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Barreira do Inferno vai monitorar lançamento de foguete na Guiana Francesa

TN Online

Promover a capacitação de jovens estudantes universitários, monitorar as florestas amazônica, o solo, os rios, ter informações atualizadas sobre o desmatamento, e analisar as condições meteorológicas atuais. Com várias aplicações ao nosso dia-a-dia, os governos brasileiros e francês se preparam para o lançamento do foguete Ariane 5, que partirá da Guiana Francesa possivelmente nesta quinta-feira (30) e será monitorado pela Barreira do Inferno, em Natal, garantindo a continuidade do desenvolvimento especial dos dois países e também de toda a comunidade européia.

A confirmação do acordo foi feita no Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, que começou no último sábado (25) e vai até essa quinta-feira. Contando com a participação de grandes especialistas internacionais nesse estudo, no evento estiveram presentes também representantes do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) francês, confirmando a manutenção do acordo de compartilhamento da informação conseguida junto ao lançamento do Ariane 5.

"São informações diversas e importantes para o estudo do meio ambiente. Com o Ariane 5 podemos fazer um monitoramento da floresta e do solo, dividindo o conhecimento adquirido entre os governos francês e brasileiro", explica o diretor de cooperação da CNES na América do Norte e América do Sul, o francês Pierre Frisch.

Apesar de ser uma tecnologia desenvolvida pelo governo francês e lançando na Guiana Francesa, o Ariane 5 depende da participação do Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI) para conseguir alcançar seus fins geográfico e climático. É a base em Natal que monitora o foguete e consegue as informações que, depois, serão compartilhadas entre os dois países. "O Brasil tem bastante desenvolvimento em monitoramento espacial. Por isso, a participação nesse simpósio é importante. Com a presença de representantes do Gabão, na África, será possível o compartilhamento de informação e, no futuro, podemos fazer esse mesmo trabalho de monitoramento e preservação no continente africano", explica Pierre Frisch.

Previsto para ser lançado na última terça-feira (28), o Ariane 5 deve finalmente deixar a Guiana Francesa nesta quinta-feira (30), quando as condições meteorologicas parecem ser mais propícias. No Brasil, por enquanto, nada de lançamentos como esse. "Ainda falta estrutura a Barreira do Inferno. Aqui já se pode fazer lançamentos menores, de satélites pequenos, mas o Ariane 5 precisa de mais investimento. No futuro, a intenção é fazer sim lançamentos daqui, mas ainda não é possível", explica o representante da CNES.

As informações conseguidas com o Ariane 5, no entanto, não estarão totalmente disponíveis para a sociedade dos dois países. "A grande parte das informações poderá ser pesquisada na Internet em breve. Mas alguns informações são restritas aos dois Governos", garante Frisch. É importante destacar também que além de interesses governamentais, o foguete lançado leva também interesses comerciais, com informações pedidas e comecializadas a algumas empresas brasileiras e estrangeiras.