Franceses teriam baixado preço de caça oferecido ao Brasil
Caça francês Rafale participa de concorrência para equipar Forças Armadas brasileiras
Fonte: Terra

Os franceses fabricantes do Rafale, que disputam a venda de 36 caças ao Brasil, baixaram o preço na contraproposta apresentada ao governo brasileiro para a comercialização das aeronaves militares. Os valores agora estão próximos do que é pago pelas Forças Armadas da França, mais as despesas para transportar os equipamentos até o Brasil. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a reportagem, durante a apresentação da proposta na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, na quarta-feira, as empresas que formam o consórcio que fabrica o Rafale (Dassault Aviation, Snecma e Thales) afirmaram que vão cobrir 160% do total gasto pelo Brasil. A contrapartida viria por 67 cartas de cooperação comercial e tecnológica.


Ainda de acordo com o jornal, o consórcio vê como principal concorrente a sueca Saab, fabricante do Gripen, já que os americanos da Boeing não podem garantir a transferência total de tecnologia. Os suecos custam metade do preço, contudo, os franceses afirmam que um Rafale faz o trabalho de dois Gripen, já que fica mais tempo no ar e leva mais armas e mais combustível - além de poder pousar em porta-aviões. Os franceses rebatem ainda a acusação de que seu avião nunca foi testado em combate: afirmam que a aeronave já foi testada no Afeganistão.

A reportagem afirma também que a Saab, por sua vez, diz que seus caças são mais baratos e tem menor custo de manutenção.




Rafale F-3 Dassault (França)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (sNeCMa M882)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: Foi muito usado no Afeganistão, além disso o Brasil já tem aliança na área com a França: está comprando helicópteros e submarinos e o avião possui versão naval capaz de ser usada pela marinha no porta aviões São Paulo. Ponto fraco: É apontado por especialistas como o mais caro e só a França usa o equipamento.

França baixa preço de caças oferecidos ao Brasil

Empresários franceses dizem na Câmara que querem desenvolver tecnologia com o país e não só propor transferência

De Tatiana Farah - O Globo

Os franceses baixaram os preços do caça Rafale na contraproposta apresentada ao governo brasileiro para a venda de 36 aeronaves militares.

Os preços agora estão próximos dos que são pagos pelas Forças Armadas da França, acrescidas as despesas de logística para trazer os equipamentos ao Brasil. O governo francês tem mais de 140 Rafale.

Executivos do consórcio Rafale International, formado pelas empresas Dassault Aviation, Snecma e Thales, estiveram anteontem na Câmara para apresentar a proposta aos deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia. Os franceses prometem transferência total de tecnologia ao Brasil.


O documento já estaria assinado pelo presidente Nicolas Sarkozy e por altas patentes do governo francês.

As empresas apresentaram ainda a proposta de cobrir em 160% o total dos gastos brasileiros com o programa militar, oferecendo 67 cartas de cooperação comercial e tecnológica.

Nos mesmos moldes da concorrente sueca, a Saab, os franceses anunciaram que querem desenvolver tecnologia com o Brasil e não só propor transferência.

A Saab é o principal alvo dos franceses. Como os americanos da Boeing não tem como garantir a transferência de tecnologia, a França tem apresentado as diferenças entre as aeronaves Rafale e Grippen, da Suécia.

As suecas custam metade do preço e têm uma turbina. Para os franceses, o cálculo a ser feito deve ser invertido: para fazer o trabalho de um Rafale, seriam necessários dois Grippen, já que um Rafale fica mais tempo no ar, leva mais armas e mais combustível.

Outro ponto que os franceses colocam a seu favor é que o Rafale pousa em porta-aviões, podendo ser usado pela Marinha.

Segundo a Rafale International, os Grippen não têm essa facilidade. Já a favor dos suecos, contam o preço menor e os menores custos de manutenção.

O consórcio francês informou que sua manutenção seria menor que a dos Hornet, da Boeing, pois suas aeronaves são mais leves. A Rafale rebateu as acusações de que seus caças nunca tenham sido testados em combate.

Segundo a empresa, há 75 aviões em operação, e as aeronaves já foram testadas em combate no Afeganistão pelo governo francês e pela Otan.


França baixa preço de caças Rafale oferecidos ao Brasil

De Tatiana Farah - O Globo

Os franceses baixaram os preços do caça Rafale na contraproposta apresentada ao governo brasileiro para a venda de 36 aeronaves militares. Reportagem de Tatiana Farah publicada nesta sexta-feira no GLOBO, mostra que os preços agora estão próximos dos que são pagos pelas Forças Armadas da França, acrescidas as despesas de logística para trazer os equipamentos ao Brasil. O governo francês tem mais de 140 Rafale. ( Saiba mais sobre os Rafale e seus concorrentes )

Executivos do consórcio Rafale International, formado pelas empresas Dassault Aviation, Snecma e Thales, estiveram na quarta-feira na Câmara para apresentar a proposta aos deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia. Os franceses prometem transferência total de tecnologia ao Brasil.

O documento já estaria assinado pelo presidente Nicolas Sarkozy e por altas patentes do governo francês. As empresas apresentaram ainda a proposta de cobrir em 160% o total dos gastos brasileiros com o programa militar, oferecendo 67 cartas de cooperação comercial e tecnológica. Nos mesmos moldes da concorrente sueca, a Saab, os franceses anunciaram que querem desenvolver tecnologia com o Brasil e não só propor transferência.

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No dia 2, último do prazo dado pelo governo brasileiro para que as fabricantes fizessem a oferta final, a Saab já havia feito uma nova proposta de venda de caças para o Brasil. No mesmo dia em que o ministro da Defesa sueco havia dito que o Brasil poderia "comprar dois caças pelo preço de um da concorrência" , a empresa garantiu que instalará uma fábrica no país e comprará aviões Super Tucano da Embraer. Apesar da ofensiva de americanos e suecos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa, Nelson Jobim , já deram a entender que o país estão mais inclinado a comprar os caças dos franceses.