Na aviação já se experimentou de tudo, inclusive "discos voadores" (sim, eles existem!), que nada têm de alienígenas, são tão americanos quanto um Cadillac. Entretanto, o desenvolvimento dos aviões movidos a propulsão nuclear nos leva às mais obscuras experiências militares da Guerra Fria.
Em maio de 1946, a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos, antecessora da USAF, iniciou um projeto de propulsão nuclear para aeronaves, denominado NEPA (Nuclear Energy for the Propulsion of Aircraft), que não teve muitos resultados até 1951, quando foi substituído por um novo programa, denominado ANP (Aircraft Nuclear Propulsion).
O programa ANP desenvolveu estudos para dois tipos de motores a jato movidos a energia nuclear: O Direct Air Cycle, desenvolvido pela GE e o Indirect Air Cycle, desenvolvido pela Pratt & Whitney.
O programa ANP contemplou ainda planos para duas aeronaves Convair B-36 modificadas para transportar reatores nucleares blindados para conter emissao de radiações, o Projeto MX-1589 (foto abaixo), cuja finalidade seria verificar a viabilidade prática de se transportar por via aérea reatores nucleares sem grandes riscos. O projeto foi cancelado antes que tais aeronaves fossem concluídas, embora tivessem voado posteriormente.
O Idaho National Laboratory conduziu pesquisas para produzir motores turbojatos movidos a energia nuclear, e a GE conseguiu colocar em funcionamento dois motores turbofan que foram testados quase a máxima potência empregando reatores nucleares pesadamente blindados contra emissão de radiações. Os reatores substituíam as câmaras de combustão convencionais.
Tais motores nunca chegaram a equipar nenhuma aeronave específica. Os Estados Unidos chegaram a projetar uma aeronave para esses motores, designada WS-125, que seria um bombardeiro nuclear movido a energia nuclear. Tal programa foi considerado inviável pelo então Presidente Dwight Einsenhower, e acabou cancelado definitivamente, assim como os projetos NEPA e ANP na administração Kennedy em 1961.
Entretanto, em 1957, outro projeto da USAF testou a viabilidade de um míssil movido a energia nuclear, dessa vez equipado com um estato-reator (ramjet) que tinha seu ar muito aquecido por um reator nuclear. Tal míssil, chamado SLAM (Supersonic Low Altitude Missile), nunca chegou a ser lançado, mas seus motores foram testados no solo em um veículo de teste ferroviário em 14 de maio de 1961. O Projeto Pluto, como foi denominado, foi cancelado, entretanto, em 1º de julho de 1964, sem realizar um único vôo prático sequer.
Os russos também pesquisaram a propulsão nuclear para aeronaves, e produziram em 1961 o que talvez tenha sido a única aeronave efetivamente propulsionada a energia nuclear, o Tupolev TU-119, um Tupolev Tu-95 Bear, originalmente um quadrimotor turbo-hélice, mas modificado para dois motores tubo-helices nas asas e dois motores nucleares turbojatos de ciclo direto na fuselagem. Tal aeronave realizou 34 voos de experiências, mas na maioria desses voos os motores nucleares estavam desligados. Em alguns desses voos, os reatores possibilitaram uma autonomia de voo, segundo algumas fontes, de 48 horas, e somente o perigo da radiação sobre a tripulação impediu voos ainda mais longos. A intenção desses voos era principalmente pesquisar a eficiência das blindagens leves contra emissão de radiação, e a aeronave nunca foi colocada em produção, sendo até hoje escassas as referências (inclusive fotos) sobre tal experiência.
Os russos cancelaram tal programa em 1974, ao tomar conhecimento do fracasso dos projetos similares americanos, e o desenvolvimento dos ICBM (Mísseis Balísticos Intercontinentais) tornou as aeronaves movidas a propulsão nuclear supérfluas.
Em maio de 1946, a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos, antecessora da USAF, iniciou um projeto de propulsão nuclear para aeronaves, denominado NEPA (Nuclear Energy for the Propulsion of Aircraft), que não teve muitos resultados até 1951, quando foi substituído por um novo programa, denominado ANP (Aircraft Nuclear Propulsion).
O programa ANP desenvolveu estudos para dois tipos de motores a jato movidos a energia nuclear: O Direct Air Cycle, desenvolvido pela GE e o Indirect Air Cycle, desenvolvido pela Pratt & Whitney.
O programa ANP contemplou ainda planos para duas aeronaves Convair B-36 modificadas para transportar reatores nucleares blindados para conter emissao de radiações, o Projeto MX-1589 (foto abaixo), cuja finalidade seria verificar a viabilidade prática de se transportar por via aérea reatores nucleares sem grandes riscos. O projeto foi cancelado antes que tais aeronaves fossem concluídas, embora tivessem voado posteriormente.
O Idaho National Laboratory conduziu pesquisas para produzir motores turbojatos movidos a energia nuclear, e a GE conseguiu colocar em funcionamento dois motores turbofan que foram testados quase a máxima potência empregando reatores nucleares pesadamente blindados contra emissão de radiações. Os reatores substituíam as câmaras de combustão convencionais.
Tais motores nunca chegaram a equipar nenhuma aeronave específica. Os Estados Unidos chegaram a projetar uma aeronave para esses motores, designada WS-125, que seria um bombardeiro nuclear movido a energia nuclear. Tal programa foi considerado inviável pelo então Presidente Dwight Einsenhower, e acabou cancelado definitivamente, assim como os projetos NEPA e ANP na administração Kennedy em 1961.
Entretanto, em 1957, outro projeto da USAF testou a viabilidade de um míssil movido a energia nuclear, dessa vez equipado com um estato-reator (ramjet) que tinha seu ar muito aquecido por um reator nuclear. Tal míssil, chamado SLAM (Supersonic Low Altitude Missile), nunca chegou a ser lançado, mas seus motores foram testados no solo em um veículo de teste ferroviário em 14 de maio de 1961. O Projeto Pluto, como foi denominado, foi cancelado, entretanto, em 1º de julho de 1964, sem realizar um único vôo prático sequer.
Os russos também pesquisaram a propulsão nuclear para aeronaves, e produziram em 1961 o que talvez tenha sido a única aeronave efetivamente propulsionada a energia nuclear, o Tupolev TU-119, um Tupolev Tu-95 Bear, originalmente um quadrimotor turbo-hélice, mas modificado para dois motores tubo-helices nas asas e dois motores nucleares turbojatos de ciclo direto na fuselagem. Tal aeronave realizou 34 voos de experiências, mas na maioria desses voos os motores nucleares estavam desligados. Em alguns desses voos, os reatores possibilitaram uma autonomia de voo, segundo algumas fontes, de 48 horas, e somente o perigo da radiação sobre a tripulação impediu voos ainda mais longos. A intenção desses voos era principalmente pesquisar a eficiência das blindagens leves contra emissão de radiação, e a aeronave nunca foi colocada em produção, sendo até hoje escassas as referências (inclusive fotos) sobre tal experiência.
Os russos cancelaram tal programa em 1974, ao tomar conhecimento do fracasso dos projetos similares americanos, e o desenvolvimento dos ICBM (Mísseis Balísticos Intercontinentais) tornou as aeronaves movidas a propulsão nuclear supérfluas.
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