O Brasil e a China anunciaram nesta quarta-feira que aprofundarão suas trocas e cooperação militares, por ocasião de um encontro, em Pequim, entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o vice-presidente chinês, Xi Jinping.
O vice-presidente chinês destacou, durante a reunião, que o diálogo bilateral é de grande significado para os dois países, segundo a agência oficial de notícias "Xinhua".
Em matéria de defesa, Xi - possível sucessor do atual presidente, Hu Jintao - disse que "as trocas e a cooperação militar contribuem para fortalecer a confiança mútua e a associação estratégica entre os dois países".
Jobim disse que Brasil e China cooperaram de forma estreita em assuntos internacionais, e que agora espera que também reforcem a coordenação entre seus respectivos Exércitos, "a fim de criar uma nova ordem internacional política e econômica".
Segundo um acordo de cinco pontos assinado na segunda-feira entre Jobim e o ministro da Defesa chinês, Liang Guanglie, a cooperação militar entre os dois países emergentes incluirá desenvolvimento conjunto de suas respectivas indústrias de defesa, colaboração em ciência e tecnologia, e capacitação de pessoal.
Além disso, os dois países preveem exercícios militares conjuntos com mais de 8 mil efetivos das forças de terra, mar e ar.
Durante sua visita à China, o ministro brasileiro se reuniu também com o vice-presidente da Comissão Militar Central (principal órgão militar), Xu Caihou, e com o vice-ministro de Indústria e Informação, Chen Qiufa.
Assim como a China, o Brasil está mostrando um crescimento estável em meio à crise global, por isso tenta modernizar sua indústria armamentista e assentar, assim, sua emergência na América Latina, segundo um plano de renovação militar anunciado em 2008 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nas últimas semanas, o Brasil assinou acordos com fornecedores militares dos EUA e da Europa em um valor de mais de US$ 20 bilhões, entre eles a compra de submarinos e helicópteros à França e tanques à Alemanha.
Jobim chegou no sábado à China procedente da Bélgica, e deve deixar o país asiático amanhã com destino ao Canadá, onde participará do Fórum de Segurança Internacional de Halifax.
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