da Folha Online
Tanto índia como Paquistão são ex-colônias britânicas. Em 1947, ambos conseguiram independência. Os ingleses repartiram a região de acordo com a religião das maiorias. Assim surgiu a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.
O controle sobre a região da Caxemira foi causa de duas das três guerras (1948-1949, 1965 e 1971) já travadas entre Índia e Paquistão desde 1947 --ano em que se tornaram independentes do Reino Unido.
A Caxemira é uma região montanhosa ao norte dos dois países. Grande parte da população da região é muçulmana e quer a anexação ao Paquistão, que a Índia nega. Atualmente, dois terços do território estão sob domínio indiano e o restante sob controle do Paquistão e da China. Ou seja, é uma região de maioria muçulmana que tem sua a maior parte sob controle da Índia.
O Paquistão reivindica o controle total da Caxemira sob o argumento de que lá vive uma população de maioria islâmica --a mesma do país. Já a Índia tem uma população majoritariamente hindu.
Além das três guerras, a história de violência entre os dois países é longa. Apenas neste ano, se forem levados em conta todas as ações, foram mais de cem atentados ocorridos na Índia, que acusa terroristas muçulmanos paquistanesas pelas ações. O Paquistão nega.
Nos últimos anos, a índia foi palco de ações terroristas movidas por três linhas: religiosa (islâmicos), política (maoístas) e territorial (disputa Índia-Paquistão pela Caxemira). Dezenas de grupo usam ações terroristas para tentar alcançar seus objetivos contra o governo da Índia, saiba quem são os principais:
Lashkar-e-Taiba
Braço armado de uma organização religiosa muçulmana fundada no Paquistão em 1989. O grupo teria ligações com a rede terrorista Al Qaeda. A Índia acusa a inteligência paquistanesa de ser o criador e de oferecer suporte logístico ao grupo.
Movimento Estudantil Islâmico
Fundado em 1977, o grupo ganhou força e se tornou mais violento a partir da década de 90. Em 2001, fui declarado como organização terrorista. O grupo teria se tornado, no último ano, a célula-mãe dos mujahedin [guerreiros islâmicos que nos anos 80 combateram a ocupação soviética do Afeganistão].
Naxalitas
Naxalitas é o apelido derivado de uma rebelião de 1967 na aldeia bengali de Naxalbari. O movimento radical de formação maoísta luta há mais de 20 anos para criar um Estado comunista independente no leste e sul da Índia. As regiões-alvo de ataque deste grupo são os Estados Indianos de Andhra Pradesh, Orissa, Chattisgarh, Maharashtra, Bihar e Jharkhand.
Verão
Os enfrentamentos costumam se intensificar nos meses de verão. Nessa época, com o derretimento da neve em porções da cordilheira do Himalaia, os separatistas islâmicos têm mais facilidade para se infiltrar na Caxemira indiana, vindos de solo paquistanês.
Nas lutas entre os grupos que envolvem os dois Exércitos e guerrilheiros pró-Paquistão, mais de 30 mil pessoas já morreram. Segundo o governo indiano, esses grupos recebem o apoio financeiro do Paquistão, que diz apenas ampará-los politicamente.
A rivalidade levou a uma corrida armamentista que culminou com a entrada de Índia e Paquistão, em 1998, no clube dos países detentores de armas nucleares. Ambos desenvolveram ao máximo sua infra-estrutura militar. Desde então, as hostilidades na Caxemira passaram a ser acompanhadas com mais atenção pela comunidade internacional.
Recentemente, ambos os países demonstraram intenção de pôr fim ao clima de tensão e melhorar suas relações diplomáticas, mas os atentados terroristas levados a cabo na última quarta-feira (26) em Mumbai (ex-Bombaim), capital financeira da Índia, pode barrar as novas tentativas de pacto de paz e expõem a fragilidade da relação entre a polícia e a inteligência indianas nos quesitos segurança interna e luta contra o terrorismo.
Fonte: Veja
História
A civilização do vale do rio Indo floresceu entre os anos 3500 a.C. e 2500 a.C. Arianos vindos do noroeste conquistaram a região por volta de 1500 a.C. e iniciaram a civilização hindu, que dominou por 2.000 anos os atuais territórios da Índia e do Paquistão.
Sucessivas invasões ocorreram ali desde antes da Era Cristã: persas, macedônios, novamente persas (dinastia Sassânida, já no século VI d.C.) e, por fim, árabes, que introduziram o islamismo em 711 e separaram o Paquistão da esfera de influência da Índia. O domínio muçulmano na região atingiu o apogeu com o Império Mongol, entre 1526 e 1857, até a derrota militar para o Reino Unido.
Os principais momentos históricos
Colonização britânica - Em 1857, o território paquistanês foi incorporado às possessões britânicas da Índia. Muhammad Ali Jinnah fundou, em 1906, a Liga Muçulmana do Paquistão (PML), que se aliou aos nacionalistas hindus no combate à dominação britânica. A aliança foi rompida na década de 1920, com os primeiros choques entre as duas comunidades. A liga propôs a constituição de um estado separado da Índia.
Partilha do Subcontinente - Os confrontos entre hindus e muçulmanos intensificaram-se, e, em 1947, os britânicos deixaram a colônia, aprovando sua partilha em dois estados. As áreas de maioria muçulmana formaram o Paquistão, com duas regiões separadas entre si por 1,6 mil quilômetros de território indiano: o vale do rio Indo e Bengala Oriental, que passou a se chamar Paquistão Oriental. Hindus que habitavam essas áreas, majoritariamente muçulmanas, migraram aos milhares para a Índia, enquanto os muçulmanos lá residentes fugiram em direção oposta. No mesmo ano, Índia e Paquistão entraram em guerra pelo controle da Caxemira. O embate terminou em 1948, com a divisão do território entre os dois países. A Guerra Fria acirrou o conflito na década de 1950 - o Paquistão aliou-se aos Estados Unidos (EUA) e a Índia, aos soviéticos.
Secessão de Bangladesh - Um golpe de estado, em 1958, levou ao poder o general Mohammad Ayub Khan, eleito presidente em 1960 e reeleito em 1965. Ayub Khan fracassou na tentativa de debelar uma onda de protestos no Paquistão Oriental e, em 1969, renunciou. Seu sucessor, o general Yahya Khan, voltou a instaurar a lei marcial, já declarada por Ayub Khan. O processo de divisão do país teve início em 1970, quando os separatistas venceram as eleições no Paquistão Oriental. O impasse terminou em guerra civil. Com a intervenção militar da Índia do lado dos bengaleses, o Paquistão Oriental proclamou a independência, em 1971, e mudou seu nome para Bangladesh.
Em 1977, Zulfikar Ali Bhutto, no governo desde 1971 (inicialmente como presidente e depois como primeiro-ministro), foi derrubado por um golpe militar que teve à frente o general Mohammad Zia-ul-Haq. Bhutto foi enforcado em 1979. O Paquistão começou a apoiar os guerrilheiros muçulmanos que lutavam contra o regime pró-soviético e as tropas da União Soviética (URSS) no Afeganistão. Internamente, a lei islâmica ganhou força.
Corrupção - Benazir Bhutto, filha do presidente executado, retornou ao país em 1986, depois de longo exílio na Inglaterra, e reorganizou o Partido do Povo do Paquistão (PPP). A morte de Zia, em agosto de 1988, em desastre aéreo provocado por sabotagem, abriu caminho para eleições livres em novembro. O PPP obteve a maioria dos votos, e Benazir foi nomeada primeira-ministra, tornando-se a primeira mulher a governar um país de maioria muçulmana. Ela enfrentou oposição dos chefes militares e acusações de corrupção. Em agosto de 1990, o presidente Ghulam Ishaq Khan dissolveu o governo de Benazir.
As eleições parlamentares de outubro foram vencidas pela coalizão Aliança Democrática Islâmica, liderada pela PML. O empresário Nawaz Sharif (PML) tornou-se primeiro-ministro e retomou a aplicação das leis islâmicas. O país foi sacudido, em 1991, pelo escândalo de empréstimos ilegais feitos a empresas de Sharif e a um de seus ministros. A crise culminou com sua demissão, em abril de 1993. A PML dividiu-se, e a facção dirigida por Sharif ficou conhecida como PML-N. Com a vitória do PPP nas eleições de outubro, Benazir voltou ao cargo de primeira-ministra.
Queda de Benazir - Em 1996, Benazir enfrentou protestos por causa do aumento de impostos, que cumpria metas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em setembro, o Paquistão foi o primeiro país a reconhecer o governo da milícia muçulmana Talibã, no Afeganistão. Em novembro, o presidente Farooq Leghari, pressionado por fundamentalistas islâmicos, destituiu Benazir e convocou eleições legislativas para fevereiro de 1997. A PML-N conquistou 134 das 204 cadeiras disputadas por voto direto, e Sharif voltou ao poder.
Em 1999, Benazir e o marido foram julgados por corrupção e condenados a cinco anos de prisão e multa de 8,6 milhões de dólares. Benazir, auto-exilada na Inglaterra (e depois nos Emirados Árabes Unidos), rejeitou as acusações. Seu marido cumpriu pena desde 1997 pela acusação de ter mandado matar o cunhado.
Tensão com a Índia - O Paquistão anunciou a realização de seis explosões nucleares subterrâneas no deserto do Baluchistão, em maio de 1998, em reação aos testes executados pela Índia no mesmo mês. Essas disputas nucleares remontam às relações estremecidas entre o Paquistão e a Índia desde a independência de Bangladesh, em 1971. Derrotado, o Paquistão se empenhou em construir a bomba atômica, incentivado pelos testes nucleares realizados pela Índia em 1974. Os dois países chegaram à beira da guerra total em maio de 1999, quando soldados paquistaneses cruzaram a fronteira em apoio à ofensiva dos guerrilheiros muçulmanos da Caxemira indiana. A Índia expulsou as tropas paquistanesas em julho, mas a tensão continuou.
Golpe militar - O recuo paquistanês na Caxemira contrariou os militares. Em outubro de 1999, Sharif destituiu o chefe do Estado-Maior, general Pervez Musharraf, que estava em viagem oficial ao Sri Lanka e regressou às pressas. Sharif tentou impedir o pouso de seu avião na capital, Islamabad, mas fracassou e foi deposto por Musharraf, que instalou um regime militar. A Constituição foi suspensa e a Assembléia Nacional, dissolvida. Musharraf se autoproclamou chefe do Executivo. Sharif foi preso e seus bens, confiscados. Embora condenado à prisão perpétua, em 2000 ele obteve permissão para se exilar na Arábia Saudita.
FATOS RECENTES
Musharraf assumiu a Presidência em junho de 2001. Os atentados de 11 de setembro nos EUA - atribuídos a terroristas muçulmanos sob proteção do Talibã - provocaram uma guinada na política paquistanesa. Musharraf, que até então apoiava o Talibã, uniu-se aos EUA, cedendo uma base aérea para uso nos ataques ao Afeganistão. Em troca, o Paquistão obteve ajuda financeira e suspensão das sanções econômicas.
Em abril de 2002, Musharraf garantiu mais cinco anos no poder, num plebiscito acusado de fraude. Em outubro se realizaram as primeiras eleições para o Legislativo desde o golpe de 1999.
Ofensiva fundamentalista - O apoio aos EUA revoltou os fundamentalistas islâmicos. Em janeiro de 2002, o jornalista norte-americano Daniel Pearl foi seqüestrado em Karachi. Os seqüestradores exigiam a libertação dos paquistaneses presos pelos EUA como suspeitos de terrorismo. Em maio, restos do corpo de Pearl foram encontrados. Ahmad Omar Sayeed Shaikh, acusado do seqüestro, foi condenado à morte em julho.Em março de 2003, Khaled Sheikh Mohammed, suspeito de ter planejado os atentados de 11 de setembro, foi preso na cidade de Rawalpindi e enviado aos EUA.
Em fevereiro de 2006, um homem-bomba matou 27 pessoas durante uma festa xiita no noroeste do país, em um atentado atribuído a terroristas sunitas. A vingança veio em abril, quando um terrorista suicida atacou uma festa sunita, matando 58 pessoas. Em outubro, helicópteros das forças militares paquistanesas atacaram uma escola islâmica (madrassa) localizada perto da fronteira com o Afeganistão, matando cerca de 80 pessoas. O exército afirmou que a escola funcionava como campo de treinamento de terroristas da Al Qaeda. No mês seguinte, um homem-bomba matou 42 soldados paquistaneses ao se explodir em um campo de treinamento, no noroeste do país.
Conflitos - No segundo semestre de 2007, o Paquistão dominou as manchetes dos jornais do mundo inteiro. Um dos maiores incidentes aconteceu em julho, quando a tensão entre forças do governo e da Mesquita Vermelha, situada em Islamabad, chegaram no auge. Um cerco de uma semana ao templo religioso resultou na morte de cerca de 70 pessoas, segundo os números oficiais, incluindo o líder dos radicais, Abdul Rashid Ghazi.
Em agosto, o anúncio da volta da ex-premiê, Benazir Bhutto, ao Paquistão para concorrer às eleições legislativas de 2008, voltou a agitar os ânimos. Após quase nove anos de exílio voluntário, Bhutto retornou à terra natal no dia 18 de outubro e já foi alvo de um atentado em Karachi, do qual escapou ilesa, apesar do saldo de 150 mortos. O alívio durou pouco. No dia 27 de dezembro, Bhutto morreu em um segundo ataque terrorista, que matou outras 135 pessoas, em circunstâncias ainda não esclarecidas.
Paquistão e Índia, os gêmeos briguentos
Antes dos mapas, os fatos
Na crise que se abateu sobre o mundo a partir dos atentados de 11 de setembro, os barris de pólvora que precisam ser observados com mais cuidado não estão no Afeganistão, mas na região em torno. Falamos do conflito entre palestinos e israelenses, de problemas com países que apoiam o terrorismo (dos quais o Iraque é o exemplo mais típico) e do barril de pólvora máximo, que é um possível enfrentamento entre Índia e Paquistão. Além de opor dois países superpovoados e que possuem armamentos nucleares, este conflito poderia envolver rapidamente outros países, como Bangladesh, China e os Estados Unidos.
Índia e Paquistão nasceram juntos, em 15 de agosto de 1947, como resultado do fim da administração colonial inglesa. O subcontinente indiano é um território vasto, densamente povoado, onde coexistem dezenas de etnias e dialetos e cuja população se divide entre duas religiões principais. A religião dominante, do ponto de vista do contingente humano, é o hinduísmo (com todas as suas múltiplas variantes), mas o islamismo alcança também uma população significativa: algo em torno de um muçulmano para cada quatro hindus.
A penetração muçulmana na Índia vinha desde o final da Idade Média, quando o exército de um rei muçulmano de origem turca que governava Cabul marchou para o sul e tomou os ricos vales dos rios Indo e Ganges. Foi a origem do chamado Império do Grão Mogol, período de dominação que deixou profundas marcas culturais, como a conversão religiosa de significativa parcela da população. Naturalmente, isso não ocorreu sem conflitos e ressentimentos, de forma que a rivalidade entre hinduístas e muçulmanos tornou-se um elemento de tensão permanente, persistindo até os dias de hoje.
A luta contra a dominação inglesa começou a intensificar-se nos anos trinta. O Partido do Congresso canalizava a maioria das iniciativas independentistas, mas o espectro de ações ia desde a resistência não-violenta do Mahatma Gandhi à atuação clandestina de grupos radicais, que pregavam o uso do terrorismo e sonhavam com uma Índia livre não apenas do controle britânico, mas também da presença de muçulmanos na futura administração. Estes, por outro lado, organizaram a Liga Muçulmana em torno da liderança de Mohammed Ali Jinnah, que lutava pela formação de um país islâmico independente mediante o desmembramento das regiões onde o Islamismo fosse predominante. Esta é a origem do atual Paquistão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a permanência britânica tornara-se insustentável. A Grã-Bretanha negociou então uma saída honrosa, que seria a transição pacífica para uma Índia independente com a preservação dos laços econômicos e culturais que a ligavam à Europa. Todavia, não se obteve acordo sobre a possibilidade de uma composição política entre hindus e muçulmanos. Ao término, surgiram dois novos países, a Índia e o Paquistão, sendo que este ficou dividido em dois territórios separados entre si: o Paquistão Ocidental, onde estão a capital e os principais centros urbanos, e o Paquistão Oriental, que se tornaria independente em 1971 com o nome de Bangladesh. Entre as duas metades do país ficou a Índia. É claro que isso provocaria problemas no futuro.
Nascido num dia de Natal, o capricorniano Mohammed Ali Jinnah, "Pai do Paquistão", obteve a independência do país, mas não a paz com a Índia. Entre os dois países, já houve três guerras. A questão da Cachemira (região na encosta do Himalaia) é a mais constante fonte de atritos. |
O primeiro efeito da independência foi uma guerra civil entre hindus e muçulmanos de que resultou um dos maiores genocídios da história contemporânea. A fronteira entre as duas novas nações independentes era artificial, deixando enclaves de população hindu dentro de território paquistanês e vice-versa. Dez milhões de pessoas foram obrigadas a trocar de país, deixando para trás casa e pertences. Famílias foram separadas à força, populações de aldeias inteiras foram assassinadas. O conflito acirrou os ódios, resultando em vários outros enfrentamentos no último meio século. Os soviéticos apoiavam os indianos contra os paquistaneses, os quais, por sua vez, obtiveram sustentação política dos chineses, inimigos dos indianos, e dos Estados Unidos. Em 26 de março de 1971, o antigo Paquistão Oriental, habitado pela etnia bengali, declarou sua independência do governo paquistanês. Apesar de majoritariamente muçulmanos, os bengalis tinham uma história diferenciada, com uma cultura e uma língua que os tornava muito mais próximos dos indianos da região de Calcutá do que de seus dominadores do Paquistão Ocidental. A Índia apoiou a rebelião desde o primeiro momento. Foram nove meses de conflito, ao final dos quais o Paquistão acabou derrotado pelas forças conjuntas da Índia e de Bangladesh. Entretanto, o foco mais constante de divergências tem sido a região da Cachemira, incrustrada nas fronteiras do Himalaia, cujo controle Índia e Paquistão disputam desde 1947. Apesar de a maioria da população ser muçulmana, quem está no controle é a Índia. A Cachemira tem grande importância estratégica por ser um ponto de acesso a diversas rotas terrestres através do Himalaia. Além do mais, é lá que estão as nascentes de importantes rios que abastecem o Paquistão.
Apesar de pobres e com parte considerável da população abaixo da linha da miséria, tanto Índia quanto Paquistão têm elevados orçamentos militares e centros de alta tecnologia. Ambos são potências nucleares.
Este é o quadro. Agora vejamos os mapas.
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