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Hackers invadem sistema do governo federal para contrabandear madeira no Maranhão

Fonte: Jornal Hoje; O Globo

A Polícia Federal investiga um esquema de contrabando de madeira pela internet que pode ter desviado R$ 500 milhões no Maranhão. Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça mostram que hackers invadiram o sistema do governo federal que emite notas e controla o estoque, venda e transporte de madeira.

O grupo criou uma espécie de crédito virtual em nome de madeireiros e, dessa maneira, conseguia legalizar a extração de madeira. De toda a madeira extraída no estado, 57% tinham documentos falsos.

- Eles criaram uma floresta virtual de ipê roxo no Maranhão. E o ipê roxo não é nativo daqui, é nativo do Pará e da Amazônia. Se for computar todo o volume de ipê que lançaram nas contas, daria para desmatar quase toda a Floresta Amazônica - disse o delegado Paulo Roberto.

As conversas revelam ainda uma rede de informações em que os criminosos sabiam até os passos que seriam dados pela polícia.
MP denuncia ex-secretária de Meio Ambiente do Maranhão e deputado

Em outra investigação no Maranhão, o Ministério Público denunciou a ex-secretária estadual de Meio Ambiente Telma Travincas, sua chefe de gabinete e o deputado federal Ribamar Alves (PSB-MA), primo de Telma. Eles teriam destruído evidências de crimes ambientais. Segundo a denúncia, os funcionários invadiram o prédio da secretaria, destruíram câmeras de segurança, arrombaram as portas e roubaram computadores.

Uma vigilante que anotou a ação em um livro contou em depoimento que recebeu R$ 1 mil para ficar quieta e sumir com o registro.

Os equipamentos foram levados, então, para um outro prédio, onde a ex-secretária tinha uma sala comercial. No edifício, o sistema de câmeras flagrou a movimentação dos três. Os promotores dizem que, no local, eles tiraram a memória dos equipamentos, com a ajuda de um técnico em informática.

O Ministério Público acredita que o objetivo era apagar transações suspeitas entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, donos de serrarias, madeireiras e cerâmicas. O caso está agora na Justiça.

O Jornal Hoje procurou a ex-secretária, mas ela não foi encontrada. O advogado de Telma e da ex-chefe de gabinete disse que elas só vão se manifestar quando forem chamadas pela Justiça. O deputado federal Ribamar Alves disse que foi ao local onde os discos de computador foram retirados apenas para fazer uma visita à ex-secretária.