Os nove sobreviventes são: 1° Tenente Carlos Wagner Ottone Veiga - 2° Tenente José Ananias da Silva Pereira -1° Sargento Edmar Simões Lourenço - Sra. Josiléia Vanessa de Almeida -Sra. Maria das Graças Rodrigues Nobre - Sra. Maria das Dores Silva Carvalho -Sra. Marina de Almeida Lima - Sra. Diana Rodrigues Soares -Sr. Marcelo Nápoles de Melo. Uma pessoa está desaparecida e há indícios de uma possível morte entre os 11 que estavam a bordo do avião.
FAB: Perda de potência impediu continuação de voo, diz tenente
Houve ainda aumento de temperatura do motor da aeronave que fez um pouso forçado na última quinta-feira (29)
Agência Brasil - Via Abril
O primeiro tenente Carlos Wagner Ottone Veiga declarou nesta segunda-feira (2) em Manaus que uma perda de potência no motor do avião C-98 Caravan impediu o prosseguimento do voo que ia de Cruzeiro do Sul (AC) a Tabatinga (AM). Houve ainda aumento de temperatura do motor da aeronave que fez um pouso forçado na última quinta-feira (29). Das 11 pessoas que estavam na aeronave, nove sobreviveram.
Segundo ele, o avião estava a cerca de 3 mil metros de altura. “Várias coisas podem ter acontecido e ainda não é possível especificar porque houve a perda de potência”, disse. Do momento em que se percebeu o problema até o pouso forçado, ele estima que tenham passado 5 minutos.
Ainda segundo primeiro tenente, um cheiro de fumaça foi sentido minutos antes do pouso sobre a água. Ele estima que a aeronave estivesse a 160-170 quilômetros por hora no momento de pouso e afirma que o motor foi desligado segundos antes de pousar.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que caiu na semana passada na região Amazônica foi comprado da TAM em 2004. O Cessna 208B Grand Caravan (C-98), prefixo FAB 2725 (ex-PT-MER, cn 208B0506), Acima o avião operando pela TAM Express, fotografado em dezembro de 1999, no Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis (SC) - Foto: Renato Salzinger - SBXP Online (Airliners.net)
Além do tenente Veiga, dois tripulantes sobreviveram ao acidente: o tenente José Ananias da Silva Pereira e o primeiro sargento Edmar Simões Lourenço. Essa foi a primeira vez que os três militares se apresentaram à imprensa para conceder entrevista.
Durante coletiva, eles confirmaram que o suboficial Marcelo dos Santos Dias, que não sobreviveu, chegou a sair da aeronave, mas não souberam dizer o porque de ele não ter conseguido chegar à margem do igarapé.
“Dos 11 passageiros, dez conseguiram sair e conseguimos contar esses dez ainda nadando, antes de chegar à margem do igarapé. A correnteza era muito forte, mas todos se ajudaram.”
Veiga contou também que, para passar a noite na mata, o grupo acendeu duas fogueiras para afastar os mosquitos e evitar a aproximação de animais da selva já que a área não é habitada.
A aeronave C-98 Caravan, um monomotor com capacidade para até 14 pessoas, decolou às 8h30 de Cruzeiro do Sul mas não chegou ao destino. Segundo informações da Infraero, 11 pessoas embarcaram no avião. Há informações de que sete dessas pessoas estavam a serviço da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) para uma operação de vacinação em aldeia indígena. A Aeronave realizou um pouso de emergencia no rio no sentido da correnteza. Acima a foto da clareira onde ficaram abrigados os sobreviventes.
“Não houve momento de pânico generalizado. Fizemos uma oração e ficamos tristes pelas vidas perdidas, mas no amanhecer do dia seguinte já começamos a ouvir o barulho das aeronaves (que faziam as buscas)”.
O comandante do 7º Comando Aéreo Regional, major-brigadeiro do ar, Jorge Cruz Souza e Mello, confirmou que a retirada da aeronave do local do acidente ainda levará alguns dias para ser feita.
Um equipamento para puxar a aeronave do rio foi levado ao local. “Amanhã uma equipe de desmontagem sairá de Manaus para o local. Por enquanto, o plano é, a partir de quarta-feira, começar a desmontar o avião para facilitar o deslocamento”, disse Mello.
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