O prazo final para que França, Estados Unidos e Suécia apresentem suas propostas de venda de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) termina nesta segunda-feira. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou na última sexta-feira, porém, que a Aeronáutica pode prorrogar a data.
A americana Boeing, com o caça F-18 Super Hornet; a sueca Saab, com o Gripen NG; e a francesa Dassault, com o Rafale, são as finalistas do programa F-X2, que selecionará o novo modelo de jato da FAB. Na semana passada, a Suécia propôs vender dois caças pelo preço de um da concorrência . Jobim ironizou:
- É venda casada? Compra uma garrafa de cerveja e ganha quatro de guaraná? - afirmou o ministro.
A oferta acirrou uma disputa que já parecia estar decidida. Durante as comemorações do Dia da Independência , Lula divulgou nota conjunta com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciando a abertura de negociações para a compra do Rafale.
O anúncio foi amplamente visto como uma vitória do caça francês na disputa, mas, no dia seguinte, o Ministério da Defesa brasileiro divulgou comunicado garantindo que a concorrência não estava finalizada.
Em audiência pública na Comissão de Relações exteriores e Defesa do Senado, Jobim confirmou a preferência do governo brasileiro pelos caças franceses (Rafale) e que só dependia da transferência de tecnologia.
Um pouco mais tarde, o presidente Lula afirmou que a escolha do novo caça) ainda estava indefinida . Ele disse ainda que não há previsão para a decisão final e pediu que seja evitado o "chutômetro" nessa questão.
Um dia antes, executivos da Boeing Company afirmaram, em SP, que o Brasil não teria "carta branca" de seu país para, no futuro, conseguir vender caças como os que pretende adquirir para a Força Aérea Brasileira (FAB).
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