EUA devem focar Marte

Fonte: Diário do Nordeste

Os astronautas da Apollo 11, que há 40 anos foram os primeiros homens a pisar na Lua, pediram, por ocasião dessa data histórica, que os dirigentes e o povo americanos agora voltem sua atenção para Marte.

Neil Armstrong e Michael Collins, ambos com 78 anos, e Edwin ´Buzz´ Aldrin, de 79 anos, defenderam futuras missões no Planeta Vermelho. Buzz Aldrin pediu diretamente ao Congresso e ao povo americano que recordem a missão Apollo 11 e a usem como fonte de inspiração para ir a Marte.

Neil Armstrong recordou que a missão Apollo 11, em 1969, aconteceu durante a Guerra Fria, em plena corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética. Mas esta rivalidade serviu para um objetivo precioso, segundo ele. ´Foi a última competição pacífica: Estados Unidos contra a União Soviética. Foi intenso. Permitiu às duas partes irem mais longe. E, no fim das contas, esta competição permitiu criar as bases da cooperação entre a Rússia e os Estados Unidos´, afirmou o ex-astronauta.

´A Apollo 11 é um símbolo do que um grande país e um grande povo podem realizar trabalhando duro e em conjunto´, analisou Buzz Aldrin. ´Estados Unidos, vocês ainda têm um sonho? Vocês ainda acreditam em si mesmos? Peço à futura geração e a nossos dirigentes políticos que dêem esta resposta: sim, podemos´, declarou o ex-astronauta, fazendo uso do slogan da campanha do presidente Barack Obama.

Cerca de 500 pessoas, entre as quais o diretor da Nasa, Charles Bolden, um ex-astronauta que se converteu no primeiro negro a dirigir a agência espacial, assistiram à cerimônia no Museu.

O presidente Obama se reuniu ontem com os astronautas para celebrar o 40º aniversário da Apollo 11 e discutir o futuro da exploração espacial.

A ambição dos Estados Unidos de voltar a enviar astronautas à Lua como primeiro passo para missões a Marte pode ser travada por sérias restrições orçamentárias. Os Estados Unidos têm ambiciosos projetos espaciais como o Programa Constellation. Este compreende uma volta dos americanos à Lua até 2020, seguido de vôos à Marte, mas o orçamento da Nasa não é suficiente para cobrir o custo dos projetos.