Morreu neste domingo, em Buenos Aires, aos 74 anos, a cantora argentina Mercedes Sosa. Ela estava internada desde 18 de setembro e faleceu em consequência de uma disfunção renal complicada por problemas respiratórios.
Mercedes Sosa foi uma das vozes latino-americanas mais conhecidas do mundo. No Brasil passou a ser mais conhecida após um dueto com Milton Nascimento em 1976. Depois disso, vários encontros com artistas da MPB aconteceram, como Fagner, Chico Buarque e Catano Veloso.
Nascida em Tucumán, em 9 de julho de 1935, Mercedes Sosa foi descoberta aos 15 anos, ao participar de um concurso de uma rádio em sua cidade. Seu
primeiro álbum, "La voz de la zafra", foi lançado em 1962, com repertório calcado em canções folclóricas. Os dois seguintes, "Canciones con fundamento" (1965) e "Yo no canto por cantar" (1966), já em seus títulos deixavam claro o engajamento político de La Negra, apelido que ganhou devido aos longos e lisos cabelos negros.
Peronista na juventude, Mercedes alinhou-se à esquerda a partir dos anos 1960. Em 1979, perseguida pela ditadura militar argentina, ela se exilou na Europa, vivendo em Paris e Madri. Nos anos 1990, foi opositora do presidente
Carlos Menen e, depois, apoiou seu sucessor, Néstor Kirchner.
Seu último disco, "Cantora, vol. 1", teve três indicações ao Grammy Latino deste ano - que será anunciado em novembro.
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