Rafale F-3 Dassault (França)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (sNeCMa M882)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: Foi muito usado no Afeganistão, além disso o Brasil já tem aliança na área com a França: está comprando helicópteros e submarinos e o avião possui versão naval capaz de ser usada pela marinha no porta aviões São Paulo. Ponto fraco: É apontado por especialistas como o mais caro e só a França usa o equipamento.


Choque teria causado a queda dos Rafale na França
Ministério da Defesa fala em 'acidente de voo' depois que piloto sobrevivente relatou ter sido atingido
Andrei Netto, de O Estado de S.Paulo

A queda de dois aviões de caça Rafale-M na noite de quinta-feira, 24, teria sido causada por um choque durante um voo de exercício realizado no Mar Mediterrâneo. A hipótese é considerada a mais plausível pela Marinha francesa desde que o piloto sobrevivente, Yann Beaufils, informou ter sido atingido na parte de trás de sua aeronave antes de cair. Segundo o Ministério da Defesa, o outro aparelho seguiu voando, até desaparecer dos radares. Seu piloto continua desaparecido.

As informações foram reveladas nesta sexta-feira, 25, em Toulon, no sul da França, pelo ministro da Defesa, Hervé Morin. Em entrevista coletiva, o ministro definiu a perda dos dois aviões e o desaparecimento de um aviador como "um acidente de voo". "Precisamos investigar a fundo, e toda resposta seria precipitada", ponderou. "Mas a priori não tem nada a ver com o avião."

A ressalva faz parte do esforço sutil do governo francês para descartar falhas simultâneas nos dois aviões - cuja compra o Brasil negocia.(NOTA: A quem interessa esse "sutil" comentario? Aviões se acidentam todos os dias mas agora querem dizer que o RAFALE tem um defeito? para quem não sabe este é apenas o terceiro acidente operacional sério do RAFALE! Imprensa Marrom é isso...)

Conforme as investigações preliminares da Marinha, baseadas em dados do voo e no depoimento de Beaufils, a hipótese mais verossímil é a da colisão. Segundo a Marinha, o piloto sobrevivente afirmou ter sentido um forte impacto na parte de trás da sua aeronave. No mesmo instante, ele perdeu o controle e a altitude, mergulhando de bico.

"Quando ejetou, Beaufils constatou que o avião de seu colega continuava a voar, mas nós perdemos seu sinal de radar alguns minutos mais tarde", afirmou o porta-voz da Marinha, Bertrand Bonneau. Para ele, o choque é "a hipótese mais provável".

Até a noite desta sexta-feira, nenhum traço dos aparelhos havia sido localizado, a despeito dos meios de busca mobilizados pela França e pela Espanha. Além de helicópteros da Marinha, da Defesa Civil e da Polícia, de um navio de apoio equipado com sistemas de localização acústica e de mergulhadores franceses, uma equipe das Forças Armadas espanhola se juntou às buscas, realizadas em uma área de 10 mil2, na qual o Mediterrâneo oscila entre 500 e 600 metros de profundidade.

Apesar do pessimismo dos oficiais, Morin reiterou que todos os esforços serão feitos para localizar o militar desaparecido. François Duflot, 45 anos, piloto do Centro de Testes de Voo (CEV-DGA) das Forças Armadas, tem 5 mil horas de voo. Assim como Beaufils, 40 anos, membro do Centro de Experiências Práticas Aeronavais (Cepa), com 3 mil horas de voo, Duflot é considerado "muito experiente".

Ambos eram pilotos de testes, e não da Marinha, e participavam dos exercícios de "validação de parâmetros de catapultagem para configurações muito pesadas" do Rafale. Esses ensaios fazem parte de uma bateria que visa a preparar a esquadrilha para o uso pleno do porta-aviões Charles-de-Gaulle, previsto para o fim do ano.



Os Rafale-M - de "Marine" - acidentados são similares, mas não idênticos, aos modelos que disputam no Brasil a licitação FX-2, ao lado dos F/A-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e dos Gripen NG, da sueca Saab. De acordo com informações da Dassault, os Rafale M têm 80% da estrutura, 90% do custo e 100% dos equipamentos eletrônicos do modelo almejado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Entre as diferenças técnicas estão os trens de pouso, reforçados e adaptados às catapultas, que permitem pousos e decolagens em porta-aviões.