Rússia acusa Geórgia de aumentar tensão no Cáucaso

Relatório identifica disparos na fronteira da Ossétia do Sul


Área Militar

O governo russo emitiu no Sábado uma nota oficial, acusando o governo da Geórgia de fomentar a tensão na região da Ossétia do Sul, um território georgiano presentemente ocupado por tropas russas na sequência do conflito entre os dois países em 2008.

A declaração russa foi emitida praticamente quando se completa um ano sobre a invasão russa da Geórgia e quando as autoridades regionais da Ossétia do Sul, afirmaram que tinham ocorrido disparos a partir do lado georgiano da fronteira.

Alegações do género, levaram há um ano à invasão da Geórgia por tropas russas, numa operação alegadamente preparada com antecedência e na qual participaram forças de várias unidades especiais do exército e da marinha da Rússia.

Nas mesmas declarações a Rússia afirmou que utilizaria todos os meios ao seu alcance para proteger a Ossétia do Sul, caso as provocações se repetissem.

As autoridades da Geórgia afirmaram que não ocorreu qualquer disparo afirmando que a situação na fronteira com a região autónoma se podia considerar pacífica. Nenhum observador das Nações Unidas referiu a existência de qualquer indicio de que tenha havido qualquer provocação por parte da Geórgia.
As regiões da Ossétia do Sul e da vizinha Chechénia, são controladas por Máfias e e pelo crime organizado, as quais são semi-oficiais e ligadas aos governos autónomos, que não são controlados directamente desde Moscovo.
Os tiros nas ruas, os assaltos e os assassinatos são comuns na região e os habitantes afirmam que já estão habituados.

A intoxicação noticiosa, é normalmente considerada como uma forma de preparar a opinião pública para um conflito. A própria Rússia atacou a Geórgia em 2008, depois de um conflito provocado pelas suas próprias tropas, que levou o exército da Geórgia a responder, durante a acção georgiana foi bombardeada a cidade de Tskinvali, pelos sistemas de foguetes de artilharia georgianos. Do bombardeamento resultaram 49 mortos confirmados, com outras fontes a apontar 58.

A propaganda russa, transformou o bombardeamento de Tskinvali num massacre de 2.000 pessoas, justificando assim uma violenta acção russa contra a população civil georgiana de que resultou a morte de milhares de pessoas.
Embora as autoridades russas tenham efectuado uma cerimonia fúnebre num espectáculo televisionado para toda a Rússia em horário nobre, nunca foram encontrados os 2.000 cadáveres que justificaram a guerra.
Todas as investigações foram canceladas e o «massacre de Tskhinvali» desapareceu dos noticiários.
A invasão foi igualmente utilizada para organizar uma independência das regiões autónomas georgianas, cuja foi reconhecida pela Rússia e pela Nicarágua.

Irritação com os Estados Unidos
Vários analistas internacionais apontam a recente visita do vice-presidente norte-americano à Geórgia e à Ucrânia como uma das razões para o ligeiro aumento da tensão na região.

O governo russo não gostou que o vice-presidente dos Estados Unidos tivesse dado uma entrevista em que deu a impressão de que a Rússia se estava a acomodar à situação e que estava a aceitar com humildade o inevitável processo de adesão de países como a Ucrânia e a Geórgia à NATO.

Além disso, o rearmamento do exército da Georgia está a tomar forma e vários países já foram contactados para proceder a fornecimentos de novo material. Entre os fornecedores encontram-se a Ucrania e a Turquia.

A Russia já chegou mesmo a afirmar que não autorizava o fornecimento de material com componentes russos para a Georgia, numa referência ao fornecimento de tanques T-72 modernizados.

No entanto as autoridades ucranianas fizeram «orelhas moucas» pois a própria industria russa depende das fábricas ucranianas para o fabrico de sistemas tão importantes como motores para foguetes e mísseis ou motores para navios.

A região do Cáucaso e da costa do Mar Negro pertencia à Turquia, quando foi ocupada pela Rússia e foi controlada pelo império russo e pela União Soviética por cerca de 250 anos até ao colapso da URSS, que levou a um rápido processo de descolonização a partir de 1992.

Embora o processo tenha sido rápido, continuam a residir nas antigas possessões russas, milhões de colonos russos e seus descendentes, a quem o regime russo concedeu passaporte e que são utilizados como forma de pressão sobre os países limítrofes da Rússia.

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Rusia preocupada por rearme de Georgia

RIA Novosti.

El viceministro ruso de Asuntos Exteriores, Grigori Karasin, manifestó hoy la "profunda preocupación" de Moscú ante el rearme de Georgia y "la actitud sorprendentemente tranquila y hasta positiva" que este proceso genera en algunos países.

Rusia "seguirá oponiéndose al rearme del régimen de Saakashvili", aseguró Karasin en una entrevista publicada hoy en Rossiyskaya Gazeta.

El vicecanciller declaró que ciertos países, que rehusó especificar, intentan "camuflar como ayuda humanitaria" su cooperación militar con Georgia, y advirtió que esta política instiga al Gobierno georgiano a "continuar la línea belicosa, de amenazas y provocaciones en relación con los vecinos", además de contribuir a la escalada de la tensión regional.

Karasin subrayó que Rusia no tiene derecho a quitarse de encima "la responsabilidad por la violencia y la injusticia con respecto a las etnias menores" y "frenará drásticamente las tendencias revanchistas en la política de Tbilisi" sin dejarse implicar en la contienda propagandística que el régimen de Saakashvili procura "provocar de forma sistemática para subir su popularidad".

El próximo 8 de agosto será el primer aniversario de la agresión georgiana contra Osetia del Sur, suceso que hizo Rusia enviar tropas al Cáucaso, expulsar al agresor hacia el interior de Georgia y reconocer la independencia de antiguas autonomías georgianas de Osetia del Sur y Abjasia. Georgia proclamó ambas entidades "territorios ocupados" y rompió las relaciones diplomáticas con Rusia.