Nem bem começou o projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB), e ele já nasce controverso. Isso porque uma das condicionantes impostas pelo governo para aprovar a compra da Brasil Telecom pela Oi era que a tele apresentasse um estudo justamente sobre a viabilidade de um modelo de sistema satelital brasileiro. Esse estudo já foi apresentado e, agora, essas duas frentes precisam ser harmonizadas. Thirso Vilella, diretor de satélites aplicações e desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB), explica que o chamamento público para a contratação do estudo de viabilidade aconteceu em novembro do ano passado e a anuência prévia da Anatel com o condicionamento saiu em dezembro. Não se sabe de que maneira a Oi poderia participar do projeto do governo, se apenas como cliente ou como parceira. "As cartas estão na mesa", afirma Francisco Perrone, diretor de assuntos internacionais da Oi. Perrone explica que a partir de 2012 ou 2013 a empresa, "inexoravelmente", precisará de mais capacidade satelital.
O Ministério das Comunicações, por meio de Jovino Francisco Filho, que participa do grupo interministerial dedicada ao SGB, informou que a Oi se apresentou "expontaneamente" para participar do projeto.
Os executivos falaram durante o 9º Congresso Latino-Americano de Satélites que acontece no Rio de Janeiro.
A análise corrente entre especialistas do mercado de satélite é que será muito complicado conciliar os interesses do governo em ter um satélite próprio e desenvolver tecnologia nacional, de um lado, e de outro desenvolvê-lo por meio de uma PPP, em que os interesses econômicos de empresas privadas precisam ser contemplados também.
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