Rafale F-3 Dassault (França)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (sNeCMa M882)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: Foi muito usado no Afeganistão, além disso o Brasil já tem aliança na área com a França: está comprando helicópteros e submarinos e o avião possui versão naval capaz de ser usada pela marinha no porta aviões São Paulo. Ponto fraco: É apontado por especialistas como o mais caro e só a França usa o equipamento.


'Rafale' é o caça que os franceses querem vender para o Brasil

A francesa 'Dassault', fabricante do 'Rafale', apresenta seu caça de combate. A aeronave pode ser adotada pelo Brasil para substituir a atual frota de caças supersônicos.

Alan Severiano - G1

O Presidente Lula disse que é a favor do caça francês 'Rafale', que concorre com um avião americano e outro sueco pelo contrato de reequipamento de aviões de combate da FAB.

Em entrevista à agência de notícias France Presse, Lula afirmou que a França se apresentou como o país mais flexível na questão da transferência de tecnologia e que essa, segundo o Presidente, seria uma vantagem comparativa excepcional.

O Palácio do Planalto confirmou o teor das declarações do presidente.

Um forte aperto de mão, olhar firme, o produto na lapela. O homem escolhido para vender o 'Rafale' no Brasil, Jean-Marc Merialdo, quase eliminou o sotaque.

Conhece bem os militares do país. Fez intercâmbio na escola de comando e estado-maior do Exército, no Rio, e tem na ponta da língua a defesa do caça francês.

"Ele alia um avião de alto desempenho operacional, com uma ampla transferência de tecnologia e um programa de cooperação importante com a indústria brasileira. Esse avião foi concebido desde o início para ser um avião multiuso, quer dizer que ele cumpra todas as missões que devem ser cumpridas por um avião de combate".

A briga do 'Rafale' é contra o sueco 'Gripen' e o americano 'Super-hornet'. Lançado em 2001, o 'Rafale' é um avião novo. Há 75 em operação nas Forças Armadas Francesas, foi testado em combate, no Afeganistão e o único, dizem os franceses, que pode operar no porta aviões São Paulo, comprado da França.

Mas por que o Brasil escolheria uma aeronave que até agora não venceu nenhuma das quatro concorrências internacionais que disputou? "O principal aspecto é a garantia dada pelo governo francês de que haverá transferência de tecnologia. É um compromisso de longa duração, vai muito além do período de entrega dos aviões".

Antes, é preciso apagar a má impressão do passado. Brasil, com os caças 'Mirage' nos anos 80, e Índia, que comprou submarinos, até hoje reclamam da dificuldade em ter acesso à tecnologia francesa.

Cabe ao principal fiador do 'Rafale' obter esse voto de confiança. Nicolas Sarkozy é convidado do Presidente Lula para a festa do 7 de setembro, na próxima segunda.

Não é segredo para ninguém que o 'Rafale' é o preferido do Ministro da Defesa, Nelson Jobim. Em 2008, Brasil e França firmaram parceria estratégica para a construção de helicópteros e de um submarino nuclear.

Os fabricantes da aeronave francesa negam favoritismo, mas admitem que os laços políticos pesam numa disputa como essa. "O peso político é importante, na medida em que é a própria nação que se compromete comprando um avião para os próximos 30 ou 40 anos. Então, é uma decisão. A última decisão, é uma decisão política".

Caça francês pode equipar a FAB

G1



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Criado em 2001, o Rafale disputa com modelos americanos e suecos para vencer a concorrência para equipar a FAB. Se for o escolhido, ele terá que acabar com a má impressão causada pelo Mirage.

Sarkozy é aguardado para o Sete de Setembro, quando será anunciado acordo para construção de submarinos

Reuters - O Globo

O governo gastará 45% a menos no desfile de Sete de Setembro deste ano, cuja principal atração será o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Em 2008, a festa na Esplanada do Ministério, com capacidade para receber 20 mil pessoas, custou R$ 2,159 milhões. Este ano, tudo sairá por R$ 1,169 milhão. No domingo será anunciado um acordo entre os governos brasileiro e francês para a construção de quatro submarinos e 50 helicópteros de transporte, no valor de R$ 17 bilhões. ( Leia mais:Marinha justifica gasto com submarinos )

O acordo será assinado pelos presidentes Lula e Sarkozy, logo após o desfile, no Palácio da Alvorada. O Senado autorizou empréstimo externo para financiar os submarinos e os helicópteros EC-725 , da Eurocopter. Serão R$ 12,1 bilhões para a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro e quatro submarinos convencionais. Outros R$ 5,1 bilhões vão para 50 helicópteros. Pelo acordo, haverá transferência de tecnologia de construção dos submarinos.

Dentro das comemorações do Ano da França no Brasil, participarão do desfile a Banda da Marinha Francesa, o 1 Regimento da Guarda Republicana (Guarda de Honra), o 3º Regimento Estrangeiro de Infantaria da Legião Estrangeira e a Patrulha Acrobática da França.

Expectativa sobre o caça Rafale

Sarkozy também vem ao Brasil com a esperança de incentivar, mesmo que não chegue a fechar, o primeiro contrato de exportação do caça francês Rafale. De passagem por Paris no início de julho, o presidente Lula declarou esperar que a vinda de seu colega francês a Brasília seria a ocasião para se fecharem novos contratos na área de defesa, depois dos que foram assinados em uma visita anterior, no final de 2008.

A declaração foi vista como encorajadora para o avião Rafale, da Dassault Aviation, que concorre com o F18 americano da Boeing e o Gripen da empresa sueca Saab na licitação aberta pelo Brasil para a renovação de uma parte (36 aparelhos) de seus aviões de caça. O valor envolvido seria da ordem de 4 bilhões de euros.

Lula acenou com essa esperança ao declarar esta semana, em entrevista, que a França é "o país mais flexível para a transferência de tecnologia," ressaltando que isso lhe confere "uma vantagem comparativa excepcional."

Mas a hipótese de um anúncio ser feito durante a visita de Sarkozy ainda é incerta. Na sexta-feira o presidente francês demonstrou prudência extrema sobre o assunto, dizendo apenas que tomou nota das declarações do presidente brasileiro com grande interesse.

O contrato marcaria um avanço importante para o Rafale, avião cujo projeto foi lançado em 1988 e que é operacional desde 2006 na Força Aérea francesa, mas que sofreu uma longa sequência de reveses de exportação. A França se encontra em fase avançada de negociações com os Emirados Árabes Unidos para a venda de 60 unidades do avião.

Após os submarinos, os helicópteros e possivelmente os aviões de combate, França e Brasil estudam cooperações no controle do espaço aéreo, na segurança de fronteiras, na digitalização do campo de batalha e no âmbito espacial.

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