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Taiwan quer 30 helicópteros Apache

China denuncia plano dos EUA para vender armas a Taiwan


Da EFE - Via G1

A China denunciou a decisão do Governo americano de vender armas a Taiwan por um valor próximo a US$ 6,5 bilhões que prejudica "seriamente" as relações bilaterais e anunciou que se reserva "o direito de adotar medidas" perante este plano.

Segundo informou hoje a agência oficial de notícias chinesa, "Xinhua", Pequim explicou que na sexta-feira passada Washington notificou o Congresso americano sua intenção de vender armas a Taiwan, entre as quais se incluem sistemas antimísseis "Patriot III" e helicópteros "Apache".

O porta-voz de turno do Ministério chinês de Assuntos Exteriores, Liu Jianchao, destacou a "firme oposição" de Pequim ao plano de Washington, assim como o "sério" revés que as relações sino-americanas sofrem com ele.

Liu destacou que a decisão adotada por Washington viola severamente os princípios dos comunicados assinados entre China e EUA em agosto de 1982 sobre a venda de armas a Taiwan, interfere em extremo nos assuntos internos do gigante asiático, põe em perigo a segurança nacional da China e obstaculiza o desenvolvimento pacífico das relações entre Pequim e Taipé.

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"É natural que um movimento assim desperte uma grande indignação no Governo e povo chinês", acrescentou Liu, advertindo "severamente" Washington que "só há uma China no mundo e Taiwan faz parte dela".

Acrescentou que os EUA deveriam cumprir seu compromisso de respeitar a política de uma só China e opor-se "à chamada independência taiuanesa", e sustentou que ninguém poderá evitar que o Governo e o povo chinês rejeitem as interferências externas.

Destacou que os EUA deveriam adotar ações imediatas para solucionar este erro, cancelar o plano de venda de armas e abandonar seus laços militares com Taiwan para evitar que as relações sino-americanas sofram danos maiores.

Por sua parte, o porta-voz do Ministério de Defesa chinês, Hu Changming, se expressou em termos similares e disse que a decisão de Washington envenena indubitavelmente a atmosfera das relações militares entre China e EUA e gera sérios problemas para os intercâmbios futuros entre ambos os exércitos.

De acordo com Hu, a decisão de Washington viola o consenso alcançado pelos máximos líderes da China e EUA, Hu Jintao e George W. Bush, respectivamente, sobre as relações sino-americanas e prova que os EUA fracassaram na hora de manter a promessa realizada com os comunicados de agosto de 1982.

Tanto Hu como Liu anteciparam que a China se reserva "o direito de adotar medidas" perante o plano de Washington.

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Taiwan espera comprar um lote de caças Lockheed Martin F-16C/D dos EUA

Estados Unidos diz que aeronaves podem manter estabilidade política e militar do país próximo da China

Hercules Araújo - Airway

Taiwan espera comprar um lote de caças Lockheed Martin F-16C/D dos Estados Unidos de excedente de uso, com encabeçando as negociações Washington num pedido que chegaria a 6.5 bilhões de dólares. O pacote incluiria também helicópteros de ataque além de modernização para aeronaves existentes.

O Departamento de Defesa americano em 3 de outubro notificou o Congresso do plano de venda de 30 helicópteros Boeing AH-64D Apache Longbow no valor de 2.5 bilhões de dólares, pacotes de modernização para Taipei para quatro aeronaves de alerta aéreo antecipado e controle Northrop Grumman E-2C Hawkeye, além de peças de reposição para os Lockheed F-16A/B e Northrop F-5. “A proposta de venda irá ajudar a fortalecer a segurança do país e manter a estabilidade política, equilíbrio militar e progresso econômico na região”, disse a Agência de Cooperação de Segurança e Defesa do EUA.




Armas para Taiwan provocam protesto da China
Governo chinês cancela contactos militares com Estados Unidos

Area Militar

O governo da China, numa comunicação oficial do seu governo deu nesta Segunda-feira forma oficial ao protesto chinês pela conclusão de um negocio de venda de armas por parte dos Estados Unidos a Taiwan.
O protesto foi apresentado pelo Vice-Ministro dos negócios estrangeiros He Yafei que chamou um diplomata norte-americano para apresentar o protesto.

O dirigente chinês afirmou que os Estados Unidos devem tomar medidas imediatas para corrigir o erro, cancelando os planos para vender armas a Taiwan. Pequim exigiu ainda que os Estados Unidos terminassem os seus laços militares com Taiwan e deixassem de contribuir para piorar as relações do governo central com o governo da província rebelde. O dirigente ameaçou ainda com acções adicionais, que a China se reservava o direito de empreender.

Para frisar o desagrado chinês, o governo do país cancelou ou suspendeu todas as missões de cooperação militar com os Estados Unidos.

O pacote de armas aprovado para venda às forças armadas da Formosa, embora represente apenas 25% do valor inicialmente previsto, é mesmo assim significativo, especialmente quando se tem em consideração que a China considera a ilha de Taiwan, ocupada pelo império chinês desde 1681.

De entre as armas que os Estados Unidos vão fornecer a Taiwan, destacam-se os mísseis Patrior-PAC-3, a mais recente versão do míssil anti-míssil norte-americano que tem capacidade para defender pontos estratégicos de bombardeamentos de mísseis chineses disparados do outro lado do estreito a partir da China continental, que concentra uma parte muito considerável do seu exército exactamente naquela região.

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Juntamente com os mísseis Patriot, Taiwan vai igualmente receber helicópteros de ataque Apache e mísseis anti-tanque Javelin de última geração, capazes de colocar fora de acção qualquer tanque chinês.Taiwan vai também receber mísseis Harpoon e peças de reposição para caças F-16 ao serviço.

O negócio chegou a estar em causa, nomeadamente porque em Washington acredita-se que o actual governo de Taiwan, do partido nacionalista KMT é favorável ao governo de Pequim e que tal relação poderia criar condições para que tecnologia tão sensível como a tecnologia dos mísseis Patriot PAC-3 acabasse por cair na mão do governo comunista da China.

Os mísseis Patriot são acima de tudo uma afirmação politica, pois Taiwan está sob a ameaça directa de mais de 1600 mísseis chineses de curto alcance que continuam apontados para a olha.
Por causa disto Taiwan iniciou um programa de desenvolvimento dos seus próprios mísseis de cruzeiro com capacidade para atacar a China. Recentemente foi anunciado que o programa de Taiwan seria reduzido, não se procurando desenvolver a versão do míssil que tem capacidade para atingir cidades como Shanghai.

O melhoramento das relações entre Pequim e Taipe, possibilitado pelo atual partido no poder em Taiwan, poderá no entanto ficar limitado ao período em que o partido nacionalista chinês estiver no poder. O atual governo tem sido criticado pela oposição, por estar a colocar em causa o direito do país existir no futuro.

Ao contrário da China Continental, Taiwan fez apenas parte do Império Chinês a partir de 1681. Muitos dos chineses favoráveis ao estabelecer de relações mais estreitas com a China Comunista, são os herdeiros dos refugiados que durante a guerra civil nos anos 40 do século XX fugiram ao regime comunista.

Os restantes, que são favoráveis a que o país se torne definitivamente independente, são os descendentes dos habitantes autóctones de Taiwan.