Causa do acidente perto de ser esclarecida

A nota da PF foi emitida após a declaração de Arslanian, de que um perito francês foi impedido de participar dos trabalhos. A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Marinha localizaram e resgataram ontem mais um corpo de uma das vítimas do acidente com o avião da Air France

Fonte: Jornal O Povo

O Bureau de Investigação e Análise (BEA) da França anunciou ontem, em Paris, que está próximo do objetivo no inquérito para descobrir as causas do acidente do avião Airbus A330-200, da Air France, que cumpria o voo AF447 entre Rio de Janeiro e Paris no dia 31 de maio, no qual morreram 228 pessoas.

“Levando em consideração todo o trabalho que foi realizado e tudo o que temos, penso que talvez nos aproximamos de fato um pouco do objetivo”, declarou Paul-Louis Arslanian, diretor do BEA. “O objetivo é compreender o que aconteceu”, completou.

A Polícia Federal brasileira informou que os quatro peritos franceses que estão no Recife continuam credenciados apenas para participar dos trabalhos de reconhecimento dos corpos das vítimas do voo AF447, na condição de observadores.

A nota da PF foi emitida após a declaração de Arslanian, de que um perito francês foi impedido de participar dos trabalhos. A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Marinha localizaram e resgataram ontem mais um corpo de uma das vítimas do acidente com o avião da Air France, que caiu no Atlântico. Com isso, chega a 50 o total de cadáveres resgatados.

Terça-feira pela manhã, seis corposs chegaram a Fernando de Noronha, onde passaram por perícia inicial antes de serem levados para identificação no Recife.

Os seis foram resgatados pela Marinha francesa e transferidos para uma embarcação da Armada brasileira no último domingo

As equipes de busca e resgate da Aeronáutica percorreram terça-feira mais de 19 mil quilômetros quadrados. Ontem, o navio desembarque-doca Rio de Janeiro se posicionou cerca de 48 quilômetros ao norte de Fortaleza para receber dois helicópteros, um UH-14 Super Puma e um UH-12 Esquilo, que também atuarão nas buscas de corpos e destroços do A330-200 no Oceano Atlântico.



Busca por vítimas do avião da Air France segue sem novos resultados

Da EFE Via G1

A busca pelas vítimas do acidente do avião da Air France que caiu ao oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo completou hoje dois dias seguidos sem que fossem retirados do mar novos corpos, cujo estado já começa a dificultar as identificações, segundo fontes oficiais.

Após reconhecer que os corpos resgatados e que estão sendo analisados na cidade de Recife são 43 e não 44 como vinha sendo reportado, as autoridades brasileiras informaram que, perante as dificuldades para distingui-los, daqui em diante passará a se referir aos mesmos como "despojos mortais" e não mais como "corpos".

"Perante a impossibilidade de verificar apenas por contato visual o estado dos corpos, a partir de hoje o comando das operações de busca passará a utilizar o termo 'despojo mortal' e não mais 'corpo' para contabilizar o que for achado no oceano", segundo a nota divulgada hoje pela Marinha e pela Aeronáutica do Brasil.

Uma nota anterior já tinha admitido que um dos despojos que vinha sendo contabilizado como corpo foi descartado pelos peritos que realizam as tarefas de identificação, por isso que o número de cadáveres resgatados teve que ser retificado.

De acordo com versões de imprensa não confirmadas, um fragmento de cerca de 80 centímetros que vinha sendo contabilizado como parte de um corpo resultou ser um pedaço de um animal marinho de grande porte.

"Quanto à identificação dos corpos, o estado em que se encontram não garante que uma eventual indicação positiva por parte dos familiares seja conclusivo", disse por sua parte a Polícia Federal, responsável pela identificação, em comunicado no qual explicou por que não permitiu que os parentes das vítimas possam ver corpos e pertences.

Além dos 43 corpos já analisados em Recife, outros seis foram transferidos hoje de um navio da Marinha francesa que os encontrou para um da Marinha brasileira que os levará para terra, com o que o total de cadáveres resgatados chega a 49.

Em entrevista coletiva concedida ao anoitecer deste domingo, o tenente-brigadeiro da Aeronáutica Ramon Borges Cardoso, chefe do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, informou que apesar das condições meteorológicas terem melhorado, hoje, como já tinha ocorrido no sábado, também não foram encontrados novos corpos nem avistados restos da aeronave.

Após ter estado em terra no sábado porque as más condições meteorológicas impediram as buscas, os 12 aviões que participam das operações puderam decolar este domingo e sobrevoar a área do acidente, mas retornaram à base no arquipélago de Fernando de Noronha sem resultados.

Cardoso assegurou que a partir da próxima quarta-feira os responsáveis pelas buscas terão reuniões a cada dois dias para analisar a possibilidade de suspendê-las.

"Não temos uma data limite. O prazo que geralmente se leva em conta é de uns 21 dias, mas não estamos nos guiando por razões técnicas. Se quando nos aproximarmos dos 20 dias continuarmos encontrando corpos, obviamente as buscas seguirão", afirmou o oficial, após lembrar que hoje se completaram 14 dias do acidente.

"Todos os familiares gostariam que as buscas prosseguissem até que fosse achado o maior número possível de corpos, e esse é nosso objetivo, mas, quando já não houver possibilidade que isso ocorra, encerraremos as buscas", afirmou.

O tenente-brigadeiro acrescentou que os restos do avião que foram retirados do mar foram desembarcados hoje em Recife e entregues às autoridades francesas responsáveis pela investigação.

Apesar de o Brasil comandar as operações de busca dos restos do avião, a investigação é responsabilidade do órgão francês Escritório de Investigações e Análise (BEA, em francês).

Entre os restos desembarcados está uma peça metálica de 14 metros de altura que aparentemente faz parte da cauda da aeronave, outros pedaços de fuselagem do avião, alguns revestimentos internos e parte da bagagem dos passageiros.

"Todas as peças foram entregues às autoridades francesas e estão a sua disposição para a investigação em um galpão no porto de Recife. Imagino que armazenarão tudo nesse galpão até decidir o que fazem com o material", afirmou Cardoso.

"Na grande maioria são peças pequenas", acrescentou o oficial, que no sábado já tinha admitido que o número de restos achados não é significativo.


Destroços e bagagens foram recolhidos nesta quarta-feira

Despojos não têm data prevista para chegar a Fernando de Noronha.
Buscas continuam por tempo indeterminado, diz Aeronáutica.

Do G1, em São Paulo

Despojos e destroços do Airbus da Air France, que fazia o voo 447, foram resgatados nesta quarta-feira (17), na área em que estão sendo realizadas as buscas. As informações foram divulgadas pelos comandos da Aeronáutica e da Marinha. Os despojos não têm data prevista para chegar a Fernando de Noronha.

Segundo o tenente-coronel Henry Wilson Munhoz Wender, da Aeronáutica, o material encontrado hoje é tratado como despojo porque não há confirmação de que sejam corpos de vítimas.

Ainda segundo a Aeronáutica, a Corveta Caboclo, que tem grande quantidade de destroços e bagagens a bordo, tem previsão de chegada ao porto do Recife no dia 19 de junho. As buscas continuam por tempo indeterminado.

No início da tarde desta quarta, seis corpos resgatados pela Marinha francesa chegaram ao Recife para identificação. Os corpos haviam sido transportados para a Fragata Bosísio, da Marinha brasileira, que os levou a Fernando de Noronha na terça-feira (16).

A Polícia Federal e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informaram que três peritos franceses acompanham os trabalhos de identificação dos corpos das vítimas do voo 447.

O Airbus da Air France transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, entre passageiros e tripulantes. O voo, de número 447, deixou o Rio de Janeiro com destino a Paris em 31 de maio, às 19h30 (horário de Brasília), e fez o último contato de voz às 22h33. Às 22h48, o avião saiu da cobertura do radar de Fernando de Noronha.



Justiça do Rio determina primeira indenização
por acidente com Air France 447


A família de Walter Nascimento Carrilho Jr, de 42 anos, vai receber 30 salários mínimos mensais. A decisão vale por dois anos ou até a conclusão do processo de indenização.






Franceses acusam brasileiros de impedir
acesso às autópsias das vítimas do voo 447


O presidente da comissão francesa responsável pelas investigações da tragédia com o voo 447, da Air France, admitiu hoje em Paris, que está difícil chegar a uma conclusão sobre as causas do acidente.