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Obama visitará China para melhorar relações militares

Fonte: Diário do Povo online - Via Vermelho

Ao realizar sua visita à China no próximo mês, o presidente americano Barack Obama expressará seu desejo de incrementar as relações com Pequim, de se esforçar para fazer frente à mudança climática e à crise financeira global e impedir a proliferação nuclear, principalmente na Coreia do Norte e no Irã. O mais importante é que tentará melhorar as relações entre ambos os exércitos. A avaliação é do jornal americano The New York Times.

Em artigo publicado na última segunda-feira (19), o diário estadunidense faz especulações sobre a viagem do presidente americano à China, sob o título "Estados Unidos desejam fortalecer as relações com o exército chinês em expansão".

A China está ampliando seus interesses internacionais, fazendo investimentos de âmbito global e acelerando a modernização de seu exército. Isto causou preocupação porque se os exércitos dos dois países tenham uma disputa, não haveria mecanismo oficial para apaziguar a disputa. E inclusive, enquanto se agrava essa preocupação, há um problema de longo prazo para a China: ela não quer que os EUA vendam armas para Taiwan e toma isso como base para as negociações. "As relações militares constituem um problema sensível para a China", comenta um diplomata chinês de alto nível, agregando que "é este problema que pode prejudicar as relações com os EUA".

Os problemas de importância existentes entre os dois países se fazem mais prementes, afirmam funcionários da Casa Branca, que desejam dispersar a preocupação causada por isso. De acordo com importantes funcionários do governo , as relações entre o Pentágono e o Exército Soviético, na época da Guerra Fria, tinham um significado mais realista que as com o Exército Popular de Libertação da China".

"O país atravessa um momento de ressurgimento, para ser um país poderoso", afirmou Michael Schiffer, vice-secretário asistente da Defesa dos Estados Unidos para o Leste Asiático, agregando que "ambos os exércitos realizarão mais contatos e intercâmbios, entretanto, não temos um bom mecanismo que nos ajude a dissipar os mal-entendidos".

Obama conheceu o significado de "mal-entendido" apenas dois meses depois de assumir o poder. No início de março, o barco espião Impeccable, da Marinha estadunidense, foi descoberto e cercado por embarcações chinesas ao perseguir um submarino no Mar Meridional chinês. Outro incidente similar se repetiu no Mar Amarelo, também em águas chienesas. Segundo revelou um funcionário do Pentágono, os dois caos de confrontação se resolveram de maneira pacífica, depois que os barcos americanos expressaram o desejo de abandonar suas posições. Porém, os incidentes deram relevo aos "riscos desta índole" que fazem a resolução das relações bilateirais dependentes da decisão dos marinheiros de 18 anos.

No passado, alguns funcionários americanos afirmaram que o estabelecimento das relações com o exército chinês não tinha tanta importância. Apesar de seu aumento em grande escala, seus gastos militares são muito menores que os americanos. Não obstante, o desenvolvimento de dois tipos de circunstâncias mudaram esse ponto de vista estadunidese. Em primeiro lugar, as pessoas viram que qualquer crise afeta os dois exércitos. Em segundo, as pessoas deduziram a tese no sentido de que à medida que a China amplia seus investimentos, o exército chinês procura estender suas atividades a todo o planeta.

O governo de Obama manteve contatos de alto nível com o exército chinês, que chegarão ao ápice com a próxima visita do vice-presidente da Comissão Militar Central chinesa, Xu Caihou, aos Estados Unidos, programada para este mês. Se trata do oficial chinês de nível mais elevado a viajar para os EUA em anos recentes.

Ao que parece, o exército chinês tenta colocar o Pentágono fora do limíte de segurança e, por sua vez, os funcionários estadunidenses deram sinais em várias esferas de sua preocupação.

A China expressou seu desinteresse pelo diálogo sobre a estratégia nuclear. Há três anos, o convite de Washington a funcionários chineses responsáveis pelas armas nucleares para visitar os EUA foram recusados. Embora os diplomatas dos dois países tenham trabalhado em conjunto para uma coordenação estratégica para enfrentar o plano nuclear norte-coreano, o exército chinês se negou a dsicutir a petição do Pentágono referente à eventual derrocada do regime norte-coreano.

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Dos "obstáculos" a remover entre as relações dos dois exércitos, a China considera como o mais grave e mais imperioso o fim da venda de armas para Taiwan por parte dos Estados Unidos. "Para nós, a venda dos aviões de combate F-16 a Taiwan por parte dos EUA é um problema gravíssimo, que naturalmente afeta a cooperação em outros aspectos". disse um importante funcionário público chinês.