(Foto: Kid Júnior)
Voar: sinônimo de sonhar
Fonte: Diário do Nordeste
Inventado por Santos Dumont, em 1908, o ultraleve recebeu o nome de Demoiselle. Hoje, quase 100 anos depois, é o objeto do desejo de pilotos em todo mundo.
Para praticar o esporte, contudo, é necessário que a pessoa tenha no mínimo 18 anos e passe por uma avaliação médica com profissionais credenciados pela Associação Brasileiras de Ultraleves (Abul). Segundo o médico Ermínio Rezende, exames de coração, sangue e audição são essenciais antes da prática do esporte.
Após essa inspeção médica o iniciante passa por um curso teórico de 20 horas/aulas que varia de dois a três meses. No curso, o aluno terá aula de meteorologia, navegação, aerodinâmica e aterrizagem de vôo. Depois, resta ao esportista respeitar as regras de aviação e saborear a imensidão azul.
A sensação de liberdade, segundo o cantor e sanfoneiro Waldonis, piloto acrobático avançado e instrutor de vôo, é bem diferente de um vôo em avião comercial. “O vôo livre nos faz sentir como se fossemos a ponta de um lápis no céu”, declara Waldonis. Ele pratica o esporte desde a adolescência e é piloto acrobático há dois anos. “É uma terapia para a vida agitada”, afirma.
De acordo com o comandante Lima, instrutor de vôo, o esporte cresceu muito no Ceará, nos últimos 18 anos. Hoje, só em Fortaleza são mais de 200 adeptos, número semelhante ao de ultraleves.
Na Capital, existe até uma fábrica especializada em ultraleves. Mas, quem desejar ter seu próprio aparelho terá que desembolsar em torno de R$ 16 mil a R$ 300 mil. O aluguel sai em média R$ 200 a hora.
Segundo informações do Departamento de Aviação Civil (DAC), existem no País 10.500 aeronaves registradas, englobando toda a aviação civil (regular, táxi aéreo, especializada e geral). Pela última estatística da entidade, o número aproximado de ultraleves, em 2001, era de 2.954 e 3.400 de pilotos.
O Aeroleve (Clube de Aviação Desportiva), localizado em Fortaleza, era considerado o segundo maior do Brasil. Hoje está dividido em dois clubes: o Aeródromo Feijó e Catuleve, os quais trabalham na formação de pilotos esportistas, diferente do Aero Clube do Ceará, escola de formação de pilotos profissionais civis.
O aeromodelismo e o paraquedismo são também duas atividades bastante procuradas dentro da aviação. Segundo José Faria, instrutor de aerobodelismo, o esporte praticado com aeromodelos é a porta de entrada para o engresso na aviação civil e na aeronáutica. “A maioria dos nossos alunos estão fazendo carreira na aviação comercial”, afirma Faria.
SERVIÇO: Aeródromo Feijó: 3498-1005
Catuleve: 3361-2233
Aero Clube do Ceará: 3272-1068
Catuleve: 3361-2233
Aero Clube do Ceará: 3272-1068
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