ORIGENS
Uma faceta totalmente diferente dos designs aeronáuticos japoneses da Segunda Guerra encontrou sua forma no Kawasaki Ki-61 Hien. Enquanto a maioria das aeronaves nipônicas usava um motor radial resfriado a ar que primava pela manobrabilidade, o Hien fazia uso de um motor em linha resfriado à água, feito para desenvolver potência e velocidade.
Para ser sincero, o Ki-61 era tão diferente dos outros caças japoneses que quando o modelo entrou em ação pela primeira vez em junho de 1943 sobre a Nova Guiné, os pilotos Aliados o identificaram como uma cópia do Messerschmitt Bf 109 da Luftwaffe e depois do Macchi MC.202 Folgore da Regia Aeronautica. Sendo assim deram-no o apelido estrangeiro "Antonio". Logo que perceberam que se tratava de um design puramente japonês, foi renomeado "Tony". A confusão do Ki-61 com o caça alemão e o italiano encontra alguma razão com base em suas raízes.
Entre 1923 e 1933, o chefe de design aeronáutico da Kawasaki Kokuki Kogyo K.K. era um alemão chamado Dr. Richard Vogt, que retornou à Alemanha em 1933 para assumir o mesmo cargo na Blohm & Voss. Como se esperaria, a Kawasaki continuou fortemente influenciada pelo Dr. Vogt, particularmente a respeito dos motores em linha. Isso fez da empresa um peixe fora d'água entre as fábricas japonesas, que defendiam os radiais. Em março de 1938, a Kawasaki assinou um acordo com a Daimler-Benz para fabricar sob licença os motores em linha desenvolvidos pela firma alemã.
DESENVOLVIMENTO
Em abril de 1940, engenheiros da Kawasaki visitaram a Daimler-Benz em Stuttgart para obter as plantas e exemplares do motor DB 601A, então utilizado pelo Bf 109. Os japoneses conseguiram aumentar a potência de decolagem do motor para 1.175 hp, e ainda reduziram seu peso sensivelmente. Foi posto em produção em novembro de 1941, sendo designado Ha-40 e posteriormente Ha-60. Nesse meio tempo, representantes do Quartel-General do Ar do Exército Imperial Japonês estavam muito interessados nos motores em linha refrigerados a água que propeliam caças desenvolvidos na Inglaterra, EUA, Alemanha, União Soviética e Itália.
O Exército também tinha em mente a péssima experiência de combate contra o Polikarpov I-16 durante um incidente com a URSS na fronteira da Manchúria em 1939. Essa experiência provou que a busca somente da manobrabilidade sobre tudo condenava seus caças, sendo necessário buscar mais velocidade e aumentar blindagem e poder de fogo. Em fevereiro de 1940 o Exército começou a trabalhar com a Kawasaki para o desenvolvimento de dois caças monopostos equipados com um derivado do motor DB 601: um interceptador pesado designado Ki-60 e um caça multifuncional designado Ki-61. Foi decidido construir o Ki-60 primeiro, e os engenheiros liderados pelo designer Takeo Doi e seu assistente Shin Owada apresentaram três protótipos em 1941. O Ha-40 não estava então disponível, então as três aeronaves receberam exemplares originais do DB 601 enviados da Alemanha.
O Ki-60 era um monoplano de asa baixa, com grande poder e armamento para os padrões japoneses. Tinha duas metralhadoras 12,7 mm no nariz e em cada asa um canhão de 20 mm. Os testes de vôo começaram em março de 1941 e mostraram que o Ki-60 não tinha boas características em vôo. Não cumpria as especificações e após diversas tentativas mal-sucedidas de consegui-lo, foi abandonado. A experiência, no entanto, foi válida. O trabalho no Ki-61, que prosseguia em paralelo ao Ki-60 desde dezembro de 1940, incorporou lições aprendidas com seu predecessor. Refinamentos aerodinâmicos foram feitos, a asa foi ampliada para melhorar a manobrabilidade e a fuselagem foi "emagrecida" para melhorar a velocidade. O armamento foi reduzido substituindo-se os canhões de 20 mm por duas metralhadoras de 12,7 mm ou 7,7 mm. A capacidade dos tanques de combustível também foi ampliada para as operações de caça, mais longas que as de interceptação. O trem de pouso foi modificado para permitir ao Hien decolar de pistas primitivas.
O primeiro protótipo foi concluído em dezembro de 1941, com sua performance deliciando os espectadores. Outros 11 protótipos foram entregues ao Exército, que os testou intensivamente. O Ki-61 foi testado contra caças japoneses, contra o Messerschmitt Bf 109E-3 (dois exemplares que foram comprados dos alemães), e contra o Curtiss P-40 Warhawk, cujos diversos exemplares haviam sido capturados durante a conquista das Índias Orientais Holandesas. Um desse protótipos encontrou-se por acaso com os B-25 Mitchell de James Doolittle em abril de 1942.
Embora inicialmente os pilotos de teste tivessem suas dúvidas a respeito do novo caça, os pilotos de combate gostaram muito dos tanques auto-selantes, blindagem, armamento e velocidade de mergulho do Ki-61. Os testes de combate mostraram que o Hien era muito mais rápido que seus adversários, manobrando melhor que qualquer um, menos o Nakajima Ki-43 Hayabusa. O primeiro exemplar de pré-série foi entregue em agosto de 1942. O Exército deu luz verde à produção em massa, e o caça começou a sair das linhas de montagem, com 34 unidades entregues ainda em 1942. Foi formalmente designado Army Type 3 Fighter Model 1 Hien, ou Ki-61-I. A produção inicial consistia em duas variantes: o Ki-61-Ia, com duas metralhadoras 12,7 mm no nariz e duas 7,7 mm nas asas, e o Ki-61-Ib, com metralhadoras 12,7 mm no nariz e asas. Podiam levar tanques descartáveis de 200 litros.
EM COMBATE
O novo caça entrou em combate na primavera de 1943 no teatro da Nova Guiné. Causou muita consternação aos pilotos Aliados, especialmente quando descobriram que não podiam mais escapar mergulhando como faziam contra os leves caças japoneses. O Hien era diferente. A 5th Air Force do General George Kenney viu seus Warhawks totalmente superados, e imploraram por mais Lightnings para conter o novo caça do Imperador. O Ki-61 demonstrou apenas alguns problemas de atrito durante suas operações, assim como uma tendência do motor de superaquecer sob clima tropical. Apesar de bem armado, Ki-61 ainda não tinha poder para derrubar os grandes bombardeiros americanos do céu. Os engenheiros da Kawasaki já tinha antevisto esse problema. O canhão japonês Ho-5 de 20 mm não estava disponível na época, mas o governo havia obtido 800 canhões Mauser MG-151 de 20 mm da Alemanha em agosto de 1943, e equipou 388 exemplares do Ki-61-I para carregar as armas alemãs no lugar das metralhadoras das asas. Uma vez que o canhão Ho-5 disponibilizou-se, a Kawasaki inverteu o arranjo das armas: colocou os canhões no nariz e as metralhadoras nas asas.
Enquanto as modificações eram feitas outras mudanças também ocorreram, para facilitar a manufatura e a manutenção. Essa nova variante ficou conhecida como Ki-61-I KAIc (KAI significando "modificado"). Era 19 cm mais longo que seus predecessores, com parte traseira destacável, roda traseira fixa ao invés da retrátil antes usada, asas reforçadas e suportes para duas bombas de 250 kg. O Ki-61-I KAIc entrou em produção em janeiro de 1944, e substituiu todos os modelos anteriores em agosto do mesmo ano. O novo Hien se tornaria a variante mais produzida, com cerca de 50 % do total. Alguns interceptadores Ki-61-I KAId foram construídos nos fins de 1944. Estes tinham duas metralhadoras 12,7 mm na fuselagem e dois canhões de 30 mm nas asas.
Mesmo antes do Hien entrar em combate, o Exército pressionava a Kawasaki para desenvolver uma versão melhorada da aeronave. Para tal, os engenheiros miravam uma nova versão do motor Ha-40 designada Ha-140, que produziria 1.500 hp. O primeiro protótipo da nova variante, o Ki-61-II, voou em agosto de 1943. Dez outros protótipos foram construídos até o final do ano, apresentando área alar 10% maior e cockpit melhorado. No entanto, o programa do Ha-140 enfrentou problemas e somente oito protótipos receberam motores. Estes sofriam com falhas estruturais e no motor. Tentando resolver os problemas, a asa tradicional do Hien foi instalada no Ki-61-II, que também teve sua fuselagem alongada e área do elevador ampliada. O resultado foi Ki-61-II KAI, que se provou um interceptador promissor.
Apesar de problemas com o motor, a situação militar era desesperadora e o modelo entrou em produção assim mesmo em setembro de 1944. Duas versões foram produzidas: o Ki-61-II KAIa com duas metralhadoras 12,7 mm nas asas e dois canhões de 20 mm no nariz, e o Ki-61-II KAIb com quatro canhões de 20 mm. Foram construídos 374 Ki-61-II KAI, sendo que 99 receberam motores. Então, em 19 de janeiro de 1945 a fábrica em Akashi que produzia os motores Ha-140 foi destruída pelos Boeing B-29. Isso pôs um fim ao motor, que deixou 275 aeronaves sem propulsão. Como tal número não podia simplesmente ser abandonado, os valorosos engenheiros da empresa se esforçaram ao máximo para adaptá-las ao motor radial Mitsubishi Ha-112-II de 1.500 hp, dando origem ao Kawasaki Ki-100 Goshiki-Sen.
DADOS TÉCNICOS
Tripulação: 1
Comprimento: 8.94 m
Envergadura: 12.00 m
Altura: 3.7 m
Área alar: 20 m²
Peso vazio: 2.630 kg
Peso cheio: 3.470 kg
Motor: 1× Kawasaki Ha-40 de 1.175 hp (875 kW)
Velocidade máxima: 580 km/h a 5.000 metros
Alcance: 580 km
Teto operacional: 11.600 m
Armamento: 2× canhões Ho-5 de 20 mm, 2x metralhadoras Ho-103 de 12,7 mm, 2x bombas de 250 kg
Uma faceta totalmente diferente dos designs aeronáuticos japoneses da Segunda Guerra encontrou sua forma no Kawasaki Ki-61 Hien. Enquanto a maioria das aeronaves nipônicas usava um motor radial resfriado a ar que primava pela manobrabilidade, o Hien fazia uso de um motor em linha resfriado à água, feito para desenvolver potência e velocidade.
Para ser sincero, o Ki-61 era tão diferente dos outros caças japoneses que quando o modelo entrou em ação pela primeira vez em junho de 1943 sobre a Nova Guiné, os pilotos Aliados o identificaram como uma cópia do Messerschmitt Bf 109 da Luftwaffe e depois do Macchi MC.202 Folgore da Regia Aeronautica. Sendo assim deram-no o apelido estrangeiro "Antonio". Logo que perceberam que se tratava de um design puramente japonês, foi renomeado "Tony". A confusão do Ki-61 com o caça alemão e o italiano encontra alguma razão com base em suas raízes.
Entre 1923 e 1933, o chefe de design aeronáutico da Kawasaki Kokuki Kogyo K.K. era um alemão chamado Dr. Richard Vogt, que retornou à Alemanha em 1933 para assumir o mesmo cargo na Blohm & Voss. Como se esperaria, a Kawasaki continuou fortemente influenciada pelo Dr. Vogt, particularmente a respeito dos motores em linha. Isso fez da empresa um peixe fora d'água entre as fábricas japonesas, que defendiam os radiais. Em março de 1938, a Kawasaki assinou um acordo com a Daimler-Benz para fabricar sob licença os motores em linha desenvolvidos pela firma alemã.
DESENVOLVIMENTO
Em abril de 1940, engenheiros da Kawasaki visitaram a Daimler-Benz em Stuttgart para obter as plantas e exemplares do motor DB 601A, então utilizado pelo Bf 109. Os japoneses conseguiram aumentar a potência de decolagem do motor para 1.175 hp, e ainda reduziram seu peso sensivelmente. Foi posto em produção em novembro de 1941, sendo designado Ha-40 e posteriormente Ha-60. Nesse meio tempo, representantes do Quartel-General do Ar do Exército Imperial Japonês estavam muito interessados nos motores em linha refrigerados a água que propeliam caças desenvolvidos na Inglaterra, EUA, Alemanha, União Soviética e Itália.
O Exército também tinha em mente a péssima experiência de combate contra o Polikarpov I-16 durante um incidente com a URSS na fronteira da Manchúria em 1939. Essa experiência provou que a busca somente da manobrabilidade sobre tudo condenava seus caças, sendo necessário buscar mais velocidade e aumentar blindagem e poder de fogo. Em fevereiro de 1940 o Exército começou a trabalhar com a Kawasaki para o desenvolvimento de dois caças monopostos equipados com um derivado do motor DB 601: um interceptador pesado designado Ki-60 e um caça multifuncional designado Ki-61. Foi decidido construir o Ki-60 primeiro, e os engenheiros liderados pelo designer Takeo Doi e seu assistente Shin Owada apresentaram três protótipos em 1941. O Ha-40 não estava então disponível, então as três aeronaves receberam exemplares originais do DB 601 enviados da Alemanha.
O Ki-60 era um monoplano de asa baixa, com grande poder e armamento para os padrões japoneses. Tinha duas metralhadoras 12,7 mm no nariz e em cada asa um canhão de 20 mm. Os testes de vôo começaram em março de 1941 e mostraram que o Ki-60 não tinha boas características em vôo. Não cumpria as especificações e após diversas tentativas mal-sucedidas de consegui-lo, foi abandonado. A experiência, no entanto, foi válida. O trabalho no Ki-61, que prosseguia em paralelo ao Ki-60 desde dezembro de 1940, incorporou lições aprendidas com seu predecessor. Refinamentos aerodinâmicos foram feitos, a asa foi ampliada para melhorar a manobrabilidade e a fuselagem foi "emagrecida" para melhorar a velocidade. O armamento foi reduzido substituindo-se os canhões de 20 mm por duas metralhadoras de 12,7 mm ou 7,7 mm. A capacidade dos tanques de combustível também foi ampliada para as operações de caça, mais longas que as de interceptação. O trem de pouso foi modificado para permitir ao Hien decolar de pistas primitivas.
O primeiro protótipo foi concluído em dezembro de 1941, com sua performance deliciando os espectadores. Outros 11 protótipos foram entregues ao Exército, que os testou intensivamente. O Ki-61 foi testado contra caças japoneses, contra o Messerschmitt Bf 109E-3 (dois exemplares que foram comprados dos alemães), e contra o Curtiss P-40 Warhawk, cujos diversos exemplares haviam sido capturados durante a conquista das Índias Orientais Holandesas. Um desse protótipos encontrou-se por acaso com os B-25 Mitchell de James Doolittle em abril de 1942.
Embora inicialmente os pilotos de teste tivessem suas dúvidas a respeito do novo caça, os pilotos de combate gostaram muito dos tanques auto-selantes, blindagem, armamento e velocidade de mergulho do Ki-61. Os testes de combate mostraram que o Hien era muito mais rápido que seus adversários, manobrando melhor que qualquer um, menos o Nakajima Ki-43 Hayabusa. O primeiro exemplar de pré-série foi entregue em agosto de 1942. O Exército deu luz verde à produção em massa, e o caça começou a sair das linhas de montagem, com 34 unidades entregues ainda em 1942. Foi formalmente designado Army Type 3 Fighter Model 1 Hien, ou Ki-61-I. A produção inicial consistia em duas variantes: o Ki-61-Ia, com duas metralhadoras 12,7 mm no nariz e duas 7,7 mm nas asas, e o Ki-61-Ib, com metralhadoras 12,7 mm no nariz e asas. Podiam levar tanques descartáveis de 200 litros.
EM COMBATE
O novo caça entrou em combate na primavera de 1943 no teatro da Nova Guiné. Causou muita consternação aos pilotos Aliados, especialmente quando descobriram que não podiam mais escapar mergulhando como faziam contra os leves caças japoneses. O Hien era diferente. A 5th Air Force do General George Kenney viu seus Warhawks totalmente superados, e imploraram por mais Lightnings para conter o novo caça do Imperador. O Ki-61 demonstrou apenas alguns problemas de atrito durante suas operações, assim como uma tendência do motor de superaquecer sob clima tropical. Apesar de bem armado, Ki-61 ainda não tinha poder para derrubar os grandes bombardeiros americanos do céu. Os engenheiros da Kawasaki já tinha antevisto esse problema. O canhão japonês Ho-5 de 20 mm não estava disponível na época, mas o governo havia obtido 800 canhões Mauser MG-151 de 20 mm da Alemanha em agosto de 1943, e equipou 388 exemplares do Ki-61-I para carregar as armas alemãs no lugar das metralhadoras das asas. Uma vez que o canhão Ho-5 disponibilizou-se, a Kawasaki inverteu o arranjo das armas: colocou os canhões no nariz e as metralhadoras nas asas.
Enquanto as modificações eram feitas outras mudanças também ocorreram, para facilitar a manufatura e a manutenção. Essa nova variante ficou conhecida como Ki-61-I KAIc (KAI significando "modificado"). Era 19 cm mais longo que seus predecessores, com parte traseira destacável, roda traseira fixa ao invés da retrátil antes usada, asas reforçadas e suportes para duas bombas de 250 kg. O Ki-61-I KAIc entrou em produção em janeiro de 1944, e substituiu todos os modelos anteriores em agosto do mesmo ano. O novo Hien se tornaria a variante mais produzida, com cerca de 50 % do total. Alguns interceptadores Ki-61-I KAId foram construídos nos fins de 1944. Estes tinham duas metralhadoras 12,7 mm na fuselagem e dois canhões de 30 mm nas asas.
Mesmo antes do Hien entrar em combate, o Exército pressionava a Kawasaki para desenvolver uma versão melhorada da aeronave. Para tal, os engenheiros miravam uma nova versão do motor Ha-40 designada Ha-140, que produziria 1.500 hp. O primeiro protótipo da nova variante, o Ki-61-II, voou em agosto de 1943. Dez outros protótipos foram construídos até o final do ano, apresentando área alar 10% maior e cockpit melhorado. No entanto, o programa do Ha-140 enfrentou problemas e somente oito protótipos receberam motores. Estes sofriam com falhas estruturais e no motor. Tentando resolver os problemas, a asa tradicional do Hien foi instalada no Ki-61-II, que também teve sua fuselagem alongada e área do elevador ampliada. O resultado foi Ki-61-II KAI, que se provou um interceptador promissor.
Apesar de problemas com o motor, a situação militar era desesperadora e o modelo entrou em produção assim mesmo em setembro de 1944. Duas versões foram produzidas: o Ki-61-II KAIa com duas metralhadoras 12,7 mm nas asas e dois canhões de 20 mm no nariz, e o Ki-61-II KAIb com quatro canhões de 20 mm. Foram construídos 374 Ki-61-II KAI, sendo que 99 receberam motores. Então, em 19 de janeiro de 1945 a fábrica em Akashi que produzia os motores Ha-140 foi destruída pelos Boeing B-29. Isso pôs um fim ao motor, que deixou 275 aeronaves sem propulsão. Como tal número não podia simplesmente ser abandonado, os valorosos engenheiros da empresa se esforçaram ao máximo para adaptá-las ao motor radial Mitsubishi Ha-112-II de 1.500 hp, dando origem ao Kawasaki Ki-100 Goshiki-Sen.
DADOS TÉCNICOS
Tripulação: 1
Comprimento: 8.94 m
Envergadura: 12.00 m
Altura: 3.7 m
Área alar: 20 m²
Peso vazio: 2.630 kg
Peso cheio: 3.470 kg
Motor: 1× Kawasaki Ha-40 de 1.175 hp (875 kW)
Velocidade máxima: 580 km/h a 5.000 metros
Alcance: 580 km
Teto operacional: 11.600 m
Armamento: 2× canhões Ho-5 de 20 mm, 2x metralhadoras Ho-103 de 12,7 mm, 2x bombas de 250 kg
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