Rússia bate novo recorde de exportação de armas
Fonte: Lusa/AO Online
A Rússia exportou, em 2008, armamentos no valor de oito mil milhões de dólares (6.200 milhões de euros), escreve hoje o diário económico russo Vedomosti, citando fontes governamentais.
Esse número, que constitui um novo recorde de venda de armamentos russos a países estrangeiros, foi confirmado também por uma fonte da Rosteknologuia, corporação pública que promove altas tecnologias russas.
Em 2007, a Rússia exportou material bélico no valor de 7.400 milhões de dólares e, no ano anterior, de 6.460 milhões.
O alto volume de exportação de armamentos russos é mantido graças aos contratos de fornecimentos de caças Sukhoi-30. No ano passado, Moscovo vendeu cerca de 40 aparelhos desse modelo, nomeadamente, 16 à Índia, 10 à Argélia, oito à Venezuela, seis à Malásia e dois à Indonésia.
No mesmo período, os Estados Unidos produziram 60 caças pesados F-15 e F-18.
Esses aviões, juntamente com as armas que os equipam, representam 30 por cento do total de equipamentos bélicos exportados pela Rússia.
Segundo o Vedomosti, as previsões no campo da exportação de armamentos continuam a ser prometedoras. Nos finais de Janeiro, a indústria militar russa recebeu uma nova encomenda no valor de 500 milhões de dólares, que prevê o fornecimento de 122 motores para o caça chinês J-10.
Moscou bate recorde de exportação de armas
Fonte: Agências internacionais Via NOTIMP FAB
A Rússia bateu seu recorde de vendas de armas na era pós-União Soviética, disse o presidente Dmitri Medvedev. Ele anunciou o aumento de 10% nas vendas de 2008, que chegaram a US$ 8,35 bilhões.
Medvedev disse ontem que as autoridades russas têm de ser mais agressivas na procura de novos mercados para suas armas. "É óbvio que este ano não será fácil, por causa da crise financeira que atinge o mundo", afirmou.
A Rússia foi o segundo país a vender mais armas no mundo, pouco atrás dos EUA. Índia e China têm sido os principais clientes, embora Moscou tenha conseguido diversificar suas vendas para Venezuela, Argélia e Irã.
A China, maior cliente das armas russas, vem reduzindo suas compras rapidamente, investindo em produção própria.
Anatoli Isaikin, presidente do monopólio estatal de venda de armas Rosoboronexport, afirmou recentemente que a parcela chinesa de compras de armas russas vem diminuindo nos últimos cinco a sete anos. De 40%, em seu pico, pode passar algo como 10% do total de exportações, disse ele à revista "Nezavisimoye Voyennoye Obozreniye".
Observadores dizem que, com as armas se tornando ultrapassadas, com o êxodo dos trabalhadores qualificados da indústria e com a falta de componentes importantes, o setor de fabricação de armas dificilmente conseguirá cumprir as encomendas que já tem. Eles dizem que a tecnologia militar russa ficou muito defasada em relação à dos EUA e de outros países ocidentais, o que acabará por provocar a queda da participação da Rússia no mercado de armas internacional.
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