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Boeing recorre a sua força na aviação comercial para o F-X2

Marli Olmos, do Valor Econômico - Via Blog Interesse Nacional

A dois dias da entrega da proposta final para o processo de seleção de novos caças para a Força Aérea Brasileira, a Boeing decidiu usar sua força na aviação comercial como mais uma arma para vencer a concorrência. A companhia americana termina hoje um programa de dois dias de reuniões com 150 fabricantes de componentes que poderão se tornar, segundo a direção da empresa manifestou ontem, fornecedores também da linha de aviões comerciais.

As oportunidades que a Boeing promete aos fornecedores brasileiros vão além dos caças, segundo o vice-presidente da área de defesa da Boeing, Bob Gower. "As compras da Boeing somam US$ 45 bilhões por ano e estamos aqui buscando fornecedores", disse.

No caso de o caça americano, o Super Hornet, ser escolhido, Gower aponta a possibilidade de a indústria brasileira fornecer peças da fuselagem e asas. Mas qualquer plano para montar o avião no Brasil depende do governo brasileiro, segundo ele.

Oito dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter anunciado o início das negociações com a francesa Dassault, a direção da Boeing montou uma forte operação para mostrar que ainda está no páreo. Ontem a empresa publicou anúncio de página inteira em jornais, lembrando ser a principal fornecedora do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Nas reuniões de dois dias com 150 fornecedores busca ampliar o número de acordos, já fechados com 27 empresas. Para completar, o cônsul geral dos EUA em São Paulo, Thomas White também participou da entrevista convocada pela Boeing ontem para reforçar o apoio do governo americano.

Apesar da sinalização de Lula em favor do caça francês, o Ministério da Defesa havia divulgado, por meio de nota, na semana passada, que a concorrência não estava decidida e que as finalistas poderiam melhorar as ofertas. Além de Boeing e da Dassault, a sueca Saab participa da seleção.

Gower não quis antecipar a proposta que será apresentada ao governo na sexta-feira. "Não quero que meus concorrentes saibam", disse. Preço e risco estão no foco da estratégia dos americanos. Em relação aos riscos, a estratégia da companhia americana é criticar de um lado o Gripen, o avião da Saab, pelo fato de ser um projeto ainda em desenvolvimento, e por outro lembrar que até agora foi vitoriosa em todas as demais concorrências com o Rafale fora do país de origem do caça francês.

Gower disse ter sido surpreendido pelas declarações de Lula, no dia 7 de setembro. "Não esperávamos aquele anúncio", destacou. O executivo reconheceu o peso das declarações do governo, que indicou a transferência tecnológica como ponto importante na escolha da empresa que será a fornecedora do F-X2, o programa da FAB que prevê a compra de 36 caças.

Mas insistiu em esclarecer o que a Boeing entende por transferência tecnológica. "No sentido do que é preciso para a manutenção e up grade no futuro, atendemos todos os requisitos da FAB; mas não queremos criar expectativas errôneas" , disse Gower. "Quando ouço alguma empresa dizer que dará acesso tecnológico irrestrito não sei o que isso significa". "Será que alguém pretende revelar o conteúdo de um chip que está dentro de alguma caixa e que foi produzido por um fornecedor de tecnologia de informação?", questionou.

A Boeing também confirmou colaboração para o desenvolvimento do cargueiro KC-390, da Embraer. Segundo Gower, as duas empresas estão trabalhando em conjunto. No caso, a tecnologia do C-17, avião da Boeing, seria aplicada no desenvolvimento do cargueiro da fabricante brasileira. O governo da França revelou a intenção de adquirir o KC-390.

Mas Gower reconheceu que política e estratégia terão grande peso na escolha final: "Numa aquisição que envolve uma arrecadação de impostos de valor tão elevado é justo entender que os políticos estão lá para representar os contribuintes", disse.



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Super Hornet F-18
Fabricante Boeing (EUA)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (GE 414)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: É o mais testado. Foi muito usado no Afeganistão, Bosnia e Iraque e está sendo produzido em larga escala, a fabricante garante abrir mercado americano exatamente no momento em que a USAF re-lança requerimento para comprar 100 aeronaves similares ao Super Tucano.
Ponto fraco: Há poucas chances de o Brasil aperfeiçoar a tecnologia, pois o modelo já está consolidado.

De olho em caças, Boeing busca fornecedores no Brasil


Da Reuters - Por Eduardo Simões - via: G1

A Boeing sinalizou nesta terça-feira com a possibilidade de ampliar sua rede de fornecedores no Brasil, na tentativa de mudar a balança da disputa para vender caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), atualmente favorável ao caça francês Rafale.

Para isso, a fabricante norte-americana realiza nesta semana conferências com 150 empresas brasileiras que podem conquistar uma fatia dos 45 bilhões de dólares anuais que a empresa gasta com fornecedores.

O diretor de relacionamento e novos negócios do programa F-18 da Boeing, Michael Coggins, estima que o Brasil represente menos de 10 por cento desse valor e acrescenta que existe espaço para que companhias brasileiras abocanhem uma fatia maior desse bolo, principalmente se o caça F-18 for escolhido pela FAB como vencedor do programa F-X2, que prevê a compra de 36 caças.

"É por isso que o F-X2 é importante para mudar isso (a baixa participação das empresas brasileiras na cadeia de fornecedores da Boeing)", disse ele durante encontro com jornalistas em São Paulo.

O apoio do governo dos Estados Unidos à proposta da Boeing estava claro no encontro com a imprensa, inclusive com a presença do cônsul-geral do EUA em São Paulo, Thomas White.

"O que está sendo oferecido aqui é o relacionamento com a maior empresa de defesa do mundo, que atua na maior economia do mundo, no maior mercado de defesa do mundo e que é parte de uma equipe que inclui alguns dos principais desenvolvedores de tecnologia do mundo", disse o cônsul.

O encontro da Boeing com a imprensa acontece cerca de uma semana depois da divulgação de uma nota conjunta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com seu colega francês, Nicolas Sarkozy, na qual o Brasil anunciou o início das negociações para a compra do Rafale, da Dassault.

Embora o comunicado de 7 de setembro tenha sido amplamente interpretado como um anúncio antecipado da vitória do Rafale no F-X2, o Ministério da Defesa soltou nota, no dia seguinte, afirmando que a concorrência não estava decidida e que os três finalistas poderão melhorar suas propostas. Além de Boeing e Dassault, a sueca Saab está na disputa com o caça Gripen NG.

"Não esperávamos o anúncio de 7 de setembro", disse o vice-presidente para o programa do caça F-18, Bob Gower. Ele afirmou, no entanto, ter obtido garantias de autoridades brasileiras que a concorrência será "aberta e justa".

O executivo procurou ainda destacar o que considera ser pontos negativos do Rafale, especialmente o preço da oferta, que segundo fontes ligadas ao governo francês seria da ordem de 5 bilhões de euros.

"Seria prematuro, durante uma competição, falarmos sobre o nosso preço, mas temos uma comparação extremamente favorável com os 5 bilhões de euros noticiado como preço do Rafale", disse Gower.

"Competimos com o Rafale várias vezes, em vários outros países, e vencemos todas elas. Tanto do ponto de vista da tecnologia, quanto do ponto de vista do preço", acrescentou.

C-390 - "Bandeirante II" (sugestão do blog)
em nova concepção na versão de reabastecimento em vôo - Versão "tanker" - KC.

INTERESSE EM CARGUEIRO

A Boeing também aproveitou a oportunidade para reiterar seu interesse no cargueiro KC-390, que a Embraer está desenvolvendo para a FAB.

"A Boeing e a Embraer estão em estágio bastante avançado na colaboração para a plataforma do KC-390", disse Gower.

Segundo ele, a tecnologia desenvolvida para o C-17, avião de transporte da fabricante norte-americana, pode ser utilizada pela Embraer no desenvolvimento do cargueiro.

"Isso pode reduzir o custo da KC-390 e aumentar a sua competitividade no mercado", disse o executivo.

O KC-390 vem atraindo a atenção dos finalistas do F-X2, que têm visto no cargueiro, cuja linha de montagem deve ficar pronta em sete anos, uma arma para seduzir o governo brasileiro no processo de escolha dos novos caças da FAB.

A intenção anunciada por Sarkozy de adquirir algumas unidades do cargueiro da Embraer é vista como um dos fatores que levaram à nota conjunta dos dois presidentes, que deu amplo favoritismo ao Rafale.