Irã concede linha de crédito de US$ 40 milhões ao Equador
Da EFE - Via G1
O Banco de Desenvolvimento de Exportações do Irã anunciou hoje a aprovação de uma linha de crédito de US$ 40 milhões para o Equador, informou a televisão pública da República Islâmica.
Segundo a emissora, o diretor desse banco, Kourosh Parvizian, insistiu na necessidade de ampliar a cooperação bilateral com o Equador.
"Após a assinatura de um memorando de entendimento entre o Banco de Desenvolvimento de Exportações e o Banco Central do Equador, foi aprovada a concessão de uma linha de crédito de US$ 40 milhões para o país latino-americano", disse Parvizian.
O responsável iraniano acrescentou que seu país está estudando a criação de outra "linha de crédito (para o Equador) de US$ 80 milhões".
Parvizian acrescentou que o crédito de US$ 40 milhões poderá ser empregado à curto ou médio prazo, e sua devolução estará garantida pelo Governo equatoriano.
Nos últimos dias, Irã e Equador assinaram 12 acordos nas esferas política, industrial, bancária, petroleira, de mineração e construção, entre outros, no marco de uma visita de cinco dias do presidente equatoriano, Rafael Correa, ao país muçulmano.
Hoje é o último dia de uma viagem cujo objetivo é aumentar os laços bilaterais entre os dois países, que estabelecerão embaixadas em um e outro país em janeiro.
Atualmente, as trocas comerciais entre Equador e Irã chegam a US$ 4 milhões ao ano, uma quantia que os dois países pretendem aumentar, segundo a chanceler equatoriana, María Isabel Salvador.
Irã pode construir hidroelétricas no Equador
Da EFE - G1
O Governo do Irã está interessado em apoiar a construção de várias usinas hidroelétricas no Equador, anunciou hoje o ministro da Eletricidade equatoriano, Alecksey Mosquera.
Segundo o ministro, esse interesse ficou demonstrado durante a visita oficial ao Irã do presidente equatoriano, Rafael Correa, que retornou hoje a Quito.
Mosquera disse à Agência Efe que o Estado iraniano possui "uma alta tecnologia" na construção de hidroelétricas e que por isso as negociações foram iniciadas.
Além disso, disse que no Irã existe interesse pelo projeto local Coca-Codo-Sinclair, o maior do país andino, com uma capacidade de 1.500 megawatts de potência, que tem previsão de estar pronto em cinco anos.
O ministro também indicou que autoridades de Teerã enviarão nos próximos dias informação sobre tecnologia de painéis eólicos de geração elétrica, e disse que uma missão de especialistas em energia do Irã visitará o Equador nos próximos dias.
Mosquera acompanhou Correa em sua viagem ao Irã, visita que o chefe do Estado qualificou como de "sucesso total" pelos onze memorandos de entendimento que assinou com o Governo de Teerã em torno de convênios de cooperação, investimento e transferência tecnológica.
Além disso, o governante destacou que a estreita colaboração e cooperação aberta entre Irã e Equador "é irreversível" e importante para os dois países.
Irã: críticas a Ahmadinejad ofuscaram questão nuclear em 2008
Da France Presse - G1
O presidente ultraconservador iraniano, Mahmud Ahmadinejad, enfrentou em 2008 um clima hostil a sua política de governo, considerada responsável pela degradação da situação econômica nacional e que relegou a crise sobre a questão nuclear.
A eleição presidencial prevista para junho de 2009 exacerbou as divisões entre os conservadores. Esses últimos reforçaram sua influência no "Majlis" (o Parlamento) nas eleições legislativas de março de 2008, mas sob a bandeira de duas listas adversárias. Assim, foi um rival político do presidente, Ali Larijani, que assumiu a liderança do Parlamento.
Diante do mau humor nacional crescente com os efeitos inflacionários de sua política de gastos públicos, Ahmadinejad buscou cerrar fileiras de seu governo.
Na economia, demitiu em abril o ministro Davud Danesh-Jafari e, em setembro, foi a vez do presidente do Banco Central, Tahmasb Mazaheri, que defendia um maior rigor orçamentário.
A inflação, que estava em cerca de 10% ao ano quando Ahmadinejad chegou ao poder em agosto de 2005, batia na casa dos 30%, no outono de 2008.
Mahmud Ahmadinejad também se desfez, em maio, do ministro do Interior, Mostafa Pur-Mohammadi. Tempo depois, esse conservador declarou que o presidente "não suporta a crítica".
Mas o novo Parlamento deu a Ahamdinejad bastante trabalho para substituir o ministro que ficará encarregado de supervisionar a eleição presidencial.
Ali Kordan, aprovado pelo "Majlis" em agosto, desistiu em outubro, com uma moção de desconfiança motivada pela mentira sobre a obtenção de um diploma comprovadamente falso. Seu sucessor Sadegh Mahsouli, aliado do presidente, foi aprovado com uma apertada maioria, o que ilustra as tensões no bloco conservador.
Entre os conservadores e os potenciais adversários de Ahmadinejad na disputa pela presidência, está o prefeito de Teerã, Mohammad Bagher Qalibaf. O único candidato declarado até agora, é o reformista Mehdi Karubi, enquanto o ex-presidente Mohammad Khatami (também reformista) mantém o suspense.
Em posição de árbitro, o guia supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, já expressou seu apoio aos eventuais candidatos conservadores, estimulando Ahmadinejad a trabalhar como se ainda tivesse mais quatro anos pela frente.
A economia continua sendo o calcanhar-de-aquiles do presidente, sobretudo, com a queda vertiginosa do preço do petróleo, que despencou de quase 150 dólares o barril no verão para menos de 50 dólares nos últimos dias. As exportações dessa commodity garantem mais da metade da receita do Estado.
As críticas a Ahmadinejad também incluem a virulência de suas declarações em Política Externa. Continuou a perseguir o Estado de Israel, destinado, segundo ele, a "desaparecer", e multiplicou seus ataques aos EUA. Também anunciou o fim do capitalismo, colocando-se a favor da crise financeira mundial.
Ahmadinejad também parabenizou o democrata Barack Obama. A vitória de um candidato que se diz pronto para um diálogo sem condições com o Irã, ao contrário do ainda presidente George W. Bush, é considerada um bom sinal por Teerã. Esse diálogo, segundo Obama, manterá como principal objetivo a suspensão, por parte do Irã, de seu polêmico programa nuclear, o que é fortemente rejeitado pelo governo iraniano.
Em paralelo, o Irã ampliou suas instalações de enriquecimento de urânio, de quase 3.000 centrífugas para mais de 5.000 este ano. Teerã sempre defendeu que seu programa nuclear tem objetivo exclusivamente civil, mas seus avanços no tema já levaram o governo de Israel, seu inimigo declarado, a considerar a opção militar para pôr um fim a isso.
Presidente do Irã diz em discurso de Natal que Jesus combateria tiranos
Diário do Pará
"Se Jesus estivesse na Terra hoje ele, sem dúvida, levantaria a bandeira da justiça e do amor à humanidade em oposição àqueles que instigam guerras, que ocupam, aos terroristas e aos autores de ameaças ao redor do mundo", disse o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, no discurso de Natal que irá ao ar nesta quinta-feira (25), no Canal 4 do Reino Unido.
O Canal 4, há anos, convida uma personalidade para dar aos britânicos uma mensagem de Natal alternativa à da rainha Elizabeth 2ª. Desta vez, o presidente iraniano, que possui rixas com vários países do Ocidente, fará o discurso. A diferença é que a mensagem dele não irá ao ar no mesmo horário da da rainha, às 15h, mas sim às 19h15.
O discurso foi gravado em persa, porém será transmitido com legendas.
Conforme a transcrição em inglês à qual a agência de notícias Associated Press teve acesso, na mensagem, Ahmadinejad diz que a maior parte dos problemas do mundo foram causados por líderes que se voltaram contra a religião. "Se Cristo estivesse na Terra ele, sem dúvida, lutaria contra políticas tiranas e sistemas econômicos e políticos hegemônicos."
No discurso, ele não menciona Israel.
"Dar espaço ao presidente de um regime que nega o Holocausto, defende a destruição da soberania do Estado de Israel, financia e encoraja o terrorismo, executa crianças e enforca homossexuais e é uma desgraça", afirmou o embaixador de Israel em Londres, Ron Prosor. "Ofensa nem começa a explicar isso."
O presidente iraniano também não mantém boas relações com o Reino Unido, que o acusa de desenvolver armas nucleares. "Isso [a mensagem de Natal de Ahmadinejad] é como dar ao Robert Mugabe [ditador do Zimbábue, no poder há 28 anos] espaço no horário nobre da TV para promover idéias", disse o militante dos direitos humanos Peter Tatchell.
Dorothy Byrne, diretora de reportagem do Canal 4, afirmou que Ahmadinejad foi escolhido porque suas relações com o Ocidente serão uma das principais questões de 2009. "Como nos aproximamos de um período crítico nas relações internacionais, oferecemos a nossos telespectadores uma prévia de uma visão de mundo alternativa."
Em 1994, o convidado do Canal 4 foi o ativista político Jesse Jackson. Em 1995, a ex-atriz francesa e militante dos direitos dos animais, Brigitte Bardot. Já participaram ainda Sharon Osbourne, a mulher do roqueiro Ozzy Osbourne, em 2002; e Marge Simpson, personagem do desenho animado "Os Simpsons". (Folha online)
Irã cria sistema antimísseis para desviar projéteis antitanque
Da EFE - G1
Um alto comando militar iraniano afirmou hoje que técnicos do país desenvolveram um sistema defensivo antimísseis capaz de desviar projéteis dirigidos contra veículos blindados.
Segundo a agência de notícias oficial iraniana "Irna", o anúncio foi feito por um responsável do Exército do Irã, general Mohammed Hussein Baqeri, na cidade iraniana de Shahr Kord.
Baqeri disse que o sistema pode ser colocado nos blindados militares para que estes não sejam detectados pelos radares e para desviar os mísseis dirigidos contra estes veículos.
O porta-voz militar disse que o sistema antimísseis poderia ser instalado nos veículos blindados do Exército iraniano.
Nos últimos dias, vários responsáveis militares fizeram declarações relativas ao potencial defensivo do Irã e do equipamento de seu Exército, coincidindo coms exercícios militares de seis dias de duração no Golfo de Omã.
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