Menino observa um objeto não-identificado que foi encontrado na praia de Barreira
Fonte: Terra - Omar Jacob - Direto de Fortaleza
Um objeto não-identificado foi encontrado na praia de Barreira, no município de Icapuí, a 202 km de Fortaleza (CE). O artefato foi encontrado pelo pescador José Evaristo, que pescava em alto mar no dia 24 de dezembro.
O pescador afirmou que estava a aproximadamente 18 milhas da costa. "Não tenho certeza se é um avião com controle remoto, um lançador de míssil. Só sei que encontrei no mar e nunca tinha visto", disse. "É diferente."
Ele rebocou o objeto, que tem uma asa de cada lado e uma cauda, como em um avião, até a frente de sua casa. Evaristo também comunicou a polícia e a Colônia de Pescadores, que visitaram sua residência para avaliar o objeto.
De acordo com as inscrições no corpo do objeto, é possível que pertença à European Aeronautic Defence and Space Company (EADSC), que tem escritório no Brasil.
"A EADS está presente há 30 anos no mercado aeroespacial e de defesa brasileiro. Através da Eurocopter, participou, em 1978, em parceria com o governo de Minas Gerais e outros acionistas brasileiros, da criação da Helibras, atualmente a única fabricante de helicópteros na América Latina, na qual possui 45% do capital", diz o site da companhia. "Em meados de 2006, a EADS Astrium concluiu as negociações para se tornar sócia da empresa brasileira da área de espaço, Equatorial Sistemas, e no fim do mesmo ano foi criada a EADS Secure Networks Brasil." As inscrições levam a crer que se trata do modelo Do-DT 25, tele-guiados utilizados em treinamentos com mísseis.
O local onde foi encontrado o objeto não-identificado é o mesmo onde, em 14 de novembro de 2008, um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), modelo H-1H, matrícula 8532, caiu.
A aeronave transportava seis tripulantes - três deles morreram na hora. Eles participavam de um treinamento militar denominado "Cruzex", que tinha por objetivo treinar pilotos e tripulações para situações de combate.
O comandante interino da Base Aérea de Fortaleza, coronel Alípio Lopes, descartou a possibilidade de que o equipamento tenha sido utilizado durante o treinamento, classificou como "muito estranho" o achado e prometeu investigar a origem do objeto.
Um equipamento encontrado na praia do Icapuí está atraindo curiosos ao local. O objeto foi achado no mar por um pescador. Procuradas por O POVO, nem a Aeronáutica nem a Marinha souberam identificar o que é o artefato ou qual é a origem dele
Fonte: O Povo - Daniela Nogueira da Redação - Icapuí
Um míssil, um miniavião, um submarino pequeno? Ninguém sabe direito o que é nem como foi parar lá. Mas o equipamento foi achado na praia de Barreira, em Icapuí, a 202 quilômetros de Fortaleza. Quem conta a história é o pescador José Evaristo, que estava em alto-mar quando encontrou o objeto de quase três metros de comprimento.
Curioso, amarrou o equipamento em uma corda e o rebocou até a costa. Comunicou à prefeitura, acionou a colônia de pescadores e chamou até a polícia, segundo ele. Muita gente foi conferir e fotografar, mas o objeto continua lá, em frente à casa do pescador, desde o dia 24 de dezembro do ano passado.
José Evaristo diz que estava a cerca de 18 milhas da costa de Icapuí. “Um diz uma coisa. Outro diz outra. Mas não tenho certeza se é um avião com controle remoto, um lançador de míssil. Só sei que encontrei no mar e nunca tinha visto. É diferente”, descreve ele.
O objeto não-identificado também chamou a atenção do corretor de seguros Marcelo Barreto Brasil, que estava em Icapuí a passeio. “Foi o maior assombro na cidade. Estava cheio de gente em frente à casa do pescador. Era o maior zunzunzum. Uns diziam que era submarino. Outros, que era um avião”, comenta Marcelo.
Também curioso, ele registrou as fotos e observou com mais atenção o objeto. Composto por partes metálicas, parecia “relativamente novo”, sem muito desgaste. Ele arrisca até outra parte da composição: “Pelo o que eu vi, é feito de fibra de carbono, material parecido com os carros de Fórmula 1”.
Marcelo Brasil diz que pesquisou na Internet informações sobre o equipamento, usando inscrições que ele percebeu na fuselagem. Descobriu que é de um “fabricante franco-alemão de armas”, mas não sabe como ele foi parar ali, no litoral cearense.
De acordo com o corretor de seguros, na cidade chegaram até a supor que o equipamento poderia ter sido usado nos ataques a Israel, durante o conflito na Faixa de Gaza. Mas a hipótese não tem fundamento, já que o bombardeio no confronto entre israelenses e o movimento islâmico começou no dia 27 do mês passado, dias depois de o objeto ter sido encontrado.
A polícia de Icapuí foi até o local. O sargento Franco José Lima e o cabo Valmir Rodrigues viram de perto o motivo de tanto espanto. “É como se fosse um avião. Todo fechado, preto, com as pontas das asas de cor laranja. Tem um prefixo anotado”, detalha o sargento Lima.
Segundo ele, um tenente da Aeronáutica havia telefonado para a delegacia de Icapuí, garantindo que iriam buscar o artefato em breve. “Até agora, nada”, lamenta o sargento, acrescentando que o equipamento deveria ter sido levado até a delegacia, mas não havia transporte que o coubesse. A Aeronáutica nega que tenha entrado em contato com a delegacia.
E-Mais
Fortaleza foi uma das sedes da Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex) IV, o maior exercício militar aéreo da América Latima.
A simulação é de uma guerra no ar e ocorreu em novembro.
Cerca de 2,4 mil militares (1,8 mil brasileiros e 600 estrangeiros) participaram.
Os “conflitos” foram travados nos céus do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
Além do Brasil, as forças da coalizão internacional incluíram os países: Chile, França, Venezuela e Uruguai.
Rasgaram o céu de Fortaleza os caças F-5 e AM-X; o cargueiro KC-130 e os helicópteros H-1H.
FONTE: Banco de Dados do O POVO
Fonte: O Povo
O comandante interino da Base Aérea de Fortaleza se disse surpreso ao tomar conhecimento do caso, informado por O POVO. O coronel Alípio Lopes afirmou que ninguém da segurança de vôo, da comunicação social ou do serviço regional de prevenção de acidente foi informado sobre o objeto.
Ao ver as fotos, ele não soube identificar o equipamento. “Não é um avião nem uma arma. Tudo indica que seja um alvo aéreo, que tem a missão de voar para ser atacado por outros dispositivos da Força Armada”, sugere o coronel.
Segundo ele, o que causa mais estranheza é o fato de que a Força Aérea não realizou nenhuma operação recentemente. Coronel Alípio descartou que o artefato seja de uso da Aeronáutica. “Se fosse utilizado pela Força Aérea, teria sido há muito tempo, o que não justifica o estado de conservação. Para nós, é uma completa novidade”, disse. O comandante garante que o objeto não foi usado na Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex), de treinamento dos pilotos de caça, ocorrida em novembro do ano passado. “A manobra não previa alvo aéreo”, afirma.
O comandante da Capitania dos Portos, coronel Gerson Luiz Rodrigues Silva, também viu as fotos e diz desconhecer o objeto e a forma como ele foi achado. Segundo ele, o equipamento se assemelha a um dispositivo de que só os americanos dispõem. “Mas foge um pouco do modelo que a gente encontra por aí. A certeza é de que ele é um artefato voador controlado por controle remoto. Mas não acredito que esteja carregando nenhum armamento”, cita ele.
O coronel Gerson sugere que o objeto pode servir de mero alvo ou de coleta de informações meteorológicas, mas isso são apenas suposições, lembra. No entanto, ele acredita que não há risco de dano à população que se aproximar do objeto.
O comandante da Força Aérea, coronel Alípio, diz que a Aeronáutica está se mobilizando para ir até o local. “Nós ficamos curiosos. É nosso interesse, sim, analisar o objeto. Isso está muito estranho”, resumiu.
Reprodução/O Povo
Artefato com formato parecido com de aeronave foi encontrado por pescador em praia de Icapuí e intrigou FAB
Carmem Pompeu - especial para O Estado de S.Paulo - Via Estadão
Um objeto com o formato de avião, medindo quase três metros de comprimento, foi encontrado por um pescador no mar de Barreira, na cidade de Icapuí, a 202 quilômetros de Fortaleza. O artefato, ainda não identificado, vem chamando a atenção dos moradores da região desde o dia 24 de dezembro, quando foi retirado da água por José Evaristo.
Em entrevista ao jornal cearense O Povo, publicada nesta terça-feira, 13, o comandante interino da Base Aérea de Fortaleza, coronel Alípio Lopes, não soube identificar o objeto, que lhe foi mostrado através de fotografias. Ele descartou tratar-se de algum tipo de armamento.
Levantou a hipótese de ser um alvo aéreo. Mas estranhou o fato de a Força Aérea não ter realizado nenhuma operação recente nas proximidades com esse objetivo. Lopes disse que não se trata de nenhum objeto utilizado na Operação Cruzeiro do Sul, de treinamento de pilotos de caças, ocorrida em novembro do ano passado na região. Segundo ele, a manobra não previa alvo aéreo.
O comandante da Capitania dos Portos, coronel Gerson Luiz Rodrigues Silva, também disse desconhecer o objeto. Segundo ele, o equipamento se assemelha a um dispositivo de que só os americanos dispõem. O coronel Gerson também sugeriu que o objeto pode servir de mero alvo ou ainda de coleta de informações meteorológicas, mas isso são apenas suposições, lembra. No entanto, ele acredita que não há risco de dano à população que se aproximar do objeto.
NOTA: Trata-se de um drone Do-DT 25 do consorcio europeu EADS. (eads.com/1024/en/businet/defence/mas/training/target/dt25/dt25.html). Resta saber como chegou ao litoral brasileiro. Pode ter sido lancado em pleno oceano por algum navio militar ou mesmo ter sido lancado da Guiana Francesa.
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