(Foto: Divulgação/Força Aérea Brasileira)
França abandona buscas pelas caixas-pretas do voo 447
Da Agência Estado - Via G1
Investigadores franceses informaram hoje que abandonaram as buscas pelas caixas-pretas do voo 447 do Airbus 330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no fim da noite do dia 31 de maio deste ano, matando os 228 passageiros e tripulantes que viajavam do Rio de Janeiro a Paris. O Escritório de Investigações e Análises para a Aviação Civil (BEA), agência francesa que investiga o acidente, informou em comunicado que o navio que liderava as buscas pelas caixas-pretas deixou o local vasculhado no Oceano Atlântico e deverá chegar a Dacar, no Senegal, ainda hoje.
O comunicado do BEA afirma que a segunda fase das buscas, que tinha os esforços na caçada submarina pelas caixas-pretas, "acabou". Os investigadores e especialistas se encontrarão nas próximas semanas e avaliarão se lançarão ou não uma "terceira fase" de buscas. Nenhum detalhe sobre esse eventual novo estágio foi liberado. As equipes de busca resgataram 50 corpos, todos já identificados. Entre as vítimas estavam 20 brasileiros (12 homens e 8 mulheres) e 30 estrangeiros (13 homens e 17 mulheres).
Foto mostra o avião Airbus A330-200, matrícula F-GZCP, que desapareceu nesta segunda-feira (1) sobre o Oceano Atlântico, estacionado no aeroporto George Bush, em Houston, no estado americano do Texas. (Foto: AP)
A França colocou fim às buscas pelas caixas-pretas do voo AF447 da companhia aérea Air France, acidentado com 228 pessoas a bordo quando fazia o trajeto entre Rio de Janeiro e Paris em 1º de junho, informou nesta quinta-feira o Escritório de Investigações e Análises (BEA).
"As buscas não permitiram localizar os destroços do avião", informou o BEA, em comunicado, no qual indicou que, "ao longo das próximas semanas, reunirá uma equipe internacional de investigadores e especialistas para analisar os dados recolhidos".
Em 10 de julho, os especialistas abandonaram a busca das caixas-pretas por métodos acústicos, dez dias depois de terminar o prazo garantido no qual os aparelhos de registro de voo podiam continuar emitindo sinais sonoros.
Os especialistas tentavam localizar os aparelhos, do tamanho de uma caixa de sapatos, em uma área de cerca de 17 mil quilômetros quadrados e mais de 3 mil metros de profundidade, cujo relevo submarino é bastante acidentado.
Foi iniciada então uma segunda fase de busca pelas caixas-pretas do avião da Airbus, na qual continuaria participando a embarcação "Pourquoi pas", o submarino articulado "Nautile" e um robô denominado "Victor", equipes que já participavam dos trabalhos de busca no Atlântico e que o BEA deu hoje por concluída.
O "Pourquoi pas" chegará hoje a Dacar, informou o Escritório de Investigações e Análises.
Os trabalhos se concentraram em uma área com raio de 75 quilômetros, com eixo no ponto onde o avião enviou sua última mensagem de posicionamento.
O presidente da Airbus, Thomas Enders, disse, em entrevista publicada em 30 de julho no jornal "La Tribune", que o construtor aeronáutico estaria disposto a contribuir para a extensão dos trabalhos de buscas, "oferecendo uma contribuição grande" na terceira fase, que começa agora.
O jornal avaliava essa contribuição entre 12 e 20 milhões de euros (entre US$ 17 e 28 milhões) para um período de três meses, informação não confirmada à Agência Efe pela Airbus, mas um porta-voz assegurou que a companhia está "dedicada à causa, porque quer saber o que aconteceu".
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