Angola: Embraer deverá vender aviões Super Tucano a Angola.Fonte: Macau hub
O Ministério da Defesa de Angola está a negociar com a construtora aeronáutica brasileira Embraer a aquisição de seis aviões de reconhecimento e patrulha Super Tucano para reforçar a frota da Força Aérea, de acordo com o Novo Jornal.
O periódico cita fontes militares para afirmar que o negócio está praticamente fechado e custará cerca de 62 milhões de dólares, valor que poderá ser acrescido de mais alguns milhões para dotar os aparelhos de equipamento militar.
Em Maio de 2005, durante uma visita a Brasília, o Presidente José Eduardo dos Santos acordou com o seu congénere brasileiro Lula da Silva a concessão de uma linha de crédito de 580 milhoes de dólares para financiar compras angolanas de equipamento diverso, nomeadamente aviões para fins comerciais, executivos e militares fabricados pela Embraer.
Angola comprometeu-se, na ocasião, a liquidar a factura através do fornecimento de 20 mil barris de petróleo por dia.
O Super Tucano é um avião a turbo-hélice produzido pela Embraer há mais de 20 anos e tem como principal missão operações de reconhecimento e patrulha, sendo a tripulação formada por dois pilotos e podendo transportar 1500 quilogramas de equipamento militar.
A ser concretizado o negócio, adianta o Novo Jornal, a Embraer reforça a sua presença em Angola, onde já colocou o seu modelo Embraer 128, de 30 lugares, que integra as frotas de pequenas companhias que operam no mercado doméstico.
6 Comentários
Nas Forças Armadas, então, há muitas oportunidades: Super Tucanos, C-390(s), Caminhões militares VW, Fuzis Imbel, Jipes Marruá, mísseis Mectron, lanchas Engeprom, etc... basta promovê-los bem, e fazer daquele país uma porta africana para produtos militares brasileiros.
A industria militar deve repetir o que a construção civil e a logística já estão fazendo lá...
É assim tão importante, "superar"?
Cada um tem o seu papel na História e o passado, passou.
Não seria melhor "alinhar" ou "cooperar" com, no sentido de colaborar no desenvolvimento de Angola, juntos, em vez de recorrer a terminologias próprias de rivais e não de parceiros, aliados e veros "países-irmãos" como o são Portugal e o Brasil???
Apenas quis externar que o Brasil tem hoje melhores condições financeiras e econômicas que Portugal e que podemos "ajudar" bem mais o belo País que é Angola do que temos feito... Não acredito em rivalidade entre Portugal e Brasil ao contrario acho que poderiam produzir (isso em sentido amplo da palavra)bem mais do que o que comumente fazem. No campo militar por exemplo, acho um absurdo por exemplo o Brasil nunca ter convidado Portugal para uma CRUZEX, da mesma forma que Portugal nunca convidou a FAB para "Real Thaw" ou similar... Na minha opinião as irmandades entre os governos de Portugal e Brasil são mais retórica que qualquer outra coisa... São povos irmãos é verdade mas que ainda se veem como estranhos...
PS. O mais interessante disso tudo é que ao postar o comentário lembrei-me do "seu" que colocava o São Paulo como Porta Aviões da comunidade de Língua Portuguesa... Eu poderia ter postado com a palavra "cooperar" como você sugeriu mas não conheço nenhuma iniciativa conjunta dos nossos governos em ajudar Angola...
Embora o Brasil seja de facto uma das maiores economias do mundo, tem ainda grandes desigualdades e um per capita muito inferior ao português.
Esse caminho de desenvolvimento tem contudo sido muito bem cumprido nos últimos dez anos, e a prazo estou muito optimista quanto ao vosso futuro.
Mas o Brasil tem tido na cena internacional uma presença muito tímida ou mesmo completamente ausente, numa postura que contrasta com a portuguesa, que tem sido até demasiado presente (ver o Iraque...).
Espero que estejamos juntos, no Cruzex e em exércicios "Felino" cada vez maiores e mais importantes assim como em missões internacionais, como aquela que advogo para a Guiné!
E juntos, sempre. Imagine-se a força do Brasil tendo um pé na Europa e a de Portugal integrando uma das maiores economias e nações do mundo?
Não podemos desperdiçar este horizonte de futuro que temos em conjunto...