos largo. O C-295 leva 5 paletes standard contra 3 (mais meia) do C-27J, mas no C-27J a altura das paletes pode ser maior. | 18 | 17 |
Transporte de militares: O C-295 consegue transportar mais militares, embora em termos de paraquedistas os numeros sejam idênticos. | 15 | 18 |
O C-27J transporta 60% dos equipamentos típicos de uma unidade aero-transportada do tipo da BAI. O C-295, chega a um máximo de 30% dos equipamentos. Esta diferença deve-se á autonomia e á resistência estrutural da cabine, do SPARTAN que aguenta 5 ton. por metro quadrado, contra 1 ton. no C-295 | 12 | 6 |
O dois aviões têm portas traseiras que permitem o fácil acesso á carga. No entanto o C-27J dispõe de um sistema hidráulico de elevação do trem de aterragem que lhe permite alterar a posição do avião, para facilitar a carga e a descarga. | 18 | 16 |
O C-27J pode lançar 6 toneladas de uma unica vez, para apoio de tropas no terreno, enquanto que o C-295 apenas consegue lancar 2 toneladas. | 18 | 10 |
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O C-27J resiste melhor a forças G, que o C-295, por razões que se prendem com a sua maior rigidez estrutural, que se nota no seu maior peso, menor comprimento e perfil mais compacto. De aqui resulta ser mais adequado que o C-295 para realizar manobras evasivas próximo do campo de batalha. | 18 | 16 |
Os custos de operação do C-295 são menores que os do C-27J. A diferença não é fixa, no entanto, consideram-se, preço mais elevados das peças e maior consumo de combustível do C-27J | 14 | 15 |
O preço unitário do C-27J é marinalmente inferior ao preço do C-295. A nota foi atribuida considerando o preço alvo de 20 milhões de dolares | 15 | 15 |
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O C-295 tem uma versão dedicada de patrulha marítima, o C-27J, não tem uma versão desse tipo, limitando-se a uma versão SAR. Foi lançada uma versão de patrulha marítima do C-27J, no entanto, é uma adaptação de um avião feito para transporte táctico, por isso demasiado pesada para avião de patrulha. | 12 | 20 |
O C-27J compartilha os sistemas de navegação com o C-130J, sendo a conversão das tripulações desnecessária. Ao mesmo tempo, permite efectuar a gestão de apenas um motor, para mais que um avião. O C-295 utiliza um outro tipo de motor, não utilizado na Força Aérea. Este não é um quesito que se possa classificar | | |
O C-295 da EADS/CASA poderá vir a ter alguns dos seus componentes fabricados em Portugal pela OGMA. Este não é um quesito que se possa classificar. | | |
| 294 | 253 |
Média | 17.3 | 14.9 |
Alguns dos valores apresentados são obtidos através de extrapolação, considerando os valores conhecidos e divulgados pelos fabricantes e não um teste efectivo das capacidades das aeronaves consideradas. Foram utilizados dados fornecidos pela CASA-EADS e pela LOCKEED-ALENIA, bem assim como foram consideradas análises efectuadas por revistas da especialidade.(Novembro-2004)
Vantagens e desvantagens
Por se tratar de um avião pensado para as necessidades do transporte comercial de passageiros, há alguma vantagem do avião da CASA/EADS no que respeita ao transporte de passageiros. Esta vantagem já não é tão evidente quando se trata de efectuar o lançamento de paraquedistas. No entanto, o avião da Lockeed/Alenia apresenta uma notável capacidade de carga a distâncias médias.
Embora o C-27J transporte aproximadamente a mesma carga do C-295, na prática o C-295, não consegue levar a sua carga máxima tão longe quanto o C-27J.
O caso mais elucidativo é que das três ligações estratégicas (Continente-Madeira, Continente-Açores e Açores-Madeira) O C-27J consegue efectuar as três viagens com a sua carga máxima, enquanto que o C-295 só consegue atingir a Madeira, vindo de Lisboa (e vice-versa). embora consiga efectuar a ligação Madeira-Açores, só pode completar a viagem (com carga máxima) se não houver ventos contrários. A outra ligação, não a consegue fazer com a sua carga máxima, o que não sendo necessáriamente uma desvantagem enorme, pode pesar na decisão final.
Um dos argumentos em favor destes dois aviões, é que eles podem substituir os C-130 Hercules em muitas missões onde estes são utilizados apenas porque não há outro avião disponível, com raio de acção suficiente. Logo, ter nestes aviões a maior capacidade disponível é da maior importância quando se trata de efectuar as ligações entre as várias parcelas do territorio nacional.
O C-27J também estará melhor, no que respeita á autonomia para chegar á Bosnia, ou outras regiões da Ex-Jugoslávia, para apoio ás tropas ali colocadas, onde para efectivos relativamente reduzidos, 7 toneladas de carga pode ser suficiente, em muitas ocasiões.
Da mesma forma no que respeita á cooperação com países de lingua Portuguesa, o C-27J consegue, desde a Madeira, chegar a Cabo-Verde com a sua carga máxima, enquanto que o C-295, não o pode fazer, só se podendo utilizar parte da sua capacidade.
Já no que respeita á versão de patrulha marítima, o facto de Portugal necessitar de utlizar alguns destes aviões para patrulha marítima, torna a utilização do C-27J mais complicada, porque não existe versão de patrulha neste modelo de avião, embora o fabricante tenha feito uma proposta nesse sentido. E a versão de patrulha marítima do C-27J poderá não ter sido suficientemente económica para justificar a aquisição.
Por ser um avião feito de raiz para transporte militar táctico, o Lockeed/Alenia C-27J, é muito mais pesado, e estruturalmente resistente que o EADS/CASA C-295. Por isso, a sua utilização como avião de patrulha, será sempre mais cara, quanto mais não seja, porque transportar as 17 toneladas do C-27J custa mais combustível que transportar as 10 toneladas do C-295.
Conclusões
Os dois equipamentos são em grande medida parecidos, O C-295 é ligeiramente mais caro (o que constitui uma surpresa), e é montado em Espanha pela CASA, a subsidiária espanhola da europeia EADS, enquanto que o C-27J é finalizado pela Alenia em Italia. A balança, do ponto de vista da qualidade e das prestações a nível de utilização táctica, pende de facto para o avião Italo-Americano. Além disso, se a Força Aérea vier a adquirir os C-130J para substituir os C-130H, estes partilham não só os seus motores (Rolls Royce AE2100D2) como ainda partilham muitos componentes e aviónicos. Esta ultima vantagem em termos logisticos, aliada ao que parece ser uma pequena vantagem nas prestações, fazem pender a balança em favor do LOCKEED/ALENIA C-27J SPARTAN.
A questão da versão de patrulha marítima, que sempre foi a parte negativa do C-27J-SPARTAN, parece no entanto ter sido uma das razões para a opção feita pelo C-295.
No entanto a decisão não deixou de ser politica, e os recentes desenvolvimentos no que respeira à aquisição da OGMA, podem ter determinado qual a aeronave vencedora, independentemente das questões técnicas. Esta, poderá ter sido escolhida mais pelas contra-partidas oferecidas que pelas capacidades conhecidas de cada uma das aeronaves a concurso.
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