Decisiva Batalha de Khalkhin-Gol é relembrada
A Rússia e a Mongólia comemoraram o 70º aniversário da Batalha de Khalkhin-Gol, quando a União Soviética e a Mongólia derrotaram as forças do Japão, impedindo uma possível invasão japonesa do extremo-oriente russo.
A Batalha de Khalkhin-Gol aconteceu na fronteira mongol em 1939, apenas semanas antes dos soldados de Hitler marcharem sobre a Polônia.
O presidente Medvedev foi à Mongólia para comemorar o aniversário de uma das mais esquecidas batalhas que moldaram a Segunda Guerra Mundial.
“Gostaria de agradecer a todos que preveniram a agressão contra nosso país e protegeram a soberania da Mongólia”, disse Medvedev. “Dizem que até metralhadoras derretiam naquelas planícies quentes, mas o povo passou por esse teste e defendeu sua terra”.
Após o Japão ocupar a Coreia e a Manchúria, prosseguiu expandindo sua ofensiva dentro do território soviético. As primeiras escaramuças começaram em 1938.
Antes da Segunda Guerra Mundial, o Japão, aliado da Alemanha, estava planejando usar a Mongólia como plataforma para chegar à URSS por um front sul.
Devido à Batalha de Khalkhin-Gol, para muitos soldados soviéticos a Segunda Guerra começou dois anos antes do que para a maioria dos outros.
“Para nós, novatos, pareceu o inferno”
Nikolay Ganin, veterano da batalha, tinha 22 anos quando lutou para proteger a União Soviética pela primeira vez.
Durante a guerra de fronteira, ele se lembra que “era uma batalha horrível em um pequeno trecho de terra, de muitos quilômetros quadrados. Era impossível ver o chão devido à fumaça e às explosões”.
A estratégia de Tóquio estava dividida em duas: o Grupo de Ataque Norte, que queria tomar a Sibéria, e o Grupo de Ataque Sul, que buscava os ricos recursos do sudeste da Ásia. No fim, foi um russo que forçou a escolha japonesa.
Foi graças a Georgy Zhukov que os dois principais poderes do Eixo, Alemanha e Japão, nunca tiveram a chance de ligar suas áreas de conquista na Rússia. Zhukov preparou um ataque soviético de grandes proporções na fronteira mongol, mandando o esforço militar japonês e a história em caminhos diferentes.
A derrota forçou o Japão a escolha sua política de Ataque Sul, que infamemente resultou no ataque a Pearl Harbor.
“Naquela época, o Japão estava lutando no rio Khalkhin-Gol. Portanto a URSS poderia facilmente ter acabado lutando uma guerra de duas frentes – então a velocidade com que os japoneses foram derrotados foi vital”, explica Aleksandr Dyukov, historiador russo e diretor do Fundo de Memória Histórica.
Dyukov ressalta que “o fato da vitória ter vindo quase simultaneamente com a vitória diplomática da assinatura do Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético foi um grande feito para a União Soviética”.
Pouco após Khalkhin-Gol, Zhukov tornou-se um renomado líder militar, empregando técnicas muito similares na Batalha de Stalingrado e por toda a Segunda Guerra Mundial.
Nikolay Ganin, de 92 anos, é um dos poucos que se lembra das táticas de Zhukov: “A Mongólia manteve sua soberania e o Japão decidiu assinar o Pacto de Não-Agressão [com a URSS] em 1940. Hitler perdeu um importante aliado [contra a URSS] e nos fortalecemos nossas posições no leste. Graças à vitória de Zhukov, o segundo front no nosso extremo-oriente nunca foi aberto”.
O veterano disse que Khalkhin-Gol é sua devoção. Ele está juntando evidências da agressão japonesa em tempo de guerra, e quer escrever um livro. Não tanto um livro de memórias, mas para ressaltar a importância de Khalkhin-Gol para a história do século XX.
Fonte: Russia Today, 26 de agosto de 2009.
A Batalha de Khalkhin-Gol aconteceu na fronteira mongol em 1939, apenas semanas antes dos soldados de Hitler marcharem sobre a Polônia.
O presidente Medvedev foi à Mongólia para comemorar o aniversário de uma das mais esquecidas batalhas que moldaram a Segunda Guerra Mundial.
“Gostaria de agradecer a todos que preveniram a agressão contra nosso país e protegeram a soberania da Mongólia”, disse Medvedev. “Dizem que até metralhadoras derretiam naquelas planícies quentes, mas o povo passou por esse teste e defendeu sua terra”.
Após o Japão ocupar a Coreia e a Manchúria, prosseguiu expandindo sua ofensiva dentro do território soviético. As primeiras escaramuças começaram em 1938.
Antes da Segunda Guerra Mundial, o Japão, aliado da Alemanha, estava planejando usar a Mongólia como plataforma para chegar à URSS por um front sul.
Devido à Batalha de Khalkhin-Gol, para muitos soldados soviéticos a Segunda Guerra começou dois anos antes do que para a maioria dos outros.
“Para nós, novatos, pareceu o inferno”
Nikolay Ganin, veterano da batalha, tinha 22 anos quando lutou para proteger a União Soviética pela primeira vez.
Durante a guerra de fronteira, ele se lembra que “era uma batalha horrível em um pequeno trecho de terra, de muitos quilômetros quadrados. Era impossível ver o chão devido à fumaça e às explosões”.
A estratégia de Tóquio estava dividida em duas: o Grupo de Ataque Norte, que queria tomar a Sibéria, e o Grupo de Ataque Sul, que buscava os ricos recursos do sudeste da Ásia. No fim, foi um russo que forçou a escolha japonesa.
Foi graças a Georgy Zhukov que os dois principais poderes do Eixo, Alemanha e Japão, nunca tiveram a chance de ligar suas áreas de conquista na Rússia. Zhukov preparou um ataque soviético de grandes proporções na fronteira mongol, mandando o esforço militar japonês e a história em caminhos diferentes.
A derrota forçou o Japão a escolha sua política de Ataque Sul, que infamemente resultou no ataque a Pearl Harbor.
“Naquela época, o Japão estava lutando no rio Khalkhin-Gol. Portanto a URSS poderia facilmente ter acabado lutando uma guerra de duas frentes – então a velocidade com que os japoneses foram derrotados foi vital”, explica Aleksandr Dyukov, historiador russo e diretor do Fundo de Memória Histórica.
Dyukov ressalta que “o fato da vitória ter vindo quase simultaneamente com a vitória diplomática da assinatura do Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético foi um grande feito para a União Soviética”.
Pouco após Khalkhin-Gol, Zhukov tornou-se um renomado líder militar, empregando técnicas muito similares na Batalha de Stalingrado e por toda a Segunda Guerra Mundial.
Nikolay Ganin, de 92 anos, é um dos poucos que se lembra das táticas de Zhukov: “A Mongólia manteve sua soberania e o Japão decidiu assinar o Pacto de Não-Agressão [com a URSS] em 1940. Hitler perdeu um importante aliado [contra a URSS] e nos fortalecemos nossas posições no leste. Graças à vitória de Zhukov, o segundo front no nosso extremo-oriente nunca foi aberto”.
O veterano disse que Khalkhin-Gol é sua devoção. Ele está juntando evidências da agressão japonesa em tempo de guerra, e quer escrever um livro. Não tanto um livro de memórias, mas para ressaltar a importância de Khalkhin-Gol para a história do século XX.
Fonte: Russia Today, 26 de agosto de 2009.
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