A Boeing acaba de anunciar uma nova versão do seu caça supersónico F-15 «Eagle», com modificações substanciais relativamente ao modelo anterior, especialmente no que diz respeito às capacidades «Stealth» ou seja, à capacidade de iludir radares adversários.
O avião, que foi baptizado «Silent Eagle» ou «Águia silenciosa», baseia-se no anterior modelo F-15E «Strike Eagle» e conta com contentores de armamentos que se adaptam à superestrutura da aeronave, utilizando uma prática que já tinha sido utilizada com as versões mais modernas do caça F-16, que também contam com capacidade adicional de transporte, quer de sistemas electrónicos quer de combustível em tanques que são acoplados às laterais da aeronave integrando-se perfeitamente e reduzindo o coeficiente de arrasto.
As modificações mais visíveis incluem contentores que podem transportar até dois mísseis ar-ar cada um, reduzindo a assinatura perante radares inimigos e reduzindo o coeficiente de arrasto (que torna o avião mais lento). Os lemes traseiros também apresentam um ângulo diferente.
Além dessas modificações o avião também inclui nova electrónica e o mais recente radar AN/APG-63.
Embora o F-15 «Silent Eagle» tenha sido apresentado como uma nova aeronave, existe a possibilidade de modelos mais antigos receberem um kit que os coloca ao nível dos equipamentos novos.
Os Estados Unidos têm sido criticados por vários países por recusarem vender o super sofisticado e secreto caça F-22 «Raptor» a países normalmente considerados aliados, como é o caso da Austrália e do Japão.
Estes países, bem assim como a Coreia do Sul, estarão entre os principais alvos da Boeing na promoção do avião, mas a Arábia Saudita e Israel também se apresentam como mercados potenciais para uma aeronave que não será tão restringida em termos de exportações quanto o F-22 «Raptor».
Não se espera que a aeronave seja oferecida para fornecimento à Força Aérea dos Estados Unidos, porque ele acabaria competindo com o próprio F-22 e com o mais pequeno F-35.
O preço estimado para o F-15 «Silent Eagle» é de 100 milhões de dólares, embora a questão dos preços seja muito controversa, pois dependem sempre da negociação entre o fabricante e o país comprador e de todas as contrapartidas e opções.
No entanto, o importante é que o novo F-15 se pode apresentar-se como opção mesmo para as versões mais recentes do F-16, juntando à capacidade Stealth e aos sofisticados sistemas electrónicos, a velocidade e a autonomia.
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