França contra-ataca lobbies das empresas concorrentes na venda de caças ao Brasil
Leila Suwwan - O Globo
Na reta final da decisão do governo sobre a compra dos novos caças multiuso para a Aeronáutica, a francesa Dassault - já anunciada como "escolha política" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - decidiu contra-atacar os lobbies da a sueca Saab, do Gripen NG, e da americana Boeing, do F-18 Super Hornet, para tentar desfazer a imagem de que o país estaria atropelando quesitos técnicos para comprar um avião superfaturado.
- Vimos divulgação de que o Rafale seria 40% mais caro que o F-18. Essa afirmação não tem fundamento. O valor oferecido ao governo brasileiro é compatível com o valor de outras aeronaves da mesma classe - disse Jean-Marc Merialdo, representante do consórcio Dassault, Snecma e Thales, sobre a comparação de custo com o SuperHornet americano.
- A Saab diz que o Gripen custa a metade. Mas o Gripen é um monomotor da classe do Mirage 2000. Dependendo da missão, são necessários dois Mirage 2000 para executar a missão de um Rafale. E o custo final do Gripen NG é totalmente desconhecido, podendo ser tornar um verdadeiro saco sem fundo - completou, a respeito da posição sueca.
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