O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, descreveu as ameaças à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa como "inaceitáveis" e "intoleráveis". Ele disse, durante entrevista coletiva na sede da entidade em Nova York, que está "profundamente preocupado" pelos últimos acontecimentos em Honduras.
"A lei internacional é clara: a imunidade soberana não pode ser violada", lembrou. "As ameaças ao pessoal da embaixada e suas premissas são intoleráveis. O Conselho de Segurança (CS) condenou esses atos de intimidação. Eu também faço isso, nos termos mais fortes", disse. "Exorto os atores políticos para que se comprometam de forma séria com o diálogo e os esforços de mediação regionais. Reafirmo que as Nações Unidas estão dispostas a auxiliar de qualquer forma."
Ban Ki-moon pediu ainda que seja garantida a segurança de Manuel Zelaya, deposto e expulso de Honduras em um golpe de Estado em 28 de junho. Ele retornou ao país há uma semana e, desde então, está abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
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