Mangabeira discute defesa com equipe de Obama
Ministro rejeitou possibilidade de Forças Armadas atuarem contra tráfico.
Para Mangabeira, Forças Armadas não devem servir de polícia do mundo.
Da Agência Estado - Via G1
O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, rejeitou uma sondagem da equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a possibilidade de as Forças Armadas brasileiras ajudarem a policiar a América do Sul e o Caribe no combate ao tráfico de drogas.
As Forças Armadas do Brasil têm a tarefa de defender o Brasil, não de servir de polícia do mundo”, disse o ministro.
Autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mangabeira encontrou-se com futuros auxiliares de Obama no início da semana passada para tratar de possíveis acordos com os EUA.
Não houve consenso sobre o uso das Forças Armadas para ajudar a combater o tráfico de drogas no continente, mas foram iniciadas conversas a respeito de defesa, educação e biocombustíveis, entre outros temas.
Mangabeira pediu que os EUA, em vez de insistir em vender caças e outros armamentos ao Brasil, façam acordos de cooperação na área da defesa.
“Senti que, na questão dos caças, eles ainda não querem oferecer a tecnologia. Mas admitiram colaborar com o Brasil na construção de tecnologia, pesquisa e produção. Podemos fazer uma troca de ideias e de pessoas”, afirmou.
“Não vi arrogância na superpotência. Pelo contrário. Os Estados Unidos estão muito receptivos. Nada ajuda mais a abrir caminho do que as crises.”
1 Comentários
Tratados não podem afrontar a soberania, segurança e interesses de uma Nação, assim como leis que afrontam os valores morais da maioria do povo e que foram e são os alicerces da evolução das sociedades, sendo que quando afrontam carecem de respeitabilidade.Se todos os paises,sem exceções, não abrem mão de seus arsenais, outros tem o direito de também os desenvolver.Num mundo globalizado não há lugar para um ou outro pais se auto nomear guardião seja do que for.Existem interesses entre Nações sendo que governantes competentes devem pelos mesmos nortear seus atos, para o bem de todos.Até o momento não entendi essa teoria de possuir tecnologia e somente quando precisar, fabricá-las, pois acredito que quando houverem necessidades das mesmas serem fabricadas para serem usadas talvez já não exista soberania a ser defendida.