Embraer 190 nas Cores da Companhia Linhas Aéreas de Moçambique.

Embraer quer nova geração de motores
Empresa estuda produção de jato para competir com os CSeries da Bombardier
Fonte: Monitor Mercantil

A Embraer está negociando opções comerciais de motores de nova geração com a General Electric, a Rolls-Royce e a Pratt & Whitney para uma possível nova aeronave, informou o vice-presidente da companhia, Mauro Kern.

"Estamos estudando uma série de opções comerciais, incluindo jatos comerciais e turbopropulsores maiores. Nenhuma decisão foi tomada, mas estamos em profundas discussões", disse o executivo, acrescentando que entre as opções discutidas está jato comercial levemente maior do que a família E-Jet existente, o que colocaria a empresa em competição direta com os CSeries, da canadense Bombardier.

"No entanto, é difícil tomar uma decisão sobre isso sem saber os planos dos grandes concorrentes. Nós precisamos saber o que a Boeing e a Airbus estão planejando para esse segmento", ressaltou.

O maior jato comercial da Embraer é o E-195, que pode transportar até 120 passageiros e na época de seu lançamento, descartou a possibilidade de construir aviões maiores, mas a tecnologia de motores de nova geração oferece maior eficiência e abre outras possibilidades.

A rival Bombardier lançou os CSeries, que podem carregar entre 110 e 130 pessoas e que deverão entrar em serviço em 2013. A Embraer tomará uma decisão sobre a nova geração de aviões nos próximos 18 a 24 meses e qualquer nova aeronave não será produzida antes da segunda metade da próxima década, afirmou Kern.

A Embraer é a quarta maior companhia aérea do mundo e cresceu produzindo jatos comerciais regionais, mas recentemente vem entrando no mercado de jatos executivos com sucesso. Kern afirmou que a companhia continua sofrendo em meio a um mercado de aviação comercial que permanece fraco e acrescentou que não prevê que o mercado se recupere antes do fim de 2010, pelo menos.

Além disso, Kern não descarta mais cortes de empregos se a crise continuar. Em março a Embraer demitiu 20% de sua força de trabalho por causa da perspectiva ruim para o setor de aviação em meio à crise global.