O Globo
Um avião de vigilância Awacs (Airborne Warning Control System) francês parte nesta terça-feira para se juntar às buscas, informa a rádio Europe 1. Ele ia decolar as 17h (12h horário de Brasília) da França rumo a Dacar e de lá partir para os trabalhos de busca ao avião Airbus A330 da Air France, que desapareceu no Oceano Atlântico. Será reabastecido no ar por um Boeing C-135 FR para ganhar tempo. Ele se junta a outros dois aviões franceses, o Deux Atlantique 2 e um Falcon 50 da Marinha.
Falcon 50 da Marinha francesa chega a base militar em Natal (RN), para ajudar nas buscas pelo Airbus da Air France desaparecido no oceano Atlântico enquanto seguia do Rio de Janeiro para Paris, na noite de domingo (31) com 228 pessoas a bordo - 59 delas brasileiras. (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Além disso, mais duas embarcações da Marinha francesa se dirigem para a zona: o TCD Foudre, que estava na costa de Portugal, e a fragata de vigilância Ventôse, que está vindo das Antilhas. Elas chegarão à zona no fim de semana.
A Marinha de Guerra dos EUA também participa e vai enviar um avião de patrulha marítima, o P-3 Orion, para as buscas.
AF447: os destroços são uma pista muito séria (Estado-Maior francês)
Da France Presse - Via G1
Os destroços descobertos nesta terça-feira pela Força Aérea Brasileira (FAB) e que podem ser os do Airbus 330 da Air France desaparecido constituem "uma pista muito séria", segundo o Estado-Maior francês ouvido pela AFP.
"O que eles encontraram parece ser uma pista muito séria", declarou o capitão de fragata Christophe Prazuck.
O dispositivo de busca francês, constituído de dois Atlantique 2 e um Falcon 50, deve ser reforçado na quarta-feira por um avião radar Awacs cujo envio foi anunciado pelo primeiro-ministro francês, François Fillon, na Assembleia Nacional.
A Força Aérea Brasileira anunciou a descoberta de "pequenos destroços", a 650 km ao nordeste da Ilha de Fernando de Noronha, mas não confirmou que se trata do Airbus A330 desaparecido com 228 pessoas a bordo.
Dois navios militares franceses, o Ventôse e a Foudre, devem chegar à zona de buscas, respectivamente na sexta-feira e no sábado.
Além disso, a França vai enviar um navio de busca e de exploração submarino, equipado de dois robôs, que vai partir imediatamente para a zona onde teria desaparecido o Airbus da Air France, indicou terça-feira o gabinete do ministro dos Transportes, Jean-Louis Borloo. Estes robôs podem operar até 6.000 metros de profundidade.
Airbus A330-200, matrícula F-GZCE - Foto Internet Flick
'Não há confirmação de vestígios' no mar do Senegal, diz ministro francês
BBC - Via G1
O ministro francês da Defesa, Hervé Morin, declarou na manhã desta terça-feira que não há "nenhuma confirmação" da presença de destroços do avião da Air France na região da costa do Senegal.
Os aviões franceses que realizam buscas na suposta área de desaparecimento do Airbus não encontraram os "pontos laranjas", indicados por um piloto de avião da TAM que sobrevoou o Atlântico.
"A presença de destroços na costa do Senegal é apenas uma hipótese que não está confirmada", disse Morin.
Na manhã desta terça-feira, dois aviões militares franceses retomaram as buscas para tentar localizar o Airbus 330.
"Os aparelhos não confirmam até o momento a presença de pontos luminosos na superfície da água", afirma o ministro dos Transportes, Jean-Louis Borloo.
"O ponto cardinal mencionado não é incoerente, mas no momento continuamos procurando", disse Borloo.
O ministro acrescentou ainda que as autoridades francesas "não acreditam que um simples relâmpago, algo relativamente clássico em aviação, pode ter causado a queda da aeronave".
"Deve ter havido realmente uma sucessão de acontecimentos extraordinários para poder explicar esta situação", disse Borloo à emissora de rádio RTL.
"A corrida contra o relógio começou" para encontrar as duas caixas pretas do avião, que emitem sinais por até 30 dias, acrescentou. Borloo afirmou que elas provavelmente estão em águas profundas.
Segundo o ministro francês, a probabilidade de encontrar sobreviventes a esta altura "é muito, muito pequena, quase inexistente".
Avião radar
Esta tarde, a França envia um avião radar Awacs, com 18 horas de autonomia de voo, para reforçar as operações de busca na suposta zona da catástrofe aérea.
Segundo o porta-voz das Forças Armadas da França, a área de busca é muito vasta e representa "cinco vezes a superfície da França".
"Pode parecer restrito quando se olha em um mapa, mas a área é enorme. Será mais fácil no início procurar visualmente indícios na superfície da água do que ter indicações por radar", afirma Prazuck.
O porta-voz das Forças Armadas disse que seria "surpreendente" não encontrar destroços do avião, mas também afirmou que isso "não é impossível".
O ministro Borloo indicou nesta terça que será organizado o transporte até o local do acidente, quando ele for revelado, para os familiares e pessoas ligadas às vítimas.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, receberá as famílias das vítimas na próxima segunda-feira no Palácio do Eliseu.
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