Coréia do Sul dá sinal verde para o caça FA-50

Por Defesa Brasil - Fonte: Korea Times

Image

A Administração do Programa de Aquisições de Defesa(DAPA) da Coréia do Sul assinou um contrato com a Korea Aerospace Industries (KAI) para desenvolver uma aeronave de ataque leve até 2012. O acordo sobre a integração de sistemas e de desenvolvimento do novo caça terá um custo aproximado de US$ 317 milhões.

A KAI irá modificar e transformar quatro T-50 Golden Eagle nos protótipos do novo FA-50.

Uma vez iniciada a produção em massa em 2013, o FA-50 irá substituir os caças A-37, F-4 e F-5, caças de segunda linha da força aérea. Os FA-50 serão companheiros de operação dos KF-16, F-15K e de uma aeronave de 5ª geração a ser escolhida.

“ A DAPA e a KAI assinaram um contrato para o desenvolvimento de uma aeronave nacional de ataque leve baseada no T-50 Golden Eagle”, disse um funcionário da DAPA ao Korea Times. Ainda segundo o funcionário serão compradas inicialmente 60 aeronaves para a força aérea, porém o pedido deverá chegar a 150. A KAI também pretende oferecer o FA-50 no mercado internacional com apoio da Lockheed-Martin.

Desenvolvido em 2006 na Coréia do Sul, o T-50 é o primeiro avião supersônico sul-coreano e foi desenvolvido em parceria com a Lockheed Martin.

A imagem “http://www.koreatimes.co.kr/upload/news/081230_p1_domestic.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

De acordo com oficiais da DAPA o FA-50 será equipado com o radar israelense EL/M-2032 da ELTA Systems que possui um alcance (look-up) de 65 a 100km, variando de acordo com o alvo.

As aeronaves também terão um avançado data-link, sistemas de armas e de navegação. O armamento incluirá o míssil AGM-65 Maverick e bombas JDAM, guiadas por GPS.

O desenvolvimento do FA-50 tinha sido paralisado durante alguns anos devido a problemas com a seleção do radar. A DAPA inicialmente havia selecionado o Vixen-500E (AESA) desenvolvido pela empresa britânica Selex Sensors and Airborne Systems. O problema ocorreu, pois para a instalação do radar a Lockheed-Martin deveria dar aos britânicos o código fonte da aeronave e isso foi negado.

“Em geral, o código fonte das aeronaves não podem ser transferidos para outras nações. Para instalar o equipamento no Reino Unido, o código fonte do FA-50 teria de ser partilhado com a empresa britânica, e isso era impossível”, disse Yang.

A Lockheed foi empurrando os sul-coreanos para selecionar seu próprio radar AN/APG-67(V)4, porém aparentemente sem êxito. Segundo algumas fontes houveram outras razões para a troca do radar pois o contrato com os americanos estipula que a família T-50 não poderia ter uma capacidade de combate melhor que a dos KF-16 e acredita-se que o FA-50 equipado com o radar Vixen-500E seria melhor que o jato americano.

EM VIDEO: